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Amigos da Umbanda!!! Saravá aos Pretos Velhos e Pretas Velhas!!!!!!!

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sábado, 14 de maio de 2011

Espiritualismo Universalista



A cada dia, mais pessoas encontram uma maneira de vivenciar a experiência espiritual, livres do dogmatismo, do sectarismo e até mesmo da religião.
Muitos desses ao serem indagados a respeito de qual é a sua religião, respondem; sou espiritualista.
E quem é ou o que é o espiritualista?
O espiritualista é aquele que, tendo observado o fato de que as religiões até hoje proporcionaram mais males do que o bem, que o seu discurso não está de acordo com a sua ação exemplar, ou seja, que a religião incentivou e fomentou a discórdia, guerras, preconceitos, violência, a separação entre os povos, a diferenciação entre iguais, a exploração do homem pelo homem entre tantas outras "desgraças" e, no entanto, observou também que há no cerne da mensagem espiritual algo em comum, entre todas as religiões que é a mensagem do amor ao próximo, da fraternidade universal, da reforma íntima, da evolução do individuo e da sociedade, da purificação da mente, da compaixão, entre outras coisas e escolheu extrair de todas as tradições e ensinamento aquilo que ao seu ver é aproveitável e decidiu colocar em prática na sua vida, no seu cotidiano.
O espiritualista é aquele que abre mão do julgamento e busca a compreensão, abre mão da discussão vazia e teórica e busca vivenciar a verdade através da experiência do seu dia a dia, é aquele que prefere estar em paz com o seu semelhante do que vencer uma contenda, é aquele que vê no conhecimento espiritual não uma arma para ser melhor que o seu semelhante, mas uma ferramenta para ajudar a si mesmo e todas a sua volta, é aquele que não crê num deus vingativo, num deus imperfeito que se arrepende de suas ações, num deus de julgamento implacável revestido do poder de juiz para julgar, condenar ou absorver àqueles que Ele mesmo deu vida, mas crê sim num Deus transcendental que possa ser vivenciado, conhecido  ou simplesmente crê numa força universal ao qual alguns espiritualistas nem mesmo chamam de Deus.
A espiritualidade significa liberdade, respeito, expansão da consciência, mente aberta, confiança, alegria, gentileza, paciência, tolerância, honestidade, philos, ágape, etc.
O espiritualista não terá a atitude de proselitismo ou seja, não é o do seu interesse convencer ninguém de suas idéias, não pretende remover ninguém da sua religião, ouvirá com respeito a todos, sejam religiosos ou não, o espiritualista terá uma atitude humanista perante todo e qualquer indivíduo e viverá conforme as orientações da sua própria consciência, da sua intuição, da sua razão, ou seja, da sua voz interior.
A religião não salva ninguém! É a verdade que pode ser experimentada e vivida na prática diária é que conduz o ser a libertação, só esta verdade nos libertará, não a verdade teológica.
O fato de participar  ou não de uma religião não significa que o espiritualista será um ser isolado (vivendo somente dentro de um meio ou vivendo só), muito pelo contrário, ele está ao meio do convívio humano, seja profissional, familiar, político, de ação social, nas sociedades fraternas, onde quer que ele estiver, procurará estar vigilante, ensinará e aprenderá através do exemplo, da atitude calma e pacífica, através da ajuda desinteressada, buscará vivenciar aquilo que há de mais profundo dentro de si e entrará em contato com aquilo que há de mais profundo em seu semelhante.
O espiritualismo universalista não é uma doutrina, não é meu interesse sistematizá-la, é sobretudo uma atitude, daquele que busca apreciar todas as jóias do pensamento, presente em todas as tradições, todos os povos, todas as épocas, todas as religiões e toda a busca humana por sabedoria, conhecimento, compreensão, união e paz, no intuito de realizar transformações em si mesmo, mudando o mundo através da sua própria visão, em sua própria mente.
A todos os meus irmãos espiritualistas de todo o mundo! Ouçam o chamado! O chamado que vem de dentro de todos nós, que pede para deixarmos de lado as discussões estéreis, as ideologias vazias, o mundo já está abarrotado de livros, filosofias, teorias, que possuem o seu valor, isto é indubitável, mas é de suma importância vivenciar a espiritualidade em nosso dia a dia, em nossos atos, e que possamos através desta transformação interior, ajudar o mundo a passar pela transformação coletiva, humanizando a terra, sensibilizando o ser, para que um dia uma cultura de paz, possa se consolidar através da paz ativa dos homens de boa vontade!

