Quem vive e sente a pureza da Umbanda está sempre Feliz, pois sabe que mesmo nos momentos difíceis está evoluindo e aprendendo... Até quando tropeçam, tropeçam para frente. Vovô Joaquim d’Angola.
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Amigos da Umbanda!!! Saravá aos Pretos Velhos e Pretas Velhas!!!!!!!
quinta-feira, 31 de maio de 2012
terça-feira, 29 de maio de 2012
O Bater Cabeça na Umbanda
O ato de bater cabeça, talvez seja a parte da ritualística umbandista cuja simbologia esteja no inconsciente coletivo da humanidade desde o princípio dos tempos.
O ato de levar a cabeça ao solo é encontrado, praticamente, em todas as religiões.
Podemos interpretar este ato como o reconhecimento da submissão do ser humano diante da onipotência da Divindade.
Ou seja, a aceitação de nossas limitações diante daquilo que não podemos controlar. Trata-se, portanto, de um sinal de respeito e de entrega bem como de humildade e agradecimento.
Na Umbanda bater cabeça significa respeito pelos orixás, guias e entidades que são representadas pelo Congá (Altar).
Em algumas casas também se bate cabeça tanto nos pontos de força ou energia (a tronqueira e os atabaques) como para os sacerdotes, sacerdotisas ou os mais velhos na religião.
Saudação Diante do Congá:
Peço Força ao nosso Pai Oxalá
Peço Benção aos Pais e Mães desta Casa
Saúdo minha coroa diante do Pai Maior
Salve!
Fonte: http://almaumbandista.blogspot.com/
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Dia de Santa Sara - Dia 24 de Maio - Hoje é dia dos Ciganos na Umbanda
Santa
Sara é a Padroeira dos Ciganos nos quatro cantos do mundo. Na Umbanda é sempre
louvada pela falange dos Ciganos e muitos terreiros festejam esses
trabalhadores na mesma data de sua padroeira.
Falando um pouco da Linha dos Ciganos na Umbanda...
Os Espíritos Ciganos são também, uma linha de trabalhos espirituais que busca seu espaço próprio, pela força que demonstram em termos de caridade e serviços a humanidade. Seus préstimos são valiosas contribuições no campo do bem-estar pessoal e social, saúde, equilíbrio físico, mental e espiritual, e tem seu alicerce em entidades conhecidas popularmente com "encantadas".
São entidades que há pouco tempo ganharam força dentro dos rituais da Umbanda. Erroneamente no começo eram confundidos com entidades espirituais que vinham na linha dos Exus, tal confusão se dava por algumas ciganas se apresentarem como Cigana das Almas, Cigana do Cruzeiro ou nomes semelhantes a esses utilizados por Exus e Pombas-Gira. Hoje, o culto está mais difundido, se sabe e se conhece mais coisas sobre essas entidades, chegando algumas casas a terem um ou mais dias específicos para o culto aos espíritos ciganos.
Não tem na Umbanda o seu alicerce espiritual, como dissemos; se apresentam também em rituais do tipo mesa branca, Kardecistas e em outros rituais específicos de culto à natureza e todos os seus elementos, por terem herdado de seu povo, o cigano, o amor incondicional à proteção da natureza.
Encontraram na Umbanda um lugar quase ideal para suas práticas por uma necessidade lógica de trabalho e caridade.
Na Umbanda passaram a se identificar com os toques dos atabaques, com os pontos cantados em sua homenagem e com algumas das oferendas que são entregues às outras entidades cultuadas pela Umbanda. Encontraram lá, na Umbanda, uma maneira mais rápida de se adaptarem a cultos e é por isso que hoje é onde mais se identificam e se apresentam.
São entidades oriundas de um povo muito rico de histórias e lendas, foram na maioria andarilhos que viveram nos séculos XIII, XIV, XV, XVI e XVII. Tem na sua origem o trabalho com a natureza, a subsistência através do que plantavam e o desapego as coisas materiais.
Dentro da Umbanda seus fundamentos são simples, não possuindo assentamentos ou ferramentas para centralização da força espiritual. São cultuados em geral com imagens bem simples, com taças com vinho ou com água, doces finos e frutas solares. Trabalham também com as energias do Oriente, com cristais, incensos, pedras energéticas, com as cores, com os quatro sagrados elementos da natureza e se utilizam exclusivamente de magia branca natural, como banhos e chás elaborados exclusivamente com ervas.
Diferentemente do que pensamos e aprendemos, raramente são incorporadas, preferindo trabalhar encostadas e são entidades que devem ser cultuadas na direita, pois quando há necessidade de realizarem qualquer trabalho na esquerda, são elas que se incumbem de comandar as entidades ciganas que trabalham para este fim, por isso, não precisam de assentamentos. Por isso tudo fica evidenciado que são entidades que trabalham exclusivamente para o bem.
Santa Sarah Kali é sua orientadora para o bom andamento das missões espirituais. Não devemos confundir tal fato com Sincretismos, pois Santa Sarah é tida como orientadora espiritual e não como patrona ou imagem de algum sincretismo.
Ciganos na Umbanda, são espíritos desencarnados homens e mulheres que pertenceram ao povo cigano.
Os ciganos em geral, tem seus rituais específicos e cultuam muito a natureza, os astros e ancestrais. A santa protetora do povo cigano é "Santa Sara Cali". Dentro da Umbanda, trabalham para o progresso financeiro e para as causas amorosas. Cheios de simpatias espitiruais, os espíritos ciganos trabalham para a cura de doenças espitiruais.
Os ciganos, dentro da ritualistica umbandista, falam a língua "portunhol", alguns, poucos, falam o romanês, língua original dos ciganos. As incorporações acontecem geralmente em linha própria, mas nada impede que eles possam a vir trabalhar na linha de Exu.
"A vida as vezes nos mostra algo, que não entendemos no ato, mas com certeza no futuro entenderemos, então não adianta o desespero antecipado, sempre haverá uma explicação para tudo que passamos. Eu vivo a minha verdade, então o que espera para viver a sua?"
(Pelo Espírito Cigano das
Almas 05/06 2005)
A Lenda de Santa Sara Kali...
(A cigana escrava que venceu os mares com sua fé e virou santa)
Conta a lenda que Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de
Arimatéia e Trofino, junto com Sara, uma cigana escrava, foram atirados ao mar,
numa barca sem remos e sem provisões.
Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar. Aí então Sara
retira o diklô (lenço) da cabeça, chama por Kristesko (Jesus Cristo) e promete
que se todos se salvassem ela seria escrava de Jesus, e jamais andaria com a
cabeça descoberta em sinal de respeito. Milagrosamente, a barca sem rumo e à
mercê de todas as intempéries, atravessou o oceano e aportou com todos salvos
em Petit-Rhône, hoje a tão querida Saintes-Maries-de-La-Mer. Sara cumpriu a
promessa até o final dos seus dias.
