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Amigos da Umbanda!!! Saravá aos Pretos Velhos e Pretas Velhas!!!!!!!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Objetivos do Mediunismo


O mediunismo é um campo de trabalho onde podem florescer, sob a inspiração de Jesus, as mais sublimes expressões de fraternidade. Traço de união entre a Terra e o Céu, por ele cultivará o homem bem intencionado o sentimento do bem e da legítima solidariedade. O Evangelho será, agora e sempre, a base da prática mediúnica. Quanto mais espiritualizado o médium e mais cônscio de sua responsabilidade ante a tarefa sagrada que o Pai Celestial lhe concede, mais rico em possibilidades de engrandecimento da própria alma e de benefício aos desalentados do caminho evolutivo. Daí a necessidade de o medianeiro afeiçoar-se, primordialmente, a um programa de auto-renovação, a fim de que mais eficientemente possa ajudar a si mesmo e aos outros. O mediunismo não é simples acidente na vida humana, mas, sem dúvida, programação superior com vistas à redenção de todas as criaturas. O médium que executa com fidelidade o seu programa de trabalho é feliz viajor que espalha com abundância, nas estradas do próprio destino, a semente dadivosa do amor, que, amanhã, aqui ou em qualquer parte, lhe responderá em forma de flores e frutos. O serviço mediúnico beneficia não só a encarnados e desencarnados, oferecendo-lhes oportunidades de trabalho, como também ao próprio médium, pelas conseqüências advindas do seu devotamento e da sua perseverança. O “médium bom”, pela sua dedicação, constrói no Plano Espiritual Superior preciosos amigos que, a qualquer tempo e em qualquer lugar, lhe serão admiráveis companheiros e instrutores. Através da prática mediúnica ajudamos o esclarecimento daqueles que se preparam, no Espaço, para o retorno à vida física, pela reencarnação. São freqüentes as comunicações em que os Espíritos, depois de agradecerem o amparo recebido, despedem-se comovidos, sob aviso de que “vão reencarnar”, o que evidencia a utilidade da boa prática mediúnica. Encarnados e desencarnados, empenhados no esforço comum de libertação das teias da ignorância, geradora do sofrimento, recebem igualmente, dos núcleos mediúnicos cristãos, valioso auxílio ao próprio reajuste. Os grandes Instrutores da Espiritualidade utilizam-se dos médiuns para a transmissão de mensagens edificantes, enriquecendo o Mundo com novas revelações, conselhos e exortações que favorecem a definitiva integração a programas emancipadores. Tudo isso pode o mediunismo conseguir se o pensamento de Nosso Senhor, repleto de fraternidade e sabedoria, for à bússola de todas as realizações. Não são imprescindíveis, a rigor, valores intelectuais avantajados, os quais, aliás, quando divorciados do sentimento ou mal governados, podem conduzir à presunção e à vaidade. Para o trabalho iluminativo, onde o Bem se expresse na forma de consolação e auxílio, o que menos importa são as posses materiais. Jesus estará sempre em qualquer lugar onde se exalte o Bem e a Sabedoria. E não podia deixar de ser assim, uma vez que o Suave Amigo nos afirmou, incisiva e categoricamente: – “Onde estiverem reunidas duas ou três pessoas em meu nome, eu estarei no meio delas.”
Estudando a Mediunidade, de Martins Peralva.
"Mediunidade é coisa Santa e por isso devemos vivê-la Santamente" 
                                                                         Pai João de Aruanda.

