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Amigos da Umbanda!!! Saravá aos Pretos Velhos e Pretas Velhas!!!!!!!

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sábado, 17 de dezembro de 2011

Dia de Obaluaê na Umbanda - Dia de São Lázaro - 17 de Dezembro

Lázaro de Betânia é um personagem bíblico descrito no Evangelho segundo João como um amigo que Jesus teria ressuscitado, irmão de Marta e de Maria. Seu nome provavelmente do grego corresponde ao hebraico Eleazar (אלעזר), e significa literalmente "Deus ajudou".
De acordo com tradição católica, o Lázaro ressuscitado teria se dirigido a Provença depois da morte de Jesus em companhia de suas irmãs e de outras pessoas. Ele também teria sido o primeiro bispo de Marselha. Na Idade Média tornou-se o padroeiro dos leprosos pela associação errada feita com seu homônimo, Lázaro (mendigo e leproso), narrado na parábola mencionada por Lucas - Parábola do Lázaro e do Rico.
Sua Ressurreição
Segundo os Evangelhos, Lázaro teve a sorte de ser o protagonista de um dos milagres mais impressionantes de Jesus Cristo, depois de estar morto por quatro dias. Lázaro adoeceu gravemente e duas de suas irmãs Marta e Maria enviaram com urgência um mensageiro ao encontro de Jesus com a seguinte mensagem: "Aquele a quem Você ama, está doente". Ou seja, estamos seguros de que virá, e se vier, livra-lo-á da morte. Aos seus discípulos, Jesus diz que Lázaro dorme o que indica que ele talvez não estivesse realmente morto, mas participando de algum tipo de Iniciação, e seria acordado. Mas o próprio Jesus diz que ele estava morto (ver João 11.14). Foi apenas no quarto dia após a sua morte, que chega a Betânia.
Maria fica em sua casa e Marta sai ao encontro de Jesus em meio de lágrimas lhe dizendo: "Oh, Senhor se tivesse estado aqui não haveria morrido meu irmão". Jesus responde: "Eu sou a ressurreição e a Vida. Os que acreditam em Mim, não morrerão para sempre". Posteriormente Marta diz a Maria: "O Mestre chegou e te chama". Maria levantou-se depressa e foi ao encontro de Jesus que, ao vê-la chorar, comoveu-se e também chorou. Os judeus que estavam ali em grande número, exclamaram: "Olhem quanto o amava!" Jesus disse: Lázaro, eu te mando, saia! E Lázaro se levantou. Depois de quatro dias morto, foi ressuscitado milagrosamente e visto pela multidão que contemplou o fato.
        Fonte: Wikipédia
Na Umbanda São Lázaro é Obaluaê
 
 Orixá da transição para a vida astral. Orixá de transformação energética. Senhor dos segredos da vida e da morte. Mestre das Almas. Atua no condicionamento físico e espiritual, na cura das doenças do corpo e da alma.
Sincretismo: São Lázaro e São Roque
Dia de comemoração: 13 de Maio (Preto Velho), 13 de Agosto, 16 de Agosto e 17 de Dezembro.
Saudação: Atotô Obaluayê! (ou Atotô Abaluaiê!)
Obalúayé; "Rei dono da Terra", Omolu "Filho do Senhor", Xapanã "Dono da Terra" são os nomes dados a esse Orixá de Umbanda. É ligado ao mundo dos mortos. A este Orixá fazemos os pedidos para problemas de Saúde e cortes de magia.
O guardião dos espíritos torna as pessoas intuitivas e carismáticas. Ajuda no amor e família.
Simbologia
Omolu é representado pelo Sàsàrà ou Xaxará (feixe de palha da costa e búzios)
Elemento: terra
Astro regente: Saturno
Dia da semana: segunda-feira
Bebida: Água de arroz
Cores: Preto, branco e vermelho que simbolizam mistérios e sobriedade, e atraem respeito
Flores: Qualquer flor de cor branca
Ervas: Canela de velho, jurubeba, erva de bicho, picão
Metal: Chumbo
Pedras: Ônix e demais pedras negras
Pontos de Força: Praias, cemitérios e grutas
Características do Orixá: Omolu é sábio e destemido. Usa o fìlà (cobertura de palha da costa).
Seu número é o 13  
Saudação: "Atôtô!" (Silêncio! Respeito!)
Banho para ajudar na cura de doenças: Macere em um balde com 5 litros d'água cana-do-brejo, saião e raiz santa. Tome este banho da cabeça aos pés e vista-se de branco. Despache as numa grama.
 