Sua história e milagres a fez Padroeira Universal do Povo Cigano, sendo
festejada todos os anos nos dias 24 e 25 de maio. Segundo Míriam Stanescon -
Rorarni (princesa do clã Kalderash), deve ter nascido deste gesto de Sara Kali
a tradição de toda mulher cigana casada usar um lenço que é a peça mais
importante do seu vestuário: a prova disto é que quando se quer oferecer o mais
belo presente a uma cigana se diz: Dalto chucar diklô (Te darei um bonito
lenço).
Além de trazer saúde e prosperidade, Sara Kali é cultuada também pelas
ciganas por ajudá-las diante da dificuldade de engravidar. Muitas que não
conseguiam ter filhos faziam promessas a ela, no sentido de que, se
concebessem, iriam à cripta da Santa, em Saintes-Maries-de-La-Mer no sul da França,
fariam uma noite de vigília e depositariam em seus pés como oferenda um diklô,
o mais bonito que encontrassem. E lá existem centenas de lenços, como prova que
muitas ciganas receberam esta graça.
Para as mulheres ciganas, o milagre mais importante da vida é o da
fertilidade porque não concebem suas vidas sem filhos. Quanto mais filhos a
mulher cigana tiver, mais dotada de sorte ela é considerada pelo seu povo. A
pior praga para uma cigana é desejar que ela não tenha filhos e a maior ofensa
é chamá-la de DY CHUCÔ (ventre seco). Talvez seja este o motivo das mulheres
ciganas terem desenvolvido a arte de simpatias e garrafadas milagrosas para
fertilidade.
ORAÇÃO EM ROMAIN:
Manglimos Katar e Santa Sara Kali Tu Ke San Pervo Icana Romli Anelumia Tu Ke Biladiato Le Gajie Anassogodi Guindiças Tu Ke daradiato Le Gajie, Tai Chudiato Anemaria Thie Meres Bi Paiesco Tai Bocotar Janes So Si e Dar, E Bock, Thai O Duck Ano Ilô Thiena Mekes Murre Dusmaia Thie Açal Mandar Thai Thie Bilavelma Thie Aves Murri Dukata Angral O Dhiel Thie Dhiesma Bar, Sastimôs Thai Thie Blagois Murrô Traio Thie Diel O Dhiel.
VERSÃO EM PORTUGUÊS:
Tu que és a única Santa Cigana do Mundo.
Tu que sofrestes todas as formas
de humilhação e preconceitos.
Tu que fostes amedrontada e
jogada ao mar.
Para que morresses de sede e de
fome.
Tu sabes o que é o medo, a fome,
a mágoa e a dor no coração.
Não permitas que meus inimigos
zombem de mim ou me maltratem.
Que Tu sejas minha advogada
perante à Deus.
Que Tu me concedas sorte, saúde e
que
abençoe a minha vida.
AMÉM.
ORAÇÃO...
Sara, Sara, Sara, fostes escrava de José de Arimatéia, no mar fostes
abandonada (pedir para que nada nos abandone: amor, saúde, felicidade, fé,
amigos, dinheiro...).
Teus milagres no mar se sucederam e como Santa te tornastes; à beira do
mar chegastes e o ciganos te acolheram. Sara, Rainha, Mãe dos Ciganos, ajudaste
e a ti eles consagraram como sua protetora e mãe vinda das águas. Sara, Mãe dos
Aflitos, a ti imploro proteção para o meu corpo, luz para os meus olhos
enxergarem até no escuro (pedir forças para os seus olhos, vidência), luz para
o meu espírito e amor para todos os meus irmãos, brancos, negros, mulatos,
enfim, a todos os que me cercam.
Aos pés de Maria Santíssima, tu, Sara, me colocarás e a todos que me
cercam para que possamos vencer as agruras que a terra nos oferece.
Sara, Sara, Sara, não sentirei dores nem tremores, espíritos perdidos não
me encontrarão e assim como conseguistes o milagre do mar, a todos que me
desejarem mal, tu com as águas me fará vencer (quando a pessoa não está bem e
querendo resolver algo muito importante, nesse momento, beber três goles de
água).
Sara, Sara, Sara, não sentirei dores nem tremores e continuarei
caminhando sem parar, assim como as caravanas passam, no meu interior tudo
passará e a união comigo ficará; e sentirei o perfume das caravanas que passam
deixando o rastro de alegria e felicidade. Teus ensinamentos deixarás!
Amai-nos Sara, para que eu possa ajudar a todos que me procurem, ajudados
pelos poderes de nossos irmãos ciganos. Serei alegre e compreensiva(o) com
todos os que me cercam.
Corre no Céu, corre na Terra, corre no Mundo e Sara, Sara, Sara, estará sempre na minha frente.
Assim como os ciganos pedem: Sara fique sempre na minha frente, sempre atrás, do lado esquerdo, do lado direito.
E assim dizemos: somos protegidos pelos ciganos e pela Sara que me ensinará a caminhar e a perdoar.
Reze três Ave-Marias: a 1ª para Santa Sara, a 2ª para os Ciganos e a 3ª para você.
ORAÇÃO...
Farol do meu caminho!
Facho de Luz! Paz!
Manto Protetor!
Suave conforto. Amor!
Hino de Alegria! A
bertura dos meus caminhos!
Harmonia!
Livra-me dos cortes.
Afasta-me das perdas.
Dai-me a sorte!
Faz da minha vida um hino de alegria, e aos seus pés me coloco, minha
Sara, minha Virgem Cigana.
Toma-me como oferenda e me faz de flor profana o mais puro lírio que orna
e traz bons presságios à Tenda.
Salve! Salve! Salve!
ORAÇÃO...
Faça essa oração, sempre que precisar de energia:
Santa Sara, pelas forças das águas, Santa, com seus mistérios, possa estar sempre ao meu lado, pela força da natureza.
Nós, filhos dos ventos, das estrelas e da lua cheia, pedimos à Senhora
que esteja sempre ao nosso lado; pela figa, pela estrela de cinco pontas, pelos
cristais que hão de brilhar sempre em nossa vida.
E que os inimigos nunca nos enxerguem, como a noite escura, sem estrelas,
sem luar.
A Tsara é descanso do dia-a-dia, a Tsara é nossa tenda.
Santa Sara me abençoe; Santa Sara me acompanhe.
Santa Sara, ilumina minha Tsara, para que a todos que batam a minha
porta, eu tenha sempre uma palavra de amor e de carinho.