Paz, Força e Alegria!

Fonte: http://dedentrodamatrix.blogspot.com/

sexta-feira, 8 de abril de 2011

As Antigas Religiões em Novos Tempos

    

          O que é Religião?

         “Religião é um conjunto de crenças que compartilham códigos morais e fazem uso de forças sobrenaturais, divinas, sagradas e transcendental. É ainda confuso a definição exata de Religião.”
Sempre foi complicado discutir sobre religião, pois além de haver muitas, as opiniões são por vezes extremistas, até dentro de uma mesma religião é difícil encontrar pensamentos iguais sobre a relação entre homem e o divino.
A religião nos guia, nos aponta a direção, é uma ferramenta natural do ser humano, e deve ser usada com o bom-senso.

As maiores Religiões do Mundo:
Islã (ou islamismo ou islão):

 
 A maior religião, chegando a 1,3 BILHÃO de adeptos. Monoteísta, surgiu no século VII na Península Arábica, baseada nos ensinamentos do profeta Maomé e na escritura sagrada do Alcorão.

 

Cristianismo:


Com cerca de 1,1 BILHÃO de seguidores, essa é uma religião muito comum no ocidente. Monoteísta, baseia-se nos ensinamentos de Jesus, estes recolhidos no Evangélio, parte do Novo Testamento.

Hinduísmo (ou Sanātana Dharm):


Com 900 milhões de praticantes, é uma tradição religiosa originada do subcontinente indiano que abrange o bramanismo, crendo na Alma Universal. Dentre as seis divisões históricas (darshanas), somente duas sobrevivem, a Ioga e Vedanta.



Budismo:


Com 380,8 milhões de adeptos, é mais que uma religião, é uma filosofia baseada nos ensinamentos de Sidarta Gautana. Conta com certa de 380 milhões de seguidores, é uma religião conhecida em todo mundo pela sua cultura. Para certos pesquisadores e estudantes, o budismo pode não ser considerado como religião, porque não existe um Deus criador, dogmas e proselitismo. O budismo é o caminho para o crescimento espiritual, através dos ensinamentos de Buddhas.

Sikhismo:


Com 25,4 milhões de adeptos, é uma religião monoteísta fundada em Punjab (noroeste da Índia) por volta do século XV pelo Guru Nanak. Baseado nos ensinamentos de 10 Gurus.


Espiritísmo:


Com 15,1 milhões de fiéis, crêem na existência de um espírito imortal, na reencarnação e na intermediação entre o mundo espiritual e o mundo real através de um Médium. Para os espíritas, o homem é um espírito ligado a um corpo através de uma alma.

Judaísmo:


Com 13,1 milhões de adeptos, é a religião do povo Judeu e mais antiga das principais religiões monoteístas surgiu da religião mosaica. O Deus é chamado de YHWH ou Adonai ou HaShem. Segundo os judeus, Israel foi escolhido para receber o Torá (ensinamentos desse Deus).


Fé Bahá’i:


(Oriundo do Islamismo) Com 7,6 milhões de seguidores, foi fundada por Bahá’u’lláh em 1844 na antiga Pérsia. Não possui dogmas, rituais, clero e sacerdócio. Os seguidores são chamados como Bahá’u’lláh e baseiam-se no contínuo progresso da civilização e no respeito à humanidade. É uma religião monoteísta e crêem que Deus é o criador de tudo e de todos. Deus é eterno e inacessível.