Falando Sobre Omolú e Obaluaê...
Para a maior parte dos devotos da Umbanda, os nomes são praticamente intercambiáveis, referentes a um mesmo arquétipo e, correspondentemente, uma mesma divindade. Já para alguns Sacerdotes, porém, há de se manter certa distância entre os dois termos, uma vez que representam tipos diferentes do mesmo Orixá.
São também comuns as variações gráficas Obaluaê e Abaluaê
Em termos mais estritos, Obaluaê é a forma jovem do Orixá Xapanã, enquanto Omolu é sua forma velha. Como, porém, Xapanã é um nome proibido tanto no Candomblé como na Umbanda, não devendo ser mencionado, pois pode atrair a doença inesperadamente, a forma Omolu é a que mais se popularizou e acabou sendo confundida não apenas com a forma mais velha do Orixá, mas com sua essência genérica em si. Esta distinção se aproxima da que existe entre as formas básica de Oxalá: Oxalá (o Crucificado), Oxaguiã a forma jovem e Oxalufã a forma mais velha.
A figura de Omolu-Obaluaê, assim como seus mitos, é completamente cercada de mistérios e dogmas indevassáveis. Em termos gerais, a essa figura é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas. Faria parte da essência básica vibratória do Orixá tanto o poder de causar a doença como o de possibilitar a cura do mesmo mal que criou.
Pierre Verger define os filhos de Omolu como pessoas que são incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida corre tranqüila para elas. Podem até atingir situações materiais e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários. São pessoas que, em certos casos, se sentem capazes de se consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais.
No Candomblé, como na Umbanda, tal interpretação pode ser demais restritiva. A marca mais forte de Omolu-Obaluaê não é a exibição de seu sofrimento, mas o convívio com ele. Ele se manifesta numa tendência autopunitiva muito forte, que tanto pode revelar-se como uma grande capacidade de somação de problemas psicológicos (isto é, a transformação de traumas emocionais em doenças físicas reais), como numa elaboração de rígidos conceitos morais que afastam seus filhos-de-santo do cotidiano, das outras pessoas em geral e principalmente os prazeres. Sua insatisfação básica, portanto, não se reservaria contra a vida, mas sim contra si próprio, uma vez que ele foi estigmatizado pela marca da doença, já em si uma punição.
Em outra forma de extravasar seu arquétipo, um filho do Orixá, menos negativista, pode apegar-se ao mundo material de forma sôfrega, como se todos estivessem perigosamente contra ele, como se todas as riquezas lhe fossem negadas, gerando um comportamento obsessivo em torno da necessidade de enriquecer e ascender socialmente.
Mesmo assim, um certo toque do recolhimento e da autopunição de Omolu-Obaluaê serão visíveis em seus casamentos: não raro se apaixonam por figuras extrovertidas e sensuais (como a indomável Iansã, a envolvente Oxum, o atirado Ogum) que ocupam naturalmente o centro do palco, reservando ao cônjuge de Omolu-Obaluaê um papel mais discreto. Gostam de ver seu amado brilhar, mas o invejam, e ficam vivendo com muita insegurança, pois julgam o outro, fonte de paixão e interesse de todos.
Assim como Ossâim, as pessoas desse tipo são basicamente solitárias. Mesmo tendo um grande círculo de amizades, freqüentando o mundo social, seu comportamento seria superficialmente aberto e intimamente fechado, mantendo um relacionamento superficial com o mundo e guardando sua intimidade para si própria. Não raro são pessoas que julgam. Ter características detestáveis, que vivem criticando, motivo de vergonha. O filho do Orixá oculta sua individualidade com uma máscara de austeridade, mantendo até uma aura de respeito e de imposição, de certo medo aos outros. Pela experiência inerente a um Orixá velho, são pessoas irônicas. Seus comentários porém não são prolixos e superficiais, mas secos e diretos, o que colabora para a imagem de terrível que forma de si próprio.
Um último, mas importante detalhe; em diversas de suas lendas, é apresentado como uma divindade que perdeu uma perna. Isso se refletiria em seus filhos como um defeito congênito em uma das pernas ou a tendência a sofrer, durante sua vida, por um problema de relativa gravidade em seus membros inferiores, a partir de quedas ou desastres que podem ou não ser curados e ultrapassados.
Orações ao Senhor Obaluaê - Omolú
Proteja-me, Pai, Atotô Obaluaê!
Oh, Mestre da Vida,
Proteja seus filhos para que suas vidas sejam marcadas pela saúde.
Vós é o limitador das enfermidades.
Vós é médico dos corpos terrenos e almas eternas.
Suplicamos sua misericórdia aos males que nos afetam!
Que suas chagas abriguem nossas dores e sofrimentos.
Concede-nos corpos sadios e almas serenas.
Mestre da Cura, amenize nossos sofrimentos que escolhemos resgatar nessa encarnação!
Atotô meu Pai Obaluaê!
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Dominador das epidemias.
De todas as doenças e da peste.
Omulu, Senhor da Terra.
Obaluaê, meu Pai Eterno.
Dai-nos saúde para a nossa mente, dai-nos saúde para nosso corpo.
Reforçai e revigorai nossos espíritos para que possamos enfrentar todos os males e infortúnios da matéria.
Atotô meu Obaluaê!
Atotô meu Velho Pai!
Atotô Rei da Terra! Atotô Babá!
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Mestre das almas!
Meu corpo está enfermo…
Minha alma está abalada,
Minha alma está imersa na amargura de um sofrimento
Que me destrói lentamente.
Senhor Omolu!
Eu evoco - Obaluaiê
Oh!
Deus das doenças
Orixá que surge, diante dos meus olhos
Na figura sofredora de Lázaro.
Aquele que teve a graça de um milagre
No gesto do Divino Filho de Jesus.
Oh!
Mestre dos mestres
Obaluaiê
Teu filho está enfermo…
Teu filho se curva, diante da tua aura luminosa.
Na magia do milagre,
Que virá de tuas mãos santificadas pelo sofrimento…
Socorre-me…
Obaluaiê…
Dai-me a esperança da tua ajuda.
Para que me encoraje diante do martírio imenso que me alucina,
Faças com que eu não sofra tanto - Meu Pai
Senhor Omolu!
Tu és dono dos cemitérios,
Tu que és sentinela do sono eterno,
Daqueles que foram seduzidos ao teu reino.
Tu que és guardião das almas. Que ainda não se libertou da matéria,
Ouve a minha súplica, atende ao apelo angustioso do teu filho.
Que se debate no maior dos sofrimentos.
Salve-me - Irmão Lázaro.
Aqui estou diante da tua imagem sofredora,
Erguendo a derradeira prece dos vencidos,
Conformado com o destino que o Pai Supremo determinou.
Para que eu suplicasse minha alma no maior dos sofrimentos.
Salve minha alma desse tormento que me alucina.
Tome meu corpo em teus braços.
Eleva-me para teu reino.
Se achares, porém, que ainda não terminou minha missão neste planeta,
Encoraja-me com exemplo da tua humildade e da tua resignação.
Alivia meus sofrimentos, para que levante deste leito e volte a caminhar.
Eu te suplico, mestre!
Eu me ajoelho diante do poder imenso,
De que és portador.
Invoco a vibração do Obaluaiê.
A - TÔ - TÔ, Meu Pai.
Obaluaiê, Meu Senhor, ajude-me!
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Salve o Senhor o Rei da Terra!
Médico da Umbanda, Senhor da Cura de todos os males do corpo e da alma.
Pai da riqueza e da bem-aventurança.
Em ti deposito minhas dores e amarguras, rogando-te as bênçãos de saúde, paz e prosperidade.
Faz-me, Senhor do trabalho; um filho de bom ânimo e disposição, para triunfar na luta pela sobrevivência.
Faz-me digno de merecer todo dia e toda noite, vossas bênçãos de luz e misericórdia.
ATOTÔ OBALUAUÊ!
Fonte/Referências:
Casa Espirita Xango Airá - http://cexapublicacoes.blogspot.com/ -
Coluna de Pai Paulo no Jornal Extra (Rio de Janeiro): http://extra.globo.com/ - http://www.pallaseditora.com.br/  
http://povodearuanda.wordpress.com/
Candomblé - Religião do Corpo e da Alma por Carlos Eugênio Marcondes de Moura.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Obaluaiê

