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segunda-feira, 28 de março de 2011

A Umbanda e a Filosofia Budista



BUDA (Siddhartha Gautama), Entidade Espiritual de muita luz, não se dizia uma encarnação divina, nem tampouco um representante de alguma divindade hindu.
Filho do Rei Suddhodana e da Rainha May, foi um homem, o mais sábio e santo ser entre os seres da humanidade terrena. Viveu muitas vidas, aprimorando-se acima de indivíduos e deuses. Toda essa experimentação fez nele acender-se a natureza divina que todos nós possuímos.
O Budismo é um conjunto de ensinamentos emitidos e vividos por esse grande homem conhecido por Buda (Buda não é um nome, mas uma condição de pleno desenvolvimento espiritual – A Iluminação). Hoje, os que seguem a Filosofia Budista não o têm como um Deus, mas como um Guia Espiritual que ensina a todos como se libertar do ciclo reencarnatório, buscando a iluminação e o Estado de Pureza Espiritual, libertando-se das preocupações materiais e do ciclo ininterrupto de vida e morte.
Na Filosofia Budista, o ser humano é escravo do ciclo reencarnatório, que é gerado pelo "Carma" (a Lei de Ação e Reação). Conseguir livrar-se do Carma significa encerrar o ciclo de reencarnações, atingir a iluminação e encontrar a porta que abre o caminho para o "Nirvana". Para que isso pudesse acontecer, Buda ensinou aos seus discípulos aquilo que é a base do Budismo: " As quatro Nobres Verdades " e os " Oito Caminhos ", uma combinação de ensinamentos morais por meio da meditação e concentração.
Basicamente, os ensinamentos de Buda buscaram a libertação de todos os seres cientes de seu sofrimento.
Cerca de 2.500 anos a.C., depois de experimentar seu Estado de Iluminaçao meditando sob uma figueira, Buda fez seu primeiro sermão, apresentando:

As Quatro Nobres Verdades
· Existe o sofrimento;
· O sofrimento tem causas;
· O sofrimento tem um fim;
· Existe um caminho para acabar com o sofrimento.

Buda ensinou que toda a causa do nosso sofrimento é o desejo, o apego às coisas materiais. Quando o desejo e o extremo apego acabam, o sofrimento termina.
Para se chegar ao fim do sofrimento existem oito caminhos; Buda ensinou que o esforço correto em nossa busca pelo fim do sofrimento é sempre manter o equilíbrio – o Caminho do Meio. Quando nos libertamos do nosso " Eu ", ficamos livres da avidez, do ódio e da ilusão, abrindo nossos corações para a Bondade e a Compaixão e nossa mente para a Sabedoria.
Quando diagnosticamos a causa do sofrimento, podemos encontrar o caminho da cura.

· A Nobre Verdade do Sofrimento.
A primeira Nobre Verdade nos lembra a existência cíclica de renascimentos e mortes sem fim ( o Budismo chama de " Roda da Vida " ). Tudo que experimentamos neste mundo pode nos causar sofrimentos. Nascer é sofrer, envelhecer é sofrer, morrer é sofrer. Quando estamos junto a algo ou a alguém que não gostamos, nos sofremos; quando nos separamos daquilo ou de alguém que amamos, sofremos também; tudo aquilo que almejamos e não conseguimos obter nos causa sofrimento. O Budismo nos diz que esses sofrimentos comprometem toda uma existência, marcando-a indelevelmente.
O discípulo deve aprender com a primeira Nobre Verdade a admitir que o sofrimento deve ser completamente entendido. É a tomada de consciência, a mensagem de que há uma saída para os problemas que vivemos.

· A Nobre Verdade da Causa do Sofrimento
Para Buda, nosso sofrimento origina-se em três grandes mal-entendidos: o primeiro é o de que acreditamos que aquilo que está em constante mudança pode ser previsto ou aprisionado; o segundo é acreditar que somos uma identidade permanente; o terceiro é que o ser humano tem o costume de procurar a felicidade em lugares errados.
A segunda Nobre Verdade nos ensina que o sofrimento não é imposto por um ser superior, mas um resultado de nossas próprias ações. "Naquele que domina a si próprio, nenhuma cólera poderá aparecer. O homem justo rejeita toda a maldade. Pela extirpação do ódio e de toda a ilusão, atingirás o Nirvana" – ( O Buda, Mahaparinibbana Sutta ).

· A Nobre Verdade da Extinção do Sofrimento
Só é possível chegar ao fim do sofrimento quando acaba o desejo. O homem não se liberta sem despertar em si a Sabedoria interior do Amor e da Compaixão. O fim total do sofrimento também é conhecido como liberação, em sânscrito, "Nirvana".
O objetivo da terceira Nobre Verdade é que o fim do sofrimento seja totalmente realizado.