Jainismo (ou Jinismo):


(Oriundo do Hinduísmo) Com 4,6 milhões de adeptos é uma das religiões mais antigas da Índia. Como o budismo, crêe em um único Deus mas não atribui a ele atributos de necessidade e figura central. Acredita-se que surgiu no século V a.C. devido as ações de Mahavira. Buscam a libertação.

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Vídeo | O Desenvolvimento Geográfico das Religiões

 

 

Mas a verdade, não é uma só?
A verdade é uma só, as pessoas é que são diferentes.
Esta conclusão explica a variedade de religiões que hoje conhecemos.
A variedade de religiões é consequência da diversidade social e cultural existente no mundo.
Entender a percepção humana nos ajuda e compreender a quantidade de religiões. A princípio, todo ser humano sente frio e calor e percebe que na ausência da luz predomina a escuridão. Essas percepções nos fazem experimentar a vida e desenvolver as nossas próprias intuições, portanto cada ser humano experimenta a vida de maneira diferente devido ao seu contexto social.
Independente de qual é a verdade absoluta, as histórias são contadas por gerações e cada indivíduo interpreta da sua forma, de acordo com suas percepções e sentimentos. Por isso quem nasce em um país cristão, por exemplo, tem grande tendência de ser cristão.
Mas também existem partes em comum entre as religiões, como a existência de um Deus, em todas as grandes religiões o Deus sempre fala de amor e paz, então porque por milhares de anos os homens matam e morrem em nome de Deus? Porque os homens não fazem jus a aquilo que acreditam? Não seria isso hipocrisia? Afinal, não existe nenhuma guerra que seja santa, o que existe ainda hoje é o preconceito, a tolice de achar que 7 bilhões de pessoas devem perceber e entender a vida da mesma forma.
Acredito que Deus não se importe com o titulo da sua religião, mas sim com suas atitudes em em vida. Deus não é como um candidato político. Ele não precisa de títulos, slogans ou promoções, muito menos de guerras e tiranias justificadas em seu nome. Deus esta em tudo, sem fronteiras geográficas, sociais ou econômicas. Deus não é Religião.
Contudo, vemos na história da humanidade, religiões que por vezes equivocadamente se comportam como partidos políticos, intitulando leis para verdades que mal conhecem.
A resposta para “de onde viemos?” ou “para onde vamos?” não caberiam dentro de uma hora ou no espaço de uma página inteira, pois são grandes e diversas as mitologias, teorias, filosofias ou sociologias, mas cabe aqui e agora ressaltar a relação efetiva entre religião e sociedade, isso é Educação, ou pelo menos deveria ser em um país grande e de sociedade multicultural como é o Brasil.

Religião e Sociedade
Desde muito tempo atrás o homem se arrisca a responder sobre o que é divino e o que é humano, e como devemos ou não viver, o grande problema é quando usam o nome de Deus para justificar um suposto fanatismo, pois a questão é que não existe apenas um homem, muito menos uma só resposta, ainda que a verdade seja apenas uma.
Com o tempo os povos foram se misturando, formando uma só sociedade global, gurus e profetas por todos os lados, diversas religiões e congregações, todas as quais oriundas de suas tradições e culturas, com experiências e percepções adquiridas através de seu tempo e espaço. Por compartilharmos todos do mesmo mundo, é bom praticar o convívio social.
Conclusão
Acreditar em Deus é também respeitar a crença de outras pessoas, pois compreensão e paciência são virtudes que qualquer Deus ensina. Isso é viver em sociedade.
A Educação promove para as novas gerações, o conhecimento sobre os velhos problemas sociais.