Na Umbanda, o culto é feito a Obaluaiê, que se desdobra com o nome de Omulú. Orixá originário do Daomé. É um Orixá sombrio, tido entre os iorubanos como severo e terrível, caso não seja devidamente cultuado, porém Pai bondoso e fraternal para aqueles que se tornam merecedores, através de gestos humildes, honestos e leais.
Nanã decanta os espíritos que irão reencarnar e Obaluaiê estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo (feto), que será recebido no útero materno assim que alcançar o desenvolvimento celular básico (órgãos físicos).
Ambos os nomes surgem quando nos referimos à esta figura, seja Omulú seja Obaluaiê. Para a maior parte dos devotos do Candomblé e da Umbanda, os nomes são praticamente intercambiáveis, referentes a um mesmo arquétipo e, correspondentemente, uma mesma divindade. Já para alguns babalorixás, porém, há de se manter certa distância entre os dois termos, uma vez que representam tipos diferentes do mesmo Orixá.
São também comuns as variações gráficas Obaluaê e Abaluaê.
Um dos mais temidos Orixás, comanda as doenças e, consequentemente, a saúde. Assim como sua mãe Nanã, tem profunda relação com a morte. Tem o rosto e o corpo cobertos de palha da costa, em algumas lendas para esconder as marcas da varíola, em outras já curado não poderia ser olhado de frente por ser o próprio brilho do sol. Seu símbolo é o Xaxará - um feixe de ramos de palmeira enfeitado com búzios.
Em termos mais estritos, Obaluaiê é a forma jovem do Orixá Xapanã, enquanto Omulú é sua forma velha. Como porém, Xapanã é um nome proibido tanto no Candomblé como na Umbanda, não devendo ser mencionado pois pode atrair a doença inesperadamente, a forma Obaluaiê é a que mais se vê. Esta distinção se aproxima da que existe entre as formas básicas de Oxalá: Oxalá (o Crucificado), Oxaguiã a forma jovem e Oxalufã a forma mais velha.
A figura de Omulú/Obaluaiê, assim como seus mitos, é completamente cercada de mistérios e dogmas indevassáveis. Em termos gerais, a essa figura é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas. Faria parte da essência básica vibratória do Orixá tanto o poder de causar a doença como o de possibilitar a cura do mesmo mal que criou.
Em algumas narrativas mais tradicionalistas tentam apontar-se que o conceito original da divindade se referia ao deus da varíola, tal visão porém, é uma evidente limitação. A varíola não seria a única doença sob seu controle, simplesmente era a epidemia mais devastadora e perigosa que conheciam os habitantes da comunidade original africana, onde surgiu Omulú/Obaluaiê, o Daomé.
Assim, sombrio e grave como Iroco, Oxumarê (seus irmãos) e Nanã (sua Mãe), Omulú/Obaluaiê é uma criatura da cultura jêje, posteriormente assimilada pelos iorubás. Enquanto os Orixás iorubanos são extrovertidos, de têmpera passional, alegres, humanos e cheios de pequenas falhas que os identificam com os seres humanos, as figuras daomeanas estão mais associadas a uma visão religiosa em que distanciamento entre deuses e seres humanos é bem maior. Quando há aproximação, há de se temer, pois alguma tragédia está para acontecer, pois os Orixás do Daomé são austeros no comportamento mitológico, graves e conseqüentes em suas ameaças.
A visão de Omulú/Obaluaiê é a do castigo. Se um ser humano falta com ele ou um filho-de-santo seu é ameaçado, o Orixá castiga com violência e determinação, sendo difícil uma negociação ou um aplacar, mais prováveis nos Orixás iorubás.
Pierre Verger, nesse sentido, sustenta que a cultura do Daomé é muito mais antiga que a iorubá, o que pode ser sentido em seus mitos: A antigüidade dos cultos de Omulú/Obaluaiê e Nanã (Orixá feminino), freqüentemente confundidos em certas partes da África, é indicada por um detalhe do ritual dos sacrifícios de animais que lhe são feitos. Este ritual é realizado sem o emprego de instrumentos de ferro, indicando que essas duas divindades faziam parte de uma civilização anterior à Idade do Ferro e à chegada de Ogum.
Como parte do temor dos iorubás, eles passaram a enxergar a divindade (Omulú/Obaluaiê) mais sombria dos dominados como fonte de perigo e terror, entrando num processo que podemos chamar de malignação de um Orixá do povo subjugado, que não encontrava correspondente completo e exato (apesar da existência similar apenas de Ossãe). Omulú/Obaluaiê seria o registro da passagem de doenças epidêmicas, castigos sociais, já que atacariam toda uma comunidade de cada vez.