O NIRVANA – Hoje, palavra de conhecimento mundial, mas seus significados mais amplos ainda são desconhecidos. Em sânscrito "Nir " significa " Não ", e "vana", "cordão". Nirvana pode ser traduzido como “não estar preso”, "estar liberto". Mas liberto de quê? Do ego, da ignorância, da ilusão e da dor. Para o Budismo, o Nirvana é um estado do ser e não o “Paraíso”, que possa ser alcançado por quem abrir mão do "eu" e do apego.
Quem chega ao Nirvana não se arrepende do passado nem teme o futuro, vive o presente e está livre da ignorância e dos desejos egoístas, do ódio, da vaidade e do orgulho. Assim, torna-se um ser puro, meigo e cheio de Amor Universal, compaixão, bondade, simpatia, compreensão e tolerância.

· A Nobre Verdade que leva ao Caminho do Fim do Sofrimento
Buda sempre ensinou o Caminho do Meio, do equilíbrio; não devemos ser muito rígidos, nem muito relaxados. Devemos tomar cuidado com o caminho dos extremos. O Caminho do Meio faz com que surjam condições para o estudo e a prática em colocar fim ao sofrimento.
A Quarta Nobre Verdade é a base do treinamento budista. Indica o caminho para o fim do sofrimento e do renascimento sem fim: o Caminho do Meio ou Caminho das Oito Vias.

· Carma e Renascimento
Todas as nossas ações produzem uma marca em nossa mente, que influirá em nossa evolução futura. "A felicidade é sempre o resultado de uma atitude positiva, e o sofrimento de uma atitude negativa". (Dalai Lama).
Geralmente, como se explicar o Carma ou Lei de Ação e Reação, costumamos usar o "colhemos no futuro o que plantamos no passado". Nosso futuro será o resultado do que estamos realizando hoje. O Carma se manifesta no corpo, que é a porta de entrada das ações, pela fala, que é a porta da comunicação e pela mente, a porta dos pensamentos. Pela mente, podemos causar nossas desventuras ou bem-aventuranças, basta saber como direcionar nossos pensamentos positivamente. Qualquer ação que praticamos se tornam causas, dessas causas surgem os efeitos. Os pensamentos vêm e voltam, e, ao voltarem, se forem negativos, faz com que nos sintamos indefesos, não entendendo porque coisas ruins estão acontecendo conosco. São as energias voltando para o lugar de onde vieram. Isso é o Carma: para toda ação, sempre haverá uma reação, positiva ou negativa. Conhecendo nosso Carma, aprendemos a lidar com a conseqüência de nossos atos.
A FILOSOFIA BUDISTA diz que nosso Espírito é eterno. Ele aprende, cresce, se desenvolve em cada encarnação mediante nossas experiências e práticas espirituais. O Espírito jamais morre: nosso Espírito Eterno segue em sua viagem, que não tem começo, nem fim.
A cada nova encarnação, nosso Espírito entra num corpo físico. Ao fim da vida do corpo físico, este é deixado para trás, mas o Espírito continuará sua jornada. Seu estado mental no momento da morte física determinará sua condição na próxima vida. Depende de nós o que fazer de nossas vidas; nosso Espírito usa este corpo para que possa avançar em sua evolução, adquirindo o maior número de experiências positivas.
NA UMBANDA existe a mesma crença de que o homem caminha para sua evolução espiritual buscando, através de suas várias encarnações, o entendimento da linha evolutiva traçada para nossa Humanidade.
Por meio da prática da caridade, exercendo sua fé e humildade, o médium umbandista busca sua evolução rumo à Pureza Espiritual, um Estado de Iluminação, o despertar para a Vida Eterna. Por sua vez, os Guias Espirituais que incorporam nas sessões de Umbanda também estão cumprindo seu papel na Escala Evolutiva do Planeta, levando aos necessitados palavras de fé, amor e compreensão, sempre passando a mensagem da Eternidade do Ser, única maneira de nos libertarmos das amarras de nossa condição humana, rumo à evolução. Ao pregar-se a REFORMA ÍNTIMA na Umbanda, com a extinção da vaidade, do egoísmo e do ódio, nos ligando a sentimentos de amor, compaixão, humildade e caridade, estamos buscando a evolução do ser ao se libertar dos apegos e sentimentos materiais, como nos ensinam as Quatro Nobres Verdades do Budismo.
Buscando as causas das nossas dores, cessa-se nosso sofrimento, cessando o sofrimento, o homem segue, sem medo, seu caminho rumo à evolução e iluminação de seu Espírito Imortal.