“Quem me dera
Ao menos uma vez
Entender como um só Deus
Ao mesmo tempo é três.”
Índios – Legião Urbana
A bíblia cristã descreve Deus em três estados, Pai, Filho e Espírito Santo. Isso já parece bem confuso para alguns, mas em uma visão universal entre as religiões fica tudo ainda mais complicado, pois quem dera a humanidade entender que independente de religião o Deus em verdade é apenas um.

Salve o Universalismo!

Denis Sant'Ana   .'.   \|/  سلام

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Registros Akáshicos


O Registro Akáshico é o registro individual de uma Alma desde o momento que deixa seu ponto de origem até que a ele regresse.
No momento em que tomamos a decisão de experenciar a vida, é formado um campo de energia com a finalidade de gravar todos os pensamentos, palavras, emoções e ações geradas por cada uma das experiências vividas. Esse campo de energia é denominado Registro Akáshico.
Akáshico porque está composto pelo Akasha, que é a substância energética da qual toda a vida está formada. AKASHA é uma palavra de origem sânscrita, que se utiliza para denominar um plano da consciência cósmica que atua como arquivo.
Registros, pois tem como objetivo gravar todas as experiências vividas.
"O Akasha, a Luz Astral, pode definir-se como a Alma Universal, a Matriz do Universo, o Mysterium Magnum do qual tudo quanto existe é nascido por separação ou diferenciação. É a causa da existência; por todo espaço infinito...é o espaço" (H.P. Blavatsky).
É uma parte da Mente Divina. É mencionado na Bíblia como “O Livro da Vida”. Os budistas se referem aos registros Akáshicos como "Memória da Natureza".
É uma das ferramentas mais poderosas disponíveis no Planeta para nos ajudar a recordar a nossa condição de Unidade Divina. Quando nos ascendemos à energia dos Registros Akáshicos, abrimos um canal à comunicação direta com nossos Mestres e Anjos.
Dentro desta dimensão espiritual mais alta, somos capazes fazer perguntas, obter explicação e orientação. Também podemos identificar outras experiências de vida que nos afetam nesta.
Estas “memórias” revelam situações que no presente ajudam a revisar as situações karmicas, conhecer o propósito de nossa vida, esclarecer os vínculos, as passagens nesta vida, pois estão formadas por uma massa de informações acumuladas das encarnações vividas, para nos auxiliar na elevação e, também, para o bem de todos que nos cercam.
Este "instrumento" nos permitirá perceber a limitação de nossos padrões e crenças, que criam véus de ilusões ao redor da nossa verdadeira alma. À medida que desvendamos estes véus e aprendemos nossas verdades, voltamos mais conscientes do que verdadeiramente somos, recuperando a própria Divindade, nosso poder, a conexão com tudo que existe. Estaremos livres para permitir à alma voar a níveis mais altos.
Para aqueles que desejam visitar o Registro Pessoal, é essencial o recolhimento diário para poderem-se atingir níveis mais altos. É necessário estar-se uno com a alma para recuperar a Divindade, abraçar sua essência e centralizar-se na Luz do amor de que faz parte.
Aquiete seu coração, medite, reflita, ore, tenha bons pensamentos e bons atos... Viva melhor, Seja melhor...
Saravá!

domingo, 27 de março de 2011

Qual a Melhor Religião?