Obaluaiê, o Rei da Terra, é filho de NANÃ, mas foi criado por IEMANJA que o acolheu quando a mãe rejeitou-o por ser manco, feio e coberto de feridas. É uma divindade da terra dura, seca e quente. É às vezes chamado "o velho", com todo o prestígio e poder que a idade representa no Candomblé. Está ligado ao Sol, propicia colheitas e ambivalentemente detém a doença e a cura. Com seu Xaxará, cetro ritual de palha da Costa, ele expulsa a peste e o mal. Mas a doença pode ser também a marca dos eleitos, pelos quais Omulú quer ser servido. Quem teve varíola é freqüentemente consagrado a Omulú, que é chamado "médico dos pobres".
Suas relações com os Orixás são marcadas pelas brigas com Xangô e Ogum e pelo abandono que os Orixás femininos legaram-lhe. Rejeitado primeiramente pela mãe, segue sendo abandonado por Oxum, por quem se apaixonou, que, juntamente com Iansã, troca-o por Xangô. Finalmente Obá, com quem se casou, foi roubada por Xangô.
Existe uma grande variedade de tipos de Omulú/Obaluaiê, como acontece praticamente com todos os Orixás. Existem formas guerreiras e não guerreiras, de idades diferentes, etc., mas resumidos pelas duas configurações básicas do velho e do moço. A diversidade de nomes pode também nos levar a raciocinar que existem mitos semelhantes em diferentes grupos tribais da mesma região, justificando que o Orixá é também conhecido como Skapatá, Omulú Jagun, Quicongo, Sapatoi, Iximbó, Igui.
Esta Grande Potência Astral Inteligente, quando relacionado à vida e à cura, recebe o nome de Obaluaiê. Tem sob seu comando incontáveis legiões de espíritos que atuam nesta Irradiação ou Linha, trabalhadores do Grande Laboratório do Espaço e verdadeiros cientistas, médicos, enfermeiros etc., que preparam os espíritos para uma nova encarnação, além de promoverem a cura das nossas doenças.
Atuam também no plano físico, junto aos profissionais de saúde, trazendo o bálsamo necessário para o alívio das dores daqueles que sofrem.
O Senhor da Vida é também Guardião das Almas que ainda não se libertaram da matéria. Assim, na hora do desencarne, são eles, os falangeiros de Omulú, que vêm nos ajudar a desatar nossos fios de agregação astral-físico (cordão de prata), que ligam o perispírito ao corpo material.
Os comandados de Omulú, dentre outras funções, são diretamente responsáveis pelos sítios pré e pós morte física (Hospitais, Cemitérios, Necrotérios etc.), envolvendo estes lugares com poderoso campo de força fluidíco-magnético, a fim de não deixarem que os vampiros astrais (kiumbas desqualificados) sorvam energias do duplo etérico daqueles que estão em vias de falecerem ou falecidos.