Santa Sara, que eu nunca seja uma pessoa orgulhosa, que eu sempre seja a
mesma pessoa humilde.
ORAÇÃO...
Santa Sara, minha protetora, cubra-me com seu manto celestial.
Afaste as negatividades que porventura estejam querendo me atingir.
Santa Sara, protetora dos ciganos, sempre que estivermos nas estradas do
mundo, proteja-nos e ilumine nossas caminhadas.
Santa Sara, pela força das águas, pela força da Mãe-Natureza, esteja
sempre ao nosso lado com seus mistérios.
Nós, filhos dos ventos, das
estrelas, da Lua cheia e do Pai, só pedimos a sua proteção contra os inimigos.
Santa Sara, ilumine nossas vidas com seu poder celestial, para que
tenhamos um presente e um futuro tão brilhantes, como são os brilhos dos
cristais.
Santa Sara, ajude os necessitados; dê luz para os que vivem na escuridão,
saúde para os que estão enfermos, arrependimento para os culpados e paz para os
intranqüilos.
Santa Sara, que o seu raio de paz, de saúde e de amor possa entrar em
cada lar, neste momento.
Santa Sara, dê esperança de dias melhores para essa humanidade tão
sofrida.
Santa Sara milagrosa, protetora do povo cigano, abençoe a todos nós, que
somos filhos do mesmo Deus.
Salve Santa Sara! Arriba meu Povo Cigano! Optcha!
Saravá a Linha dos Ciganos na Umbanda!
Povo Cigano na Umbanda
O Povo Cigano tem um dom,
de saber olhar profundamente nos olhos, e ler a mente e a alma do outro. A
partir daí, e com o conhecimento da quiromancia, conseguem se integrar ao campo
vibracional e lê o passado e o futuro do consulente. Quem começa a ler as mãos
dos outros apenas a partir de um estudo das linhas da mão, não conseguirá
acessar toda verdade a ser dita. Por outro lado, a cigana não terá permissão do
astral para falar tudo o que sabe. Esta arte, é muito útil para os ciganos que
já tem seus espíritos esclarecidos para trabalhar no astral junto com os
Benfeitores da Luz, e inclusive na Umbanda, em geral chegando na vibração do
Povo de Oriente, quando evoca-se o Orixá Xangô, ou Almas, caminhando
frequentemente com os Pretos Velhos da Umbanda, e ainda na que se chama Linha
da Esquerda, na vibração dos Exus. Esta falange abençoada integrou-se
perfeitamente à Umbanda, porque milenarmente aprendeu a respeitar a Mãe Natureza
e os seus ciclos, sua Energia, sua vibração.
Quem tem em sua coroa um
cigano ou cigana, acaba absorvendo um pouco, ou muito, do modo de ser do
cigano. Pois um guia cigano conduz o médium a dançar na alegria e na tristeza,
ensinando-lhe a observar e apreciar todos os momentos como ensinamentos que não
podem ser desperdiçados. Acabam refletindo na vida as atitudes, a
passionalidade, o vínculo com a família, da mesma forma que refletirá as
qualidades de um espírito cigano esclarecido, como possuir um código de ética,
honra e justiça, seu amor à liberdade, que muitas vezes acaba incomodando o
sistema.
Salve o Povo Cigano,
Optcha!
Ciganos na Umbanda
“O Céu é meu Teto; a Terra é minha Pátria e a Liberdade é minha Religião”
Os Espíritos Ciganos são também, uma linha de trabalhos espirituais que
busca seu espaço próprio, pela força que demonstram em termos de caridade e
serviços a humanidade. Seus préstimos são valiosas contribuições no campo do
bem-estar pessoal e social, saúde, equilíbrio físico, mental e espiritual, e
tem seu alicerce em entidades conhecidas. Encontraram na Umbanda um lugar quase
ideal para suas práticas por uma necessidade lógica de trabalho e caridade.
Na Umbanda passaram a se identificar com os toques dos atabaques, com os
pontos cantados em sua homenagem e com algumas das oferendas que são entregues
às outras entidades cultuadas pela Umbanda. Encontraram lá, na Umbanda, uma
maneira mais rápida de se adaptarem a cultos e é por isso que hoje é onde mais
se identificam e se apresentam.
São entidades oriundas de um povo muito rico de estórias e lendas, foram na maioria andarilhos que viveram nos séculos XIII, XIV, XV e XVI. Tem na sua origem o trabalho com a natureza, a subsistência através do que plantavam e o desapego as coisas materiais.
São entidades oriundas de um povo muito rico de estórias e lendas, foram na maioria andarilhos que viveram nos séculos XIII, XIV, XV e XVI. Tem na sua origem o trabalho com a natureza, a subsistência através do que plantavam e o desapego as coisas materiais.
Dentro da Umbanda... seus fundamentos são simples, não
possuindo assentamentos ou ferramentas para centralização da força espiritual.
São cultuados em geral com imagens bem simples, com taças com vinho ou com
água, doces finos e frutas solares. Trabalham também com as energias do
Oriente, com cristais , incensos, pedras energéticas, com as cores, com os
quatro sagrados elementos da natureza e se utilizam exclusivamente de magia
branca natural, como banhos e chás elaborados exclusivamente com ervas.
Diferentemente do que pensamos e aprendemos, raramente são incorporadas,
preferindo trabalhar “encostadas” e são entidades que trabalham exclusivamente
para o bem.
Santa Sara Kalli é sua orientadora para o bom andamento das missões
espirituais. Não devemos confundir tal fato com Sincretismos, pois Santa Sarah
é tida como orientadora espiritual e não como patrona ou imagem de algum
sincretismo.
Ciganos na Umbanda, são espíritos desencarnados homens e mulheres que pertenceram ao povo cigano Os ciganos em geral, tem seus rituais específicos e cultuam muito a natureza, os astros e ancestrais. A santa protetora do povo cigano é “Santa Sara Cali”. Dentro da Umbanda trabalham para o progresso financeiro e para as causas amorosas. Cheios de simpatias espirituais, os espíritos ciganos trabalham para a cura de doenças espirituais.
Ciganos na Umbanda, são espíritos desencarnados homens e mulheres que pertenceram ao povo cigano Os ciganos em geral, tem seus rituais específicos e cultuam muito a natureza, os astros e ancestrais. A santa protetora do povo cigano é “Santa Sara Cali”. Dentro da Umbanda trabalham para o progresso financeiro e para as causas amorosas. Cheios de simpatias espirituais, os espíritos ciganos trabalham para a cura de doenças espirituais.
O Povo Cigano é guardião da LIBERDADE. Seu grande lema é: “O Céu é meu teto; a Terra é minha pátria e
a Liberdade é minha religião”, traduzindo um espírito essencialmente nômade
e livre dos condicionamentos das pessoas normais geralmente cerceadas pelos
sistemas aos quais estão subjugadas. A vida é uma grande estrada, a alma é uma
pequena carroça e a Divindade é o Carroceiro.