A Umbanda de Jesus


 
Sete Encruzilhadas, o Caboclo que anunciou o surgimento da Religião de Umbanda em 1908, declarou que Jesus seria o Mestre a ser seguido pelos umbandistas. Controvérsias à parte, já que alguns não aceitam suas palavras como base para uma vida espiritual sadia, Jesus é o modelo mais perfeito escolhido para ser o espelho dos médiuns e demais seguidores da Umbanda. Não há outro Médium vivido entre os homens que tenha subtraído toda a autoridade do Grande Mestre da Judéia em se tratando de vida mediúnica sadia e correta.
Jesus, o Médium, em nenhum momento fez alarde de sua missão na Terra. Sendo detentor de tanta autoridade, jamais exigiu que os homens se subjugassem a Ele. Jamais impôs sua condição de Ser Iluminado a fim de obter prestígio perante os grandes e diante dos pequenos. Suas palavras, cheias de autoridade, jamais foram autoritárias. Pelo contrário, tinham uma meiguice e uma simplicidade que encantavam os pequenos e incomodavam alguns que se achavam grandes.
Em sua trajetória mediúnica na Terra, Jesus aguardou o momento certo para agir em favor da caridade. Seu primeiro ato caritativo, no casamento de Caná, foi precedido de uma oração feita pela mãe que, aflita, intercedeu pelos noivos e seus pais. Jesus podia muito bem ter feito a transformação do vinho antes mesmo de Maria lhe pedir com tanta veemência, mas aguardou a hora certa. Não se precipitou, mas foi paciente para esperar que o tempo definisse o momento propício.
Os médiuns de Umbanda, tanto os que estão iniciando quanto aqueles que já militam na fé, precisam ser menos apressados em ser úteis no trabalho espiritual da caridade. O tempo urge, mas não se precipita. Há médiuns que desejam ou querem tanto ser utilizados como aparelhos dos Caboclos e Pretos Velhos que não se preocupam com o próprio aprimoramento ou com o tempo certo para tal trabalho. Avançam apressadamente para os terreiros, colocando roupas brancas - ou coloridas, como queiram -, enchendo os pescoços de guias sem fundamentos e "incorporando" alguma Entidade. Esquecem-se que incorporar qualquer Entidade não é o principal. Essa faculdade é apenas uma das muitas tarefas a desempenhar durante toda a vida. O início de tudo é a mudança que deve ocorrer dentro de cada um. Assim como foi a transformação que Jesus realizou em Caná, quando a água dos jarros ganhou cor, sabor e essência de vinho.
Apressadamente, muitos médiuns estão servindo fel aos que comparecem às bodas que são realizadas cotidianamente nos Terreiros de Umbanda. Em nome da "vontade" de trabalhar ou "receber" Caboclo - como se isso fosse um verdadeiro milagre - estão sendo depositários de uma bebida amargosa, fétida e intragável, quando incorporam sem o devido preparo espiritual e logo realizam consultas e receitam banhos, garrafadas e obrigações sem fim aos convidados da festa chamada Gira. Não atinam para o fato de que eles próprios são os jarros que devem conter a verdadeira bebida espiritual servirá para alegrar os corações necessitados que foram chamados a participar do evento. E, como se isso não bastasse, logo depois das primeiras incorporações, já que tomam para si o título de "mestre divino".
Satisfeitos de sua capacidade mediúnica de incorporar e de falar em nome dos Pretos Velhos e dos Caboclos, logo sobem num pedestal ilusório e passam a encenar o quadro do Sermão da Montanha. Olham do alto para os irmãos, tal como o humilde Jesus, e orgulhosos iniciam uma pantomima que supostamente pretende ensinar aos fracos e oprimidos da última hora. Baseados em sua pouca experiência e sem a devida mudança de pensamentos, hábitos e desejos, levantam-se de peito inflado e voz autoritária sobre os menos favorecidos como verdadeiros "mestres da Galiléia".
Jesus, o exemplo apontado pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, não foi um médium dessa estirpe. Ao contrário, desde moço, encheu-se de sabedoria, discernimento, autoridade e virtude para depois transmitir as novas da salvação aos homens de sua época e os dos dias atuais. Não teve como base seus pensamentos e suas experiências, mas sim nas Palavras Sagradas dos Profetas.
Jesus não teve olhos para os reinos do mundo. Como médium poderia servir-se de sua condição para angariar respeito e poder diante dos magistrados, sacerdotes e senhores da Judéia, mas rejeitou os oferecimentos políticos, mundanos e passageiros, para continuar humildemente sua missão na Terra.
Jesus não se intitulou "mestre", mas Filho. Não se arvorou como "doutor", mas apresentou-se como Aprendiz diante do Templo. Não subiu num trono para ser rei, mas encurvou-se como "Servo" aos pés dos discípulos.
Assim deve ser a Umbanda praticada por aqueles que se acham estupendos por incorporarem uma Entidade de Luz. Esse deve ser o retrato daqueles que batem no peito e dizem que são "médiuns".
A Umbanda que Jesus praticou foi simples, sem estardalhaços, sem holofotes, sem soberba, mas cheia de doçura como o vinho e de palavras vivas como as da Montanha.