ORIGENS DO BUDISMO
O Budismo nasceu há cerca de 2.500 anos na Índia. Seu fundador, o Buda histórico, nasceu príncipe na família dos Sakya. Aos 29 anos renunciou ao reino em busca de respostas aos problemas essenciais da humanidade.
Depois de seis anos de estudos junto a alguns Mestres e de meditação solitária na floresta, atingiu a Libertação ou Iluminação. “Buda” é um estado de elevação que todo ser humano tem potencial para alcançar.
Ao surgir, como Doutrina Filosófica e sem dogmas de crenças divinas, o Budismo pôs em xeque todo o rígido sistema social indiano, o Sistema de Castas implantado pelos invasores arianos que dominaram a Índia por volta de 1.500 a.C. Além disso, os invasores haviam disseminado a crença na Trindade Divina Shiva – Vishu _ Brahma e o culto a determinados animais – a Zoolatria.
Por volta do Século VI a.C., muitos questionavam na Índia a tradição e a rigidez do Brahmanismo ou Religião Védica, crença que se baseia em uma séria de preceitos religiosos e Doutrina Esotérica, conhecidos com “Vedas”. Em meio a indagações religiosas e filosóficas, nasceu o Budismo.
Contrariamente a muitas outras religiões, o Budismo é " não-teísta ", não contempla a existência de um Deus criador, preocupando-se sobretudo em resolver os problemas essenciais da Humanidade. É um caminho de busca de aperfeiçoamento espiritual. Por seu caráter aberto e não-dogmático, faz com que muitos o entendam muito mais como Filosofia, a Arte da Vida. Para muitos Mestres Budistas da atualidade, o Budismo é uma Ciência do Espírito.
Os princípios básicos do Budismo são: Não cometer ações negativas, realizar ações positivas; ter domínio sobre o Espírito; a não-violência e o respeito por todas as formas de vida.
O Budismo cresceu e se desenvolveu em três ramos principais: Mahayana e Hinayana dão enfoque ao Budismo como religião e o código moral de conduta, da mesma forma como acontece com o Cristianismo no Ocidente. O terceiro ramo é o Vajrayana, que não é visto como religião, bastante parecido com o Zen-Budismo japonês, conhecido como o " Caminho Curto ". É um estilo de vida em que o praticante se utiliza de todas a s suas atividades diárias como instrumentos de progresso no caminho da iluminação.
O Budismo pode ser considerado a síntese de muitas filosofias orientais, como loga, Taoísmo e Hinduísmo. Para nós, do Ocidente, o grande desafio é integrar os ensinamentos do Budismo às nossas vidas. Para a grande maioria, não é possível afastar-se da família e dos afazeres diários. A meditação é usada constantemente para que se possa fortalecer, com clareza a consciência, transformando cada ação do dia-a-dia numa pratica meditativa em que se busca alcançar paz e felicidade.

A EXPANÇÃO DO BUDISMO NO ORIENTE
Após a morte de Buda, o Budismo ultrapassou as fronteiras e se expandiu por diversos países do Oriente: Ceilão, Indochina, Tibete ( onde se difundiu com a religião já existente, unificando-se na religião Rama ); Chegou à China, onde é identificado como Budismo Chinês; seguiu para a Coréia e depois para o Japão. Como não havia escrita na época, houve uma grande diversificação dos ensinamentos, que se transmitiam via oral.
Nessa passagem de conhecimento a China foi a mais beneficiada, pois manteve maior contato com o Monge Hindu Radiu Sanzo. Mas, apesar disso, o conhecimento foi passado por muitos religiosos, criando-se várias religiões e gerando muita controvérsia.
Em meio a toda a desordem e infinidade de doutrinas espalhadas pela China, surge o então chamado " Buda Chinês " ( 538-596 d.C. ), que estudou todos os ensinamentos de Buda e fundou a religião " Tendai Hokkeshu ".
O Budismo evoluiu desde os tempos de seu fundador, mas sem modificar as grandes linhas primitivas da salvação para alcançar o Nirvana. As Escolas Filosóficas multiplicaram-se com o espírito de extrema tolerância que caracteriza as religiões asiáticas em geral. O Mahayana acrescentou ao Hinayana primitivo e severo uma nova doçura no conceito de " Bodisatva " (segundo o Budismo, aquele que pode converter-se em Buda, mas que se recusa a dar o passo definitivo para salvar seus irmãos que ainda sofrem, cegos pelos desejos do mundo, sofrendo no ciclo interminável de mortes e renascimento). Os Bodisatva desempenham um papel importante na difusão do Budismo, transformando-o em uma religião de doçura e de salvação espiritual para as massas populares asiáticas.
Em cada país em que chegou, o Budismo recebeu toques populares de cada região, criando-se novos rituais, mosteiros e templos. Hoje se somam no mundo todo, mais de 400 milhões de adeptos.
No século VII, com a invasão dos povos árabes impondo a Religião islâmica, o Budismo foi varrido da Índia. Mas isso não prejudicou sua expansão em outras religiões, principalmente as nações asiáticas, como Sri-Lanka, Tailândia, Nepal e Butão;Mongólia, Coréia, Japão e Vietnã; Laos, Cambodja e Indonésia.