Em sua maioria, os ciganos são artistas (de muitas artes, inclusive a circense); e exímios ferreiros, fabricando seus próprios utensílios domésticos, suas jóias e suas selas. Rotulados injustamente como ladrões, feiticeiros e vagabundos, os ciganos tornaram-se um espelho onde os homens das grandes cidades e de pequenos corações expiaram suas raivas, frustrações e sonhos de liberdade destruídos. Pacientemente, este povo diferenciado, continuou sua marcha e até hoje seus estigmas não sararam.
Em sua maioria, os ciganos são artistas (de muitas artes, inclusive a circense); e exímios ferreiros, fabricando seus próprios utensílios domésticos, suas jóias e suas selas. Rotulados injustamente como ladrões, feiticeiros e vagabundos, os ciganos tornaram-se um espelho onde os homens das grandes cidades e de pequenos corações expiaram suas raivas, frustrações e sonhos de liberdade destruídos. Pacientemente, este povo diferenciado, continuou sua marcha e até hoje seus estigmas não sararam.
Na verdade cigano que se preza, antes de ler a mão, lê os olhos das
pessoas (os espelhos da alma) e tocam seus pulsos (para sentirem o nível de
vibração energética) e só então é que interpretam as linhas das mãos. A prática
da Quiromancia para o Povo Cigano não é um mero sistema de adivinhação, mas,
acima de tudo um inteligente esquema de orientação sobre o corpo, a mente e o
espírito; sobre a saúde e o destino.
A família é a base da organização social dos ciganos, não havendo hierarquia rígida no interior dos grupos. O comando normalmente é exercido pelo homem mais capaz, uma vez que os ciganos respeitam acima de tudo a inteligência. Este homem é o Kaku e representa a tribo na Krisromani, uma espécie de tribunal cigano formado pelos membros mais respeitados de cada comunidade, com a função de punir quem transgride, a rígida ética cigana. A figura feminina tem sua importância e é comum haver lideranças femininas como as phury-day (matriarca) e as bibi (tias-conselheiras), lembrando que nenhum cigano deixa de consultar as avós, mães e tias para resolver problemas importantes por meio da leitura da sorte.
Esse povo canta e dança tanto na alegria como na tristeza pois para o cigano a vida é uma festa e a natureza que o rodeia a mais bela e generosa anfitriã. Onde quer que estejam, os ciganos são logo reconhecidos por suas roupas e ornamentos, e, principalmente por seus hábitos ruidosos. São um povo cheio de energia e grande dose de passionalidade. São tão peculiares dentro do seu próprio código de ética; honra e justiça; senso, sentido e sentimento de liberdade que contagiam e incomodam qualquer sistema.
A família é a base da organização social dos ciganos, não havendo hierarquia rígida no interior dos grupos. O comando normalmente é exercido pelo homem mais capaz, uma vez que os ciganos respeitam acima de tudo a inteligência. Este homem é o Kaku e representa a tribo na Krisromani, uma espécie de tribunal cigano formado pelos membros mais respeitados de cada comunidade, com a função de punir quem transgride, a rígida ética cigana. A figura feminina tem sua importância e é comum haver lideranças femininas como as phury-day (matriarca) e as bibi (tias-conselheiras), lembrando que nenhum cigano deixa de consultar as avós, mães e tias para resolver problemas importantes por meio da leitura da sorte.
Esse povo canta e dança tanto na alegria como na tristeza pois para o cigano a vida é uma festa e a natureza que o rodeia a mais bela e generosa anfitriã. Onde quer que estejam, os ciganos são logo reconhecidos por suas roupas e ornamentos, e, principalmente por seus hábitos ruidosos. São um povo cheio de energia e grande dose de passionalidade. São tão peculiares dentro do seu próprio código de ética; honra e justiça; senso, sentido e sentimento de liberdade que contagiam e incomodam qualquer sistema.
O líder de cada grupo cigano, chama-se Barô/Gagú e é quem preside a Kris
Romanis (Conselho de Sentença ou grande tribunal do povo rom) com suas próprias
leis e códigos de ética e justiça, onde são resolvidas todas as contendas e
esclarecidas todas as dúvidas entre os ciganos liderados pelos mais velhos. O
mestre de cura (ou xamã cigano) é um Kakú (homem ou mulher) que possui dons de
grande para-normalidade. Eles usam ervas, chás e toques curativos. Os ciganos
geralmente se reúnem em tribos para festejar os ritos de passagem: o
Nascimento, a Morte, o Casamento e os Aniversários; e acreditam na Reencarnação
(mas não incorporam nenhum espírito ou entidade). Estão sempre reunidos nos
campos, nas praias, nas feiras e nas praças.
O misticismo e a religiosidade, fazem parte de todos os hábitos da vida
cigana. A maior parte deles acredita em um único deus (Dou-la ou Bel) em eterna
luta contra o demônio (Deng). Normalmente, assimilam as religiões do lugar onde
se encontram, mas jamais deixam de lado o culto aos antepassados, o temor dos
maus-olhados, a crença na reencarnação e na força do destino (baji), contra a
qual não adianta lutar. O mais importante para o Povo Cigano é interagir com a
Mãe Natureza respeitando seus ciclos naturais e sua força geradora e provedora.
A sexualidade é outro ponto importante entre os ciganos. E, ao contrário
do que se imagina, eles têm uma moral bastante conservadora. Alguns mitos
antigos falam da existência das mães-de-tribo, que tinham um marido e um
“acariciador”. Outros falam das gavalies de la noille, as misteriosas noivas do
fim de noite, com quem os kakus se encontravam uma única vez, passando desde
então, a ter poderes especiais. Mas o certo mesmo é que os ciganos se casam
cedo, quase sempre seguindo acordos firmados entre as duas famílias. Não recebem
nenhum tipo de iniciação sexual e ter filhos é a principal função do sexo.
Descobrir os seios em público é comum e natural, mas nenhuma mulher pode
mostrar as pernas, pois da cintura para baixo todas são merimé (impuras). Vem
daí a imposição das saias compridas e rodadas para as mulheres, que também são
proibidas de cortar os cabelos, e nunca sentam à mesma mesa que os homens.
Ironicamente, como praticantes da magia e das artes divinatórias, são elas que
cada vez mais assumem o controle econômico da família, pois a leitura da sorte
é a principal fonte de renda para a maioria das tribos. O resultado é uma
situação contraditória, em que o homem manda, mas é a mulher quem sustenta o
grupo.