A Humanidade caminha para a Nova Era e muitas mudanças estão sendo processadas e assimiladas; todavia temos séculos de condicionamentos que precisam ser modificados. Um desses condicionamentos diz respeito ao fato da importância que a sociedade onde estamos inseridos, ainda dá para a questão dos “rótulos” (qual seu nível de instrução, sua profissão, sua classe econômica, sua religião…). E, a propósito: qual é a melhor religião? Num Congresso sobre religião e paz entre os povos, Leonardo Boff fez esta pergunta ao Dalai Lama e a resposta foi: “A melhor religião é aquela que te aproxima de Deus, do Infinito. É aquela que te faz melhor”. De pessoa tão sábia, não poderíamos esperar melhor resposta, pois independente do nome, o objetivo de qualquer religião é o “religare”, estabelecer a ligação com a Fonte da Vida.
Devemos sempre lembrar que fazemos parte de uma “grande teia”, de uma rede planetária, de um mundo onde tudo afeta a todos; a lei da física que fala sobre Ação e Reação, faz parte de todo tipo de relação que se possa estabelecer, inclusive e principalmente, das relações com os nossos semelhantes. Então, com certeza, “a melhor religião é aquela que te aproxima de Deus, do Infinito. É aquela que te faz melhor”, por isso, o que realmente importa não é o “rótulo”, mas nossos atos, pensamentos e ações no dia-a-dia, com a família, com os amigos, com as pessoas que trabalham conosco, pois se eles forem bons, trarão bons resultados e farão com que nos sintamos bem, com que sejamos melhores. A melhor religião é aquela que se escolhe, que nos faz melhores, que nos deixa felizes e convictos de que estamos aqui para aprender, para ensinar, para nos aperfeiçoar.
Religião ainda é um tema que aflige muitas pessoas, e faz com muitas outras se coloquem numa posição de “defensores da verdade”, pregando uma determinada “igreja” como a única detentora da verdade. O que devemos ter sempre em mente, longe de aflições e sem radicalismos, é que sempre estamos na presença de Deus e que os planos espirituais mais elevados não estão afastados no espaço, mas que estão em nós mesmos. É em nós que a voz de Deus ressoa sempre e, se não ouvimos Sua voz, nem percebemos Sua luz, talvez seja porque estamos completamente absorvidos em nós mesmos e nos aturdimos com nosso próprio ruído. Toda pessoa que aspira à paz espiritual não deve se deixar arrastar pelo caos do dia-a-dia e nem se afetar pelas questões dos “rótulos”; melhor se retirar de vez em quando e ir de encontro a si mesma, estabelecendo dentro de si um centro de equilíbrio e paz, praticando o “religare” e ouvindo aquela “voz interior” que fluirá, trazendo-lhe Luz e serenidade a partir do encontro com mundos superiores.
A religiosidade sempre foi um caminho que permitiu à Humanidade escapar das penúrias da vida terrestre, de suas limitações, da sensação de incapacidade, da sensação de ter poderes que não podia expressar e dos desenganos que continuamente se apresentavam na vida. Neste processo de religação, este foi sempre um meio eficiente de aprender logo as lições que a dor e as tristezas ensinavam e de nos recolher em nosso interior, nos afastando deles para o cerne da realidade. Agruras da vida são excelentes professores, mas evoluímos e sabemos que “não há mal que sempre dure” e que podemos viver bem e felizes nos distanciando de todas as dificuldades; não nos protegemos do que é ruim resistindo, pois a resistência intensifica a vibração negativa s sim nos distanciando até que sejam meras projeções no tempo e no espaço. Portanto a “melhor religião” é aquela que nos permite deixar de olhar a multiplicidade de sombras e encarar a Luz única e esta grande ‘conversão’ se consegue por meio da meditação. Devemos seguir nosso caminho até o verdadeiro centro de nosso ser e nesse lugar encontraremos a luz eterna brilhando, a paz que é inalterável e que está além de toda compreensão e a nossa Religião.
Se necessitarmos um maior incentivo, o encontraremos no conceito de que “a melhor religião” é aquela que nos faz melhores; que só poderemos ensinar a outros o caminho da libertação quando nós mesmos o tenhamos encontrado e definido, quando nós mesmos tivermos encontrado e cruzado o portal. Então poderemos guiar a nossos irmãos, mas não antes; e não para uma determinada religião, mas sim para que ele defina a sua. Se observarmos os olhos dos grandes seres do mundo, veremos neles uma serenidade, uma felicidade e uma calma que nada pode perturbar; eles encontraram a sua religião e as intempéries desta vida não lhes alcançam pessoalmente, por muito que se compadeçam dos outros. Eles conduzem pelo Amor à Vida e pelo exemplo de vida.
Sejamos Budistas, Espíritas, Taoistas, Católicos, Evangélicos, Xamanistas, Andinos, Umbandistas, da Fraternidade… a importância não está no rótulo, mas naquilo que acreditamos e praticamos; “alteridade” é um conceito que deve ser praticado cada vez mais, pois o respeito ás diferenças nos acresce, nos harmoniza, nos coloca em freqüência com a Luz que ilumina o Universo e nos conduz. A melhor religião é aquela que fala ao nosso “coração” e que permite estabelecer um canal com tudo que vibra positivamente nesta imensa “teia da vida”.