Julio Cezar Gomes Pinto

Na Umbanda Todos São Iguais


 
No meio das atividades espirituais e materiais dos terreiros de Umbanda que pregam a igualdade, a fraternidade, o amor, um fato, dentre de muitos, nos chama à atenção. Por isso mesmo, merece uma análise mais profunda e esclarecedora por parte daqueles que querem ver a Umbanda mais forte e coesa. A Umbanda, assim como outros agrupamentos religiosos, é formada por pessoas das mais diferentes classes econômico-sociais e étnicas, que formam o que se denomina de meio religioso intercorrente. Também é de conhecimento geral que, não obstante as pessoas terem profissões ou ofícios diferentes, todos deverão estar ali, naquele espaço, imbuídas da mesma finalidade: auxílio espiritual caritativo aos necessitados do corpo e da alma.Faz-se então necessário traçar uma linha divisória entre o status que algumas pessoas possam ter em sociedade e o trabalho espiritual exercido pelas mesmas.Todos, independentemente dos títulos honoríficos ou profissionais que possam ter deverão estar irmanados com aqueles que não puderam alcançar um estágio intelectual ou cultural mais elevado, no sentido de juntos, poderem dar a sua cota de contribuição em prol da Umbanda. Com muito pesar, observamos que algumas pessoas ainda julgam a existência da bondade e do altruísmo pela riqueza material ou intelectual que certos cidadãos detêm. Não que bens ou cultura sejam nocivos; muito pelo contrário, se bem utilizados, são de grande valia para o progresso da humanidade. Referimo-nos a pessoas e médiuns que tratam de maneira diferente abastados e pobres; que tratam com pompa os que possuem títulos, desprezando aqueles que possuem quando muito a primeira classe do antigo ginasial; que dão atenção e mantém diálogos somente com aqueles que têm automóvel novo e sucesso econômico, podendo pagar consultas e trabalhos.A soberba, a vaidade, o orgulho, a ganância, o egocentrismo e a ambição doentia não deixam ver a estas pessoas que o que importa na Umbanda é o SER, será dizer, ser honesto, ser dedicado à religião, ser simples, ser humilde, e não o TER, ter títulos profissionais, carrões último modelo, mansões suntuosas, e um belo saldo bancário. A mediunidade na Umbanda jamais poderá ser utilizada como ferramenta de projeção social, nem como meio de sucesso financeiro e pessoal. Devemos viver para a Umbanda e não da Umbanda. A Umbanda, esta elevada religião, foi criada no plano astral trazendo como carro-chefe os espíritos de índios e negros, duas das raças mais martirizadas do globo terrestre, e que, em última análise, representam a humildade, a dignidade, a sinceridade e o alto grau de espiritualidade, sentimentos e virtudes ainda ausentes em muitos corações. Na Umbanda não há lugar para ostentações terrenas, não há lugar para títulos materiais, tanto para espíritos quanto para médiuns e assistentes. Na Umbanda não se manifestam espíritos com o rótulo de "doutores" ou "mestres", mas sim os esforçados e trabalhadores Caboclos, Pretos-Velhos, Exus, Crianças, Marinheiros, Baianos, Boiadeiros, etc., que, seguindo as diretrizes da espiritualidade superior, não medem esforços no sentido de auxiliarem os habitantes da Terra, encarnados e desencarnados, a progredirem espiritualmente.Que esta simples dissertação possa de alguma forma contribuir para que alguns irmãos umbandistas, ainda impressionados com títulos e posses terrenos, alcancem o verdadeiro sentido da palavra IGUALDADE, e assim colaborem para que cada vez mais a Umbanda possa se tornar, não uma religião de ricos e pobres; de doutores e proletários, mas sim uma religião de irmãos, unidos por laços de amor e fraternidade.
(autor desconhecido)