Os Ciganos são “povos das estrelas” e para lá voltarão quando morrerem
ou quando houver necessidade de uma grande evacuação. Há milênios eles vem
cumprindo sua missão neste Planeta, respeitando e reverenciando a Mãe Natureza,
trocando e repassando conhecimento. Eles pregam a necessidade urgente de pisar
na superfície desse lindo “planeta água” (símbolo da emoção e da sensibilidade
que preenche nossos corações) observando não só a violência praticada contra as
minorias, como também os incríveis gestos de solidariedade humana mostrados via
satélite ou pela Internet, na mesma velocidade da luz ou do pensamento humano,
nessa era de virtualidade nem um pouco caracterizada pelas mais elementares
virtudes.
OBS.: este texto foi retirada de uma Palestra
apresentada pela Cigana Sttrada ( do clã Kalon) na 7ª edição do “Encontro para
a Nova Consciência”, em Fevereiro de 1998, em Campina Grande-PB
Espíritos Ciganos
Assim, numerosas correntes ciganas estão a serviço
do mundo imaterial e carregam como seus sustentadores e dirigentes aqueles
espíritos mais evoluídos e antigos dentro da ordem de aprendizado,
confundindo-se muitas vezes pela repetição dos nomes comuns apresentados para
melhor reconhecimento, preservando os costumes como forma de trabalho e
respeito, facilitando a possibilidade de ampliar suas correntes com seus
companheiros desencarnados e que buscam no universo astral seu paradeiro, como
ocorre com todas as outras correntes do espaço. O povo cigano designado ao
encarne na Terra, através dos tempos e de todo o trabalho desenvolvido até
então, conseguiu conquistar um lugar de razoável importância dentro deste
contexto espiritual, tendo muitos deles alçado a graça de seguirem para outros
espaços de maior evolução espiritual, juntamente com outros grupos de
espíritos, também de longa data de reencarnações repetidas na Terra e de grande
contribuição, caridade e aprendizado no plano imaterial.
A argumentação de que espíritos ciganos não
deveriam falar por não ciganos ou por médiuns não ciganos e que se assim o
fizessem deveriam fazê no idioma próprio de seu povo, é totalmente descabida e
está em desarranjo total com os ensinamentos da espiritualidade sua doutrina
evangélica, até as impossíveis limitações que se pretende implantar com essa
afirmação na evolução do espírito humano e na lei de causa e efeito,
pretendendo alterar a obra divina do Criador e da justiça divina como se
possível fosse, pretendendo questionar os desígnios da criação e carregar para
o universo espiritual nossas diminutas limitações e desinformação, fato que nos
levaria a inviabilização doutrinária. Bem como a eleger nossa estada na Terra como
mera passagem e de grande prepotência discriminatória, destituindo
lamentavelmente de legitimidade as obras divinas.
Outrossim, mantêm-se as falanges ciganas, tanto
quanto todas as outras, organizadas dentro dos quadros ocidentais e dos
mistérios que não nos é possível relatar. Obras existem, que dão conta de suas
atuações dentro de seu plano de trabalho, chegando mesmo a divulgar passagens
de suas encarnações terrenas. Agem no plano da saúde, do amor e do
conhecimento, suportam princípios magísticos e tem um tratamento todo especial
e diferenciado de outras correntes e falanges.
Ao contrário do que se pensa os espíritos ciganos
reinam em suas correntes preferencialmente dentro do plano da luz e positivo,
não trabalhando a serviço do mau e trazendo uma contribuição inesgotável aos
homens e aos seus pares, claro que dentro do critério de merecimento, tanto
quanto qualquer outro espírito teremos aqueles que não agem dentro desse
contexto e se encontram espalhados pela escuridão e a seus serviços, por não serem
diferentes de nenhum outro espírito humano.
Trabalham preferencialmente na vibração da direita
e aqueles que trabalham na vibração da esquerda, não são os mesmo espíritos de
ex ciganos, que mantêm-se na direita, como não poderia deixar de ser, e, ostentam
a condição de Guardiões e Guardiãs. O que existe são os Exus Ciganos e as Moças
Ciganas, que são verdadeiros Guardiões à serviço da luz nas trevas, como todo
Guardião e Guardiã dentro de seus reinos de atuação, cada um com seu próprio
nome de identificação dentro do nome de força coletivo, trabalhando na atuação
do plano negativo à serviço da justiça divina, com suas falanges e
trabalhadores, levando seus nomes de mistérios coletivos e individuais de
identificação, assunto este que levaria uma obra inteira para se abordar e não
se esgotaria.
Contudo, encontramos no plano positivo falanges
diversas chefiadas por ciganos diversos em planos de atuação diversos, porém, o
tratamento religioso não se difere muito e se mantêm dentro de algumas
características gerais. Imenso é o número de espíritos ciganos que alcançaram
lugar de destaque no plano espiritual e são responsáveis pela regência e
atuação em mistérios do plano de luz e seus serviços, carregando a mística de
seu povo como característica e identificação.
Dentro os mais conhecidos, podemos citar os
ciganos Pablo, Wlademir, Ramirez, Juan, Pedrovick, Ezekiel, Artemio, Hiago,
Igor, Vitor e tantos outros, da mesma forma as ciganas, como Esmeralda, Carme,
Salomé, Carmensita, Rosita, Madalena, Yasmin, Maria Dolores, Zaira, Sunakana,
Sulamita, Wlavira, Iiarin, Sarita e muitas outras também. É imprescindível que
se afirme que na ordem elencada dos nomes não existe hierarquia, apenas
lembrança e critério de notoriedade, sem contudo, contrariar a notoriedade de
todos os outros ciganos e ciganas, que são muitos e com o mesmo valor e
importância.
Por sua própria razão diferenciada, também
diferenciado como dissemos é a forma de cultuá-los, sem pretender em tempo
algum estabelecer regras ou esgotar o assunto, o que jamais foi nossa
pretensão, mesmo porque não possuímos conhecimento de para tanto. A razão é que
a respeito sofremos de uma carência muito grande de informação sobre o assunto
e a intenção é dividir o que conseguimos aprender a respeito deste seguimento e
tratamento. Somos sabedores que muitas outras forças também existem e o que
passamos neste trabalho são maneiras simples a respeito, sem entrar em
fundamentos mais aprofundados, o que é bom deixar induvidosamente claro.
É importante que se esclareça, que a vinculação
vibratória é de axé dos espíritos ciganos, tem relação estreita com as cores
estilizadas no culto e também com os incensos, pratica muito utilizada entre
ciganos. Os ciganos usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada cigano tem
sua cor de vibração no plano espiritual e uma outra cor de identificação é
utilizada para velas em seu louvor. Uma das cores, a de vinculação raramente se
torna conhecida, mas a de trabalho deve sempre ser conhecida para prática
votiva das velas, roupas, etc.