Denis Sant'Ana   .'.   \|/   سلام

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Universalismo



Universalismo é a compreensão de que todas as religiões e filosofias contêm uma parcela da Verdade Cósmica. Ser universalista não é algo fácil, exigindo um exercício constante de tolerância e discernimento. Talvez uma boa forma de se iniciar uma caminhada espiritualista universalista, seja observar atentamente os pontos em comum entre as diferentes visões da vida, deixando de lado as controvérsias. A partir disso, será possível começar a vislumbrar a presença da Inteligência Universal por trás do pensamento religioso/filosófico de todas as culturas, sejam elas de caráter monoteísta ou politeísta, dualista ou monista, materialista ou espiritualista, empírico ou científico etc. Com certeza, há fundamentos em comum para as diversas formas de enxergar o mundo, mas também, e talvez, sobretudo, há complementaridades. Não necessariamente duas visões diferentes sobre um mesmo assunto são contrárias! Mas, como essas visões provêm de ângulos diferentes, na realidade, se complementam. Para exemplificar esta questão, é interessante recordar uma velha história hindu, que passo a relatar em seguida.
Numa cidade da Índia viviam sete cegos, que tinham alguma sabedoria. Como os seus conselhos eram quase sempre muito úteis, todas as pessoas que tinham problemas recorriam à ajuda deles. Eram amigos, mas havia certa rivalidade entre eles, o que, de vez em quando, causava uma discussão sobre qual seria o mais sábio. Em certa oportunidade, depois de muito conversarem acerca da Grande Verdade da Vida, não chegaram a um acordo. O sétimo cego ficou muito contrariado, resolvendo morar sozinho numa caverna de montanha.
Antes de ir embora, falou aos demais: “- somos cegos para que possamos ouvir e entender melhor, o que as outras pessoas não alcançam. Em vez de aconselhar aos necessitados, vocês ficam aí discutindo, como se quisessem vencer uma competição. Não concordo com isso! Vou me embora!” Sete meses depois, chegou à cidade um homem montado num enorme elefante.
Os cegos, que nunca haviam tocado num paquiderme, foram para a rua ao encontro dele. O primeiro apalpou a barriga do animal, declarando: “- trata-se de um ser gigantesco e fortíssimo!
Posso tocar nos seus músculos e não se movem, parecendo paredes!” Mas o segundo cego, tocando nas presas do elefante, afirmou: “- que bobagem! Este animal é pontudo como uma lança, uma verdadeira arma de guerra!” Então, alguém falou: “- ambos se enganam!” Era o terceiro cego, que apertava a tromba do elefante. E acrescentou: “- este animal é idêntico a uma serpente! Contudo não morde, porque é desdentado. É como uma cobra mansa e macia.” Em seguida, bradou o quinto cego, logo após mexer nas orelhas do elefante: “- vocês estão loucos! Este animal não se parece com nenhum outro, pois os seus movimentos são ondulatórios, como se o seu corpo fosse uma cortina.” Na seqüência o sexto cego, tocando a pequena cauda do elefante, concluiu: “- todos vocês estão completamente errados! Este animal é como uma rocha com uma corda presa no corpo. O que há com vocês?” E assim ficaram, por longos minutos, debatendo aos gritos. Então o sétimo cego, que descera a montanha procurando víveres, apareceu conduzido por uma criança. Ouvindo a discussão, solicitou que o menino desenhasse, na terra macia, a figura do elefante. Após tocar cuidadosamente os contornos do desenho, percebeu que todos os seis cegos estavam certos parcialmente, mas, ao mesmo tempo, bastante enganados. Agradeceu ao garoto e atestou: “- é assim que os homens se comportam perante a Verdade. Mal tocam numa parte e já pensam que é o Todo!” A seguir, se afastou de seus antigos companheiros, entendendo que eles continuavam sem enxergar...