A CHEGADA DO BUDISMO AO OCIDENTE
Entre 300 e 30 a.C., ocorreram as primeiras aproximações entre o Budismo e o mundo ocidental, propagado por mercadores indianos que levaram os ensinamentos para a Grécia, Egito e Europa.
Com o aumento do comércio entre o Oriente e o Ocidente, o Budismo foi se tornando mais conhecido na Europa, e, a partir do século XIX, muitos passaram a interessar-se pelo estudo da filosofia budista. Em meados do século XX, surgiram sociedades budistas em vários países da Europa. Foi nesse mesmo período que o Budismo chegou à América, juntamente com os imigrantes asiáticos.

O ZEN-BUDISMO
Ramo do Budismo praticado principalmente no Japão, mas sua origem está na China. “Zen” significa meditar, e sua filosofia objetiva reduzir ao máximo as doutrinas, experimentando-se integralmente a prática, que é realizada por meio da meditação chamada de "Za-Zen", pela qual é possível, após o processo de disciplina e autoconhecimento, atingir a iluminação. A prática do Zen-Budismo chegou ao Japão no século XII e tornou-se popular entre os Samurais, que na época dominavam politicamente o país. Influenciou esteticamente a arquitetura japonesa com um estilo simples e sutil.

O DALAI-LAMA
No Budismo Tibetano a autoridade maior é o Dalai-Lama, uma manifestação do Bodisatva da Compaixão. Quando morre um Dalai-Lama, o Estado Supremo de Compaixão passa a manifestar-se em uma criança que será preparada para assumir a liderança espiritual e política do povo do Tibete. Esse título, "Dalai-Lama", foi criado em 1587 por um príncipe da Mongólia com o objetivo de acabar com as disputas entre várias escolas filosóficas budistas, abrindo caminho para um só líder.
Tenzin Gyatso, o 14º Dalai-Lama foi reconhecido aos dos anos com Bodisatva da Compaixão, assumindo em 1950 a condução espiritual e política do povo tibetano. Mas nesse mesmo ano a China invadiu o Tibete, fazendo com o que o líder se exilasse e instalasse sua moradia em Dharmsara. Em 1989, Tenzin Gyatzo recebeu o Prêmio Nobel da Paz por sua campanha pacifista pela libertação do Tibete.
O atual Dalai-Lama já escreveu 50 livros, todos best-sellers sobre a compaixão e a ética. Seu principal tema é a felicidade. Embora represente apenas de uma das muitas vertentes da religião Budista, virou um embaixador da paz, da causa tibetana e do Budismo. Em suas viagens e compromissos por todo o mundo, diz não querer converter ninguém ao Budismo. Para ele, o mais importante é promover o diálogo interreligioso e a paz mundial.

PEQUENO VOCABULÁRIO BUDISTA
· Bodisatva: O ser considerado “iluminado”, que apesar do poder que possui, adia sua entrada no " Nirvana " para poder continuar ajudando na iluminação de outras pessoas.
· Carma: Causas positivas e negativas decorrentes de pensamentos, palavras e ações, nesta vida ou em vidas passadas.
· Darma: É a “Doutrina”, os ensinamentos de Buda que levam ao Nirvana.
· Duka: Sofrimentos e insatisfações provocados pela ilusão dos desejos e apegos.
· Flor de Lótus: Simboliza a bondade e a pureza. É uma planta aquática que finca suas raízes no solo, mas suas flores se abrem acima da superfície da água. Para os discípulos, é o exemplo de como as pessoas também podem se erguer perante as provações para alcançar a iluminação.
· Mandalas: Círculos com símbolos que representam o universo interior, um Buda ou um Bodisatva.
· Mantras: Palavras ou sons que têm um significado não literal, mas espiritual.
· Meditação: Ritual para disciplinar a mente e ficar próximo da iluminação.

Fonte: Revista Espiritual de Umbanda

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