Os incensos são sempre utilizados em seus
trabalhos e de acordo com o que se pretende fazer ou alcançar.
Para o cigano de trabalho se possível deve-se
manter um altar separado do altar geral, o que não quer dizer que não se possa
cultua-lo no altar normal. Devendo esse altar manter sua imagem, o incenso
apropriado, uma taça com água e outra com vinho, mantendo a pedra da cor de
preferencia do cigano em um suporte de alumínio, fazendo oferendas periódicas
para ciganos, mantendo-o iluminado sempre com vela branca e outra da cor
referenciada. Da mesma forma quando se tratar de ciganas, apenas alterando a
bebida para licor doce. E sempre que possível derramar algumas gotas de azeite
doce na pedra, deixando por três dias e depois limpá-la.
Os espíritos ciganos gostam muito de festas e
todas elas devem acontecer com bastante fruta, todas que não levem espinhos de
qualquer espécie, podendo se encher jarras de vinho tinto com um pouco de mel.
Podendo ainda fatiar pães do tipo broa, passando em um de seus lados molho de
tomate com algumas pitadas de sal e leva-los ao forno, por alguns minutos,
muitas flores silvestres, rosas, velas de todas as cores e se possível incenso
de lótus.
As saias das ciganas são sempre muito coloridas e
o baralho, o espelho, o punhal, os dados, os cristais, a dança e a música,
moedas, medalhas, são sempre instrumentos magísticos de trabalho dos ciganos em
geral. Os ciganos trabalham com seus encantamentos e magias e os fazem por
força de seus próprios mistérios, olhando por dentro das pessoas e dos seus
olhos.
Uma das lendas ciganas, diz que existia um povo
que vivia nas profundezas da terra, com a obrigação de estar na escuridão, sem
conhecer a liberdade e a beleza. Um dia alguém resolveu sair e ousou subir às
alturas e descobriu o mundo da luz e suas belezas. Feliz, festejou, mas ao
mesmo tempo ficou atormentado e preocupado em dar conta de sua lealdade para
com seu povo, retornou à escuridão e contou o que aconteceu. Foi então
reprovado e orientado que lá era o lugar do seu povo e dele também. Contudo,
aquele fato gerou um inconformismo em todos eles e acreditando merecerem a luz
e viver bem, foram aos pés de Deus e pediram a subida ao mundo dos livres, da
beleza e da natureza. Deus então, preocupado em atende-los, concedeu e
concordou com o pedido, determinando então, que poderiam subir à luz e viver
com toda liberdade, mas não possuiriam terra e nem poder e em troca
concedia-lhes o Dom da adivinhação, para que pudessem ver o futuro das pessoas
e aconselha-las para o bem.
É muito comum usar-se em trabalhos ciganos moedas
antigas, fitas de todas as cores, folha de sândalo, punhal, raiz de violeta,
cristal, lenços coloridos, folha de tabaco, tacho de cobre, de alumínio, cestas
de vime, pedras coloridas, areia de rio, vinho, perfumes e escolher datas
certas em dias especiais sob a regência das diversas fases da Lua..."
Fonte http://www.kumpaniaromai.com.br/
Linha de Ação e Trabalho dos Ciganos
Já comentamos que a corrente astral de Umbanda é aberta a todos os
espíritos que queiram praticar a caridade, independentemente de suas origens
terrenas e de suas encarnações. Houve época em que dirigentes umbandistas não
aceitavam ciganos em seus trabalhos, mas a Umbanda acolhe em suas linhas de
trabalho todos os filhos de Deus que queiram praticar a caridade.
Tamanha foi a simpatia do povo umbandista pelas entidades ciganas e
grande foi a seriedade do seu trabalho, orientando com sabedoria, ensinando a
beleza da criação e a alegria de viver, que foi criada uma “Linha” de ação
específica para eles, com sua própria hierarquia, magia e ensinamentos.
Filhos do Vento – O Arquétipo da Liberdade
Uma característica marcante do povo cigano é a
liberdade, em relação às nacionalidades, aos padrões sociais e aos preconceitos
que escravizam. Os ciganos são poeticamente denominados “Filhos do Vento”, por
sua liberdade, fluida mobilidade e errância, sempre ao sabor do vento,
percorrendo os quatro cantos do mundo em sua mágica trajetória. Profundos
conhecedores dos caminhos, em sua saga milenar vêm recolhendo conhecimentos
iniciáticos de todas as culturas e tradições.
Outra característica marcante é o seu conhecimento magístico e curandeiro, principalmente nos campos da saúde e do amor. É lendária a vidência de seus magos e sacerdotisas, que utilizam o elemento espelho, para refletir o Tempo, a memória ancestral, os conhecimentos, a arte da cura e dom da vidência. Por meio das cartas ou outros suportes materiais como bolas de cristal, estralas do mar e simples copos de água, o futuro, o presente e o passado desdobram-se no vórtex temporal de suas visões.
Outra característica marcante é o seu conhecimento magístico e curandeiro, principalmente nos campos da saúde e do amor. É lendária a vidência de seus magos e sacerdotisas, que utilizam o elemento espelho, para refletir o Tempo, a memória ancestral, os conhecimentos, a arte da cura e dom da vidência. Por meio das cartas ou outros suportes materiais como bolas de cristal, estralas do mar e simples copos de água, o futuro, o presente e o passado desdobram-se no vórtex temporal de suas visões.
Os Ciganos na Umbanda
Os primeiros ciganos acolhidos no Brasil no século XVI, enviados de
Portugal como degredados, em 1574, para aqui trabalharem como ferreiros e
ferramenteiros. Só vieram como autônomos a partir do século XIX, acompanhando o
séqüito de D. João VI.
Na Umbanda, a presença de ciganos tem sido cada vez mais constante e, em
muitos terreiros, eles próprios já pedem para que seus médiuns trabalhem com a
roupa branca e tenham apenas os seus elementos magísticos, como lenços,
baralhos, espelhos, adagas, anéis e outros. Nos déias de suas festas, podem ser
utilizados os violinos, a cítara, a viola, os pandeiros e outros instrumentos
característicos. A saudação a eles é: Salve os Ciganos!
Na Linha dos Ciganos encontramos espíritos que tiveram encarnações como
ciganos e também espíritos que foram atraídos para essa linha por afinidade com
a magia cigana. Por isso, os ciganos na Umbanda não têm obrigatoriamente que
falar espanhol ou romanês, ler cartas ou fazer advinhações. Há os espíritos
ciganos que fazem isso porque já o faziam quando encarnados e outros não.