Portanto a verdade científica, a espírita, a budista, a judaica, a muçulmana, a católica, dentre outras verdades, são complementares, já que nenhuma religião ou filosofia de vida poderá, a seu modo particular, captar completamente o Todo ou Deus. Por isso, não é tão difícil concluir que uma visão mais universalista/ecumênica do mundo, tem a possibilidade de maiores aprendizados. No entanto, isto não quer dizer que as pessoas devam deixar suas práticas religiosas de lado, nem passar a ter preconceitos com relação àqueles que se dediquem, de forma mais exclusiva, a uma religião de sua preferência. Ao contrário, um universalista pode ter uma religião específica, mas, o que o diferencia de pessoas ortodoxas, é a flexibilidade de pensamento e a humildade, pois, apesar de preferir uma forma de culto, reconhece que Deus está em todos os lugares e corações humanos. A Divindade ou Inteligência Universal é infinita e manifesta-se por múltiplas maneiras. O espiritualista universalista verdadeiro entende que, por trás de qualquer forma, há uma Essência.
Mas, qual ou quais as vantagens práticas do Universalismo? A princípio, pelo menos, há dois grandes benefícios em se manter uma postura universalista perante a vida. Um deles, que já foi comentado, é a possibilidade de novos aprendizados, já que a falta de preconceito quanto a outras filosofias e religiões, permite o exame isento de outros pontos de vista. E isto é algo extremamente lógico, pois não é nada inteligente desprezar o que outras pessoas conseguiram através de estudos (científicos ou não), meditações e práticas diversas, muitas vezes por inúmeros anos de dedicação. Por que segregar tradições filosóficas, religiosas ou esotéricas seculares? Será que estas tradições não possuem conhecimentos que nos podem ser úteis no dia-a-dia? Será que não desenvolveram algum tipo de sabedoria? Além disso é importante salientar que, numa determinada tradição, mesmo que hajam conceitos que não se adéqüem a nossa vida, não é por isso que devemos concluir que o seu conjunto de idéias seja imprestável. É importante usar um “olho clínico” ou uma “visão interna”, para discernir o que é útil de fato (é claro que isso é pessoal). E quanto aos aparentes “erros” ou “distorções”, por que não aprender com as “falhas” dos outros? Simplesmente jogar fora a experiência de nossos semelhantes é um ato de arrogância e inteligência limitada.
O segundo claro benefício de uma postura universalista é o desenvolvimento de tolerância quanto aos outros pontos de vista. Obviamente, um espiritualista universalista provavelmente contribuirá para uma convivência mais harmônica, na sociedade humana. No entanto, é relevante voltar a frisar, que praticar o Universalismo de fato, não é algo simples ou trivial. É preciso se despojar de idéias pré-concebidas e dogmas, mantendo constantemente uma mente aberta a novas possibilidades, e, entendendo que, um ponto de vista diferente não necessariamente derrubará a estrutura de compreensão que temos do mundo, mas sim que poderá agregar algum valor novo, complementando o que já sabíamos. Em outras palavras, não é preciso encarar idéias novas ou diferentes como ameaças.
Paz a todos.
Pablo de Salamanca
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