Características:

Cor
Preto e branco
Fio de Contas
Contas e Miçangas Pretas e Brancas leitosas.
Ervas
Canela de Velho, Erva de Bicho, Erva de Passarinho, Barba de Milho, Barba de Velho, Cinco Chagas, Fortuna, Hera. (cuféia -sete sangrias, erva-de-passarinho, canela de velho, quitoco, Zínia)
Símbolo
Cruz
Pontos da Natureza
Cemitério, grutas, praia
Flores
Monsenhor branco
Essências
Cravo e Menta
Pedras
Obsidiana, Ônix, Olho-de-gato
Metal
Chumbo
Saúde
Todas as partes do corpo (É o Orixá da Saúde)
Planeta
Saturno
Dia da Semana
Segunda-feira
Elemento
Terra
Chakra
Básico
Saudação
Atôtô (Significa “Silêncio, Respeito”)
Bebida
Água mineral (vinho tinto)
Animais
Galinha d’angola, caranguejo e peixes de couro, cachorro.
Comidas
Feijão preto, carne de porco, Deburú - pipoca, (Abadô - amendoim pilado e torrado; latipá - folha de mostarda; e, Ibêrem - bolo de milho envolvido na folha de bananeira)
Número
3
Data Comemorativa
16 de Agosto (17 de Dezembro)
Sincretismo:
São roque (São Lázaro).
Incompatibilidades:
Claridade, sapos



Atribuições
Muitos associam o divino Obaluaiê apenas com o Orixá curador, que ele realmente é, pois cura mesmo! Mas Obaluaiê é muito mais do que já o descreveram. Ele é o "Senhor das Passagens" de um plano para outro, de uma dimensão para outra, e mesmo do espírito para a carne e vice-versa