O “povo” cigano tem suas cerimônias próprias e tem seus rituais
coletivos adaptados à Umbanda e suas sessões são muito apreciadas e muito
concorridas, pois seus trabalhos estão voltados para as necessidades mais
terrenas dos consulentes.
É uma linha espiritual em franca expansão e temos até linhas de esquerda “ciganas”, tais como a do Senhor Exu Cigano e da Senhora Pomba-Gira Cigana, muito procurados pelos consulentes quando se manifestam nas sessões de trabalhos espirituais.” (Saraceni, Rubens – Umbanda Sagrada – Madras Ed.)
É uma linha espiritual em franca expansão e temos até linhas de esquerda “ciganas”, tais como a do Senhor Exu Cigano e da Senhora Pomba-Gira Cigana, muito procurados pelos consulentes quando se manifestam nas sessões de trabalhos espirituais.” (Saraceni, Rubens – Umbanda Sagrada – Madras Ed.)
É uma linha espiritual especial, cujas entidades trabalham na irradiação
dos diversos orixás, mas louvam sua padroeira, Santa Sara Kali-yê. Seus
trabalhos também podem ser sustentados por Pai Ogum – orixá do ar , ordenador
dos caminhos – e por mãe Egunitá – o fogo purificador – pois os ciganos sempre
estão ao redor de suas fogueiras.
Na Umbanda, atuam como guias espirituais, de maneira extremamente
respeitosa e sempre procuram mostrar o caráter fraterno do povo cigano, seu
respeito com o alimento e a capacidade de repartir o pão. Aceitam o ritual
umbandista, como meio evolucionista, e retribuem com suas ricas orientações e
com a alegria de seus cantos e de suas danças.
Escrito por Mãe Lurdes de Campos Vieira
Um pouco de Cultura Cigana
No passado, nós, ciganos éramos conhecidos como os "senhores da
estrada". Andávamos de um lugar para outro, atravessando rios e florestas.
Percorríamos a Índia inteira, chegando ao Oriente Médio, para depois retornar. Atravessávamos reinos inimigos entre si. Para se ter uma idéia, só o Rajastão era dividido em pelo menos cem pequenos reinos.
Nós dispúnhamos de um salvo-conduto especial para atravessar uma determinada região. É que todo mundo precisava do nosso trabalho.
Percorríamos a Índia inteira, chegando ao Oriente Médio, para depois retornar. Atravessávamos reinos inimigos entre si. Para se ter uma idéia, só o Rajastão era dividido em pelo menos cem pequenos reinos.
Nós dispúnhamos de um salvo-conduto especial para atravessar uma determinada região. É que todo mundo precisava do nosso trabalho.
De fato, transportávamos mercadorias, servíamos de "correio"
para as longas distâncias e éramos também os banqueiros dos grandes senhores -
podíamos comprar ouro e trocá-lo por bens de consumo ou dinheiro.
Muitas vezes, o ouro e os objetos preciosos não eram carregados por nós em nossas longas viagens. Preferíamos enterrar tudo em lugares secretos.
No momento certo, sabíamos qual caixa-forte abrir para fazer os nossos negócios.
Nunca fizemos guerra. Como outros clãs, durante uma guerra, podíamos ser recrutados para ajudar um determinado exército, mas nunca para o combate.
Ficávamos na retaguarda, prestando às tropas todo tipo de serviço necessário. Em caso de derrota, nada sofríamos, porque todos reconheciam o nosso valor social.
Outras atividades importantes sempre foram a música, a dança, a acrobacia e o teatro nas cortes dos reis ou para os soldados.
Hoje, vocês podem encontrar-nos aos milhões em periferias anônimas, pobres, às vezes miseráveis. Dignidade suficiente, porém, não nos falta, numa sociedade que mudou muito desde os tempos em que nós, ciganos, éramos reis das estradas. Éramos os Banjaras (ciganos músicos e dançarinos).M
as , aproveito para lembrar de outros clãs:
Os Hakkipikki – caçadores do centro sul da Índia;
Os Gadha Lohar – que trabalham com metais;
Os Rabari – pastores de ovelhas, cabras e camelos;
Os Korwas – fabricantes de pulseiras, colares e coroas;
Os Kalibilias, os Nat e os Bopas – dançarinos, músicos, acrobatas de circo.
Estes são os verdadeiros nomes dos clãs que deram origem às pessoas que no futuro seriam chamados de ciganos.
Conforme vimos acima, “cigano” é um termo genérico surgido na Europa do Século XV.
Nós, no entanto, costumamos usar autodenominações completamente diferentes. E hoje, costumamos distinguir três grandes grupos:
Os ROM, ou Roma, que falam a língua romani; são divididos em vários sub-grupos, com denominações próprias, como os Kalderash, Matchuaia, Lovara, Curara entre outros; são predominantes nos países balcânicos, mas a partir do Século XIX migraram também para outros países europeus e para as Américas;
Os SINTI, que falam a língua romani-sintó são mais encontrados na Alemanha, Itália e França, onde também são chamados Manush;
E os CALON ou KALÉ, que falam a língua caló, “ciganos ibéricos”, que vivem principalmente em Portugal e na Espanha, onde são mais conhecidos como gitanos, mas que no decorrer dos tempos se espalharam também por outros países da Europa e foram deportados ou migraram inclusive para o Brasil.
Estes grupos e dezenas de sub-grupos, cujos nomes muitas vezes derivam de antigas profissões (Kalderash = caldeireiros; Ursari = domadores de ursos, entre outros) ou procedência geográfica (Moldovaia, Piemontesi,entre outros.), não apenas têm denominações diferentes, mas também falam línguas ou dialetos diferentes.
Os ciganos Rom, e entre eles em especial os Lovara, Matchuaia e os Kalderash, costumam auto-classificarem-se como ciganos “autênticos”, chamando a todos os outros clãs de “falsos ciganos”.
Mas como se isto não bastasse alguns clãs ciganos ainda se discriminam mutuamente, também, por outro motivo: os ciganos sedentários muitas vezes olham com desprezo para os ciganos nômades, dizendo: eles persistem nessa vida “primitiva”, enquanto os nômades acusam os sedentários de terem abandonado as tradições, e com isto terem deixado de ser ciganos.
Ao chegarmos na Europa, no início do Século XV, nós, ciganos, podíamos ainda ser identificados através de nossa aparência física, sendo a característica mais marcante a nossa pele escura. Hoje isto já não é mais possível. Casamentos com não-ciganos sempre ocorreram, de modo que em muitos países hoje, nós fisicamente, não nos distinguimos da população gadjé (não-cigana) nacional. Ciganos “racialmente puros” hoje não existem mais em canto algum do mundo, e do ponto de vista da Antropologia, nunca existiram, porque nunca existiu uma “raça” exclusivamente classificada como cigana. Ou um país, cujo habitante fosse denominado de cigano. Impossível, portanto, identificar os ciganos através de características físicas peculiares ou estabelecer “critérios biológicos de ciganidade”.
Classificar como “verdadeiros ciganos” todos aqueles que falam um dos vários dialetos romani, também não adianta, porque muitos ciganos já não o falam mais e outros o dominam muito mal, ou até já o esqueceram por completo.
Quanto à suposta autenticidade Kalderash, Lowara e Matchuaia , afirmo como antropólogo, lingüista e cigano que é inadmissível a distinção entre “verdadeiros ciganos”, aos quais se atribuem uma origem exótica e riqueza cultural, e “os outros”. Ou seja: não existem ciganos autênticos e falsos ciganos: existem apenas Rom, Sinti e Calon, que possuem inúmeras autodenominações, que falam centenas de dialetos, que têm os mais variados costumes e valores culturais, que são diferentes uns dos outros, mas que nem por isso são superiores ou inferiores uns aos outros.
Em comum, todos, nós, ciganos, temos apenas uma coisa: uma longa História de Espiritualidade, de Arte, de perseguição, de discriminação pelos não-ciganos , em todos os países por onde passamos, desde o nosso êxodo do norte da Índia até ao aparecimento na Europa, no início do Século XV.
Fonte: http://www.gitano.baro.com.br/
Muitas vezes, o ouro e os objetos preciosos não eram carregados por nós em nossas longas viagens. Preferíamos enterrar tudo em lugares secretos.
No momento certo, sabíamos qual caixa-forte abrir para fazer os nossos negócios.
Nunca fizemos guerra. Como outros clãs, durante uma guerra, podíamos ser recrutados para ajudar um determinado exército, mas nunca para o combate.
Ficávamos na retaguarda, prestando às tropas todo tipo de serviço necessário. Em caso de derrota, nada sofríamos, porque todos reconheciam o nosso valor social.
Outras atividades importantes sempre foram a música, a dança, a acrobacia e o teatro nas cortes dos reis ou para os soldados.
Hoje, vocês podem encontrar-nos aos milhões em periferias anônimas, pobres, às vezes miseráveis. Dignidade suficiente, porém, não nos falta, numa sociedade que mudou muito desde os tempos em que nós, ciganos, éramos reis das estradas. Éramos os Banjaras (ciganos músicos e dançarinos).M
as , aproveito para lembrar de outros clãs:
Os Hakkipikki – caçadores do centro sul da Índia;
Os Gadha Lohar – que trabalham com metais;
Os Rabari – pastores de ovelhas, cabras e camelos;
Os Korwas – fabricantes de pulseiras, colares e coroas;
Os Kalibilias, os Nat e os Bopas – dançarinos, músicos, acrobatas de circo.
Estes são os verdadeiros nomes dos clãs que deram origem às pessoas que no futuro seriam chamados de ciganos.
Conforme vimos acima, “cigano” é um termo genérico surgido na Europa do Século XV.
Nós, no entanto, costumamos usar autodenominações completamente diferentes. E hoje, costumamos distinguir três grandes grupos:
Os ROM, ou Roma, que falam a língua romani; são divididos em vários sub-grupos, com denominações próprias, como os Kalderash, Matchuaia, Lovara, Curara entre outros; são predominantes nos países balcânicos, mas a partir do Século XIX migraram também para outros países europeus e para as Américas;
Os SINTI, que falam a língua romani-sintó são mais encontrados na Alemanha, Itália e França, onde também são chamados Manush;
E os CALON ou KALÉ, que falam a língua caló, “ciganos ibéricos”, que vivem principalmente em Portugal e na Espanha, onde são mais conhecidos como gitanos, mas que no decorrer dos tempos se espalharam também por outros países da Europa e foram deportados ou migraram inclusive para o Brasil.
Estes grupos e dezenas de sub-grupos, cujos nomes muitas vezes derivam de antigas profissões (Kalderash = caldeireiros; Ursari = domadores de ursos, entre outros) ou procedência geográfica (Moldovaia, Piemontesi,entre outros.), não apenas têm denominações diferentes, mas também falam línguas ou dialetos diferentes.
Os ciganos Rom, e entre eles em especial os Lovara, Matchuaia e os Kalderash, costumam auto-classificarem-se como ciganos “autênticos”, chamando a todos os outros clãs de “falsos ciganos”.
Mas como se isto não bastasse alguns clãs ciganos ainda se discriminam mutuamente, também, por outro motivo: os ciganos sedentários muitas vezes olham com desprezo para os ciganos nômades, dizendo: eles persistem nessa vida “primitiva”, enquanto os nômades acusam os sedentários de terem abandonado as tradições, e com isto terem deixado de ser ciganos.
Ao chegarmos na Europa, no início do Século XV, nós, ciganos, podíamos ainda ser identificados através de nossa aparência física, sendo a característica mais marcante a nossa pele escura. Hoje isto já não é mais possível. Casamentos com não-ciganos sempre ocorreram, de modo que em muitos países hoje, nós fisicamente, não nos distinguimos da população gadjé (não-cigana) nacional. Ciganos “racialmente puros” hoje não existem mais em canto algum do mundo, e do ponto de vista da Antropologia, nunca existiram, porque nunca existiu uma “raça” exclusivamente classificada como cigana. Ou um país, cujo habitante fosse denominado de cigano. Impossível, portanto, identificar os ciganos através de características físicas peculiares ou estabelecer “critérios biológicos de ciganidade”.
Classificar como “verdadeiros ciganos” todos aqueles que falam um dos vários dialetos romani, também não adianta, porque muitos ciganos já não o falam mais e outros o dominam muito mal, ou até já o esqueceram por completo.
Quanto à suposta autenticidade Kalderash, Lowara e Matchuaia , afirmo como antropólogo, lingüista e cigano que é inadmissível a distinção entre “verdadeiros ciganos”, aos quais se atribuem uma origem exótica e riqueza cultural, e “os outros”. Ou seja: não existem ciganos autênticos e falsos ciganos: existem apenas Rom, Sinti e Calon, que possuem inúmeras autodenominações, que falam centenas de dialetos, que têm os mais variados costumes e valores culturais, que são diferentes uns dos outros, mas que nem por isso são superiores ou inferiores uns aos outros.
Em comum, todos, nós, ciganos, temos apenas uma coisa: uma longa História de Espiritualidade, de Arte, de perseguição, de discriminação pelos não-ciganos , em todos os países por onde passamos, desde o nosso êxodo do norte da Índia até ao aparecimento na Europa, no início do Século XV.
Fonte: http://www.gitano.baro.com.br/
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