 As Características Dos Filhos De Obaluaiê

Ao senhor da doença é relacionado um arquétipo psicológico derivado de sua postura na dança: se nela Omulú/Obaluaiê esconde dos espectadores suas chagas, não deixa de mostrar, pelos sofrimentos implícitos em sua postura, a desgraça que o abate. No comportamento do dia-a-dia, tal tendência se revela através de um caráter tipicamente masoquista.
Arquetipicamente, lega a seus filhos tendências ao masoquismo e à autopunição, um austero código de conduta e possíveis problemas com os membros inferiores, em geral, ou pequenos outros defeitos físicos.
Pierre Verger define os filhos de Omulú como pessoas que são incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida corre tranqüila para elas. Podem até atingir situações materiais e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários. São pessoas que, em certos casos, se sentem capazes de se consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais.
No Candomblé, como na Umbanda, tal interpretação pode ser demais restritiva. A marca mais forte de Omulú/Obaluaiê não é a exibição de seu sofrimento, mas o convívio com ele. Ele se manifesta numa tendência autopunitiva muito forte, que tanto pode revelar-se como uma grande capacidade de somatização de problemas psicológicos (isto é, a transformação de traumas emocionais em doenças físicas reais), como numa elaboração de rígidos conceitos morais que afastam seus filhos-de-santo do cotidiano, das outras pessoas em geral e principalmente os prazeres. Sua insatisfação básica, portanto, não se reservaria contra a vida, mas sim contra si próprio, uma vez que ele foi estigmatizado pela marca da doença, já em si uma punição.
Em outra forma de extravasar seu arquétipo, um filho do Orixá , menos negativista, pode apegar-se ao mundo material de forma sôfrega, como se todos estivessem perigosamente contra ele, como se todas as riquezas lhe fossem negadas, gerando um comportamento obsessivo em torno da necessidade de enriquecer e ascender socialmente.
Mesmo assim, um certo toque do recolhimento e da autopunição de Omulú/Obaluaiê serão visíveis em seus casamentos: não raro se apaixonam por figuras extrovertidas e sensuais (como a indomável Iansã, a envolvente Oxum, o atirado Ogum) que ocupam naturalmente o centro do palco, reservando ao cônjuge de Omulú/Obaluaiê um papel mais discreto. Gostam de ver seu amado brilhar, mas o invejam, e ficam vivendo com muita insegurança, pois julgam o outro, fonte de paixão e interesse de todos.
Assim como Ossãe, as pessoas desse tipo são basicamente solitárias. Mesmo tendo um grande círculo de amizades, freqüentando o mundo social, seu comportamento seria superficialmente aberto e intimamente fechado, mantendo um relacionamento superficial com o mundo e guardando sua intimidade para si própria. O filho do Orixá oculta sua individualidade com uma máscara de austeridade, mantendo até uma aura de respeito e de imposição, de certo medo aos outros. Pela experiência inerente a um Orixá velho, são pessoas irônicas. Seus comentários porém não são prolixos e superficiais, mas secos e diretos, o que colabora para a imagem de terrível que forma de si próprio.
Entretanto, podem ser humildes, simpáticos e caridosos. Assim é que na Umbanda este Orixá toma a personalidade da caridade na cura das doenças, sendo considerado o "Orixá da Saúde”.
O tipo psicológico dos filhos de Omulú é fechado, desajeitado, rústico, desprovido de elegância ou de charme. Pode ser um doente marcado pela varíola ou por alguma doença de pele e é freqüentemente hipocondríaco. Tem considerável força de resistência e é capaz de prolongados esforços. Geralmente é um pessimista, com tendências autodestrutivas que o prejudicam na vida. Amargo, melancólico, torna-se solitário. Mas quando tem seus objetivos determinados, é combativo e obstinado em alcançar suas metas. Quando desiludido, reprime suas ambições, adotando uma vida de humildade, de pobreza voluntária, de mortificação.
É lento, porém perseverante. Firme como uma rocha. Falta-lhe espontaneidade e capacidade de adaptação, e por isso não aceita mudanças. É vingativo, cruel e impiedoso quando ofendido ou humilhado.
Essencialmente viril, por ser Orixá fundamentalmente masculino, falta-lhe um toque de sedução e sobra apenas um brutal solteirão. Fenômeno semelhante parece ocorrer no caso de Nanã: quanto mais poderosa e mais acentuada é a feminilidade, mais perigosa ela se torna e, paradoxalmente, perde a sedução.
Fonte Internet.

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