Caridade


Quantas vezes, você já se perguntou quanto errou ao fazer uso dos dons divinos a você concedidos: o pensamento, a palavra, os atos? Quantas vezes o uso inadequado destes serviu de discórdia, tristeza, desunião, desarmonia e uma gama imensa de destruição? Quantas vezes você serviu de instrumento do astral inferior? Não se preocupe ! Há sempre um tempo, um momento em que despertamos, em que uma luz brilha lá no fundo de nossa consciência e tomamos o caminho certo. É só dar ouvidos ao nosso Deus Interior. Você pode ainda e sempre:
Ser motivo de alegria onde imperam as lágrimas do desespero, da dor.
Ser a voz que reconcilia um ambiente de brigas, de desunião.
Ser o ombro amigo, o apoio, o leme, para aquele que se arrasta pedindo pelos caminhos esburacados da vida.
Ser o calor do ânimo para o irmão que se deixa dominar pelo desalento, pela vontade de não mais lutar.
Ser resignação onde o sofrimento deve seguir o caminho pré-determinado.
Ser a voz sábia que apaga o fogo da discussão improdutiva, das brigas fomentadas por diferenças sociais, econômicas, raciais e religiosas.
Ser a palavra amiga do perdão para aquele que só recebeu condenação e censura e traz o ódio no coração.
Ser o instrumento da paciência, da calma, da cautela onde reina o espinheiro da irritação.
Ser a luz do discernimento, da compreensão, da procura que faz crescer aquele que anda nas trevas da ignorância.
Ser a gota de orvalho vivificante para quem se chafurda na lama dos vícios, entupindo de veneno o corpos a ele designados.
Ser o sorriso de amor, de apoio onde as lágrimas banham o rosto e a alma daquele que se rasteja em desespero numa vida sem sentido.
Ser fonte de generosidade onde impera a ganância fomentada sempre no querer material, no completo esquecimento de que pode e deve dar a mão ao outro caminhante.
Ser a verdade, a vida, a luz sem ferir as suscetibilidades, os meandros da consciência, sem impor.
Ser a humildade que opera prodígios em ambientes destruidores de orgulho, de vaidade e maliciosidade.
Ser o pensamento vibrante, calçado no positivismo, em forças superiores onde haja atitudes comprometedoras ligadas às correntes desarmoniosas.
Ser a palavra serena e respeitosa que anula a voz descontrolada pela cólera, pois a agressão jamais convence, jamais une.
Ser o silêncio construtivo onde a palavra inadequada e desnecessária destrói.
Ser tolerância, entendimento, bênção para cumprir os seus ideais e compromissos assumidos. Pensar harmoniosamente, ver com discernimento, ouvir com bondade, falar com lógica e agir com caridade para aproximar-se dos profundos ensinamentos transmitidos por Cristo Oxalá.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Em Sintonia com Deus


 
Não sei se já notaram que a maioria das pessoas quando reza ou procura um templo, seja de qualquer religião, vai para fazer basicamente uma coisa: Pedir. Pedimos de tudo desde um emprego até as coisas mais absurdas que a mente humana pode conceber. Queremos fazer de Deus nosso gênio da lâmpada mágica e exigimos muitas vezes, com o endosso de algumas religiões, a realização de todos os nossos pedidos e desejos pois como somos seus filhos temos o direito de viver nesta Terra como crianças mimadas a exigir tudo de seus poderes. Muitas vezes até queremos comprar a atenção divina com doações em dinheiro na base do toma lá da cá a fim de obtermos aquele “favorzinho” divino como se Deus fosse um daqueles políticos corruptos que estamos acostumados a ver pela televisão. Para que Deus realize aquilo que pedimos, ele tem que respeitar uma lei universal criada por sua própria sabedoria, a Lei do Merecimento. Esta lei funciona em sintonia estreita com a lei do karma, ou seja, aquela que diz que o “plantio é livre, mas a colheita é obrigatória”. Isto quer dizer que quando formos pedir algo seja para Deus ou a um de seus mensageiros que trabalham como guias na terra, temos que ter em mente que, junto conosco, naquele exato momento estão todos os nossos dias pretéritos sejam dessa vida ou de outras. Enganamo-nos quando pensamos que o mal ou o bem que fizemos ontem ou há 30 anos não irá ter suas conseqüências no momento que, em dor, procuramos a ajuda do mundo espiritual. Falo em momento de dor porque poucos, muito poucos lembram de agradecer a Ele pela sua saúde, pelo prato de comida ou de ter um teto onde possa dormir.
1- Em primeiro lugar pergunte a si mesmo se aquilo que você está pedindo é realmente aquilo que você precisa.
2- Verifique se a realização de seu pedido não causará danos a terceiros. Ex.: Você pede um determinado emprego ou cargo que resultará na demissão de alguém.
3- Seja sincero e humilde pois nenhum guia espiritual ou mesmo Deus dará ouvidos a pedidos de alguém prepotente cujo ego não cabe dentro de suas roupas.
4- Esqueça a idéia de querer fazer de Deus e seus comandados um Baú da Felicidade.
5- Tenha paciência para esperar porque, às vezes, como num jogo de xadrez é necessário mover-se várias peças para se atingir um determinado resultado.
6- Esteja atento para interpretar os resultados, pois muitas vezes eles chegam cifrados.
7- Pense bem todo seu passado (pelo menos até o momento em que você se lembrar) e no tribunal do seu coração; verifique se aquilo que você pede, você merece.
8- E por último coloque-se por um instante no lugar d’Ele e ao invés de pedir algo pergunte: O que posso fazer por você?
Luiz Paulo 
Sintonize-se com seu interior, sintonize-se com Deus.
Deus Seja Louvado. Para Sempre Seja Louvado!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Despacho ou Mentes Desequilibradas?


Observamos, no decorrer de anos de trabalhos a fio, nuances preciosos que irão margear bem o que iremos decorrer nessa nossa discussão. Dentro da psiquiatria moderna, iremos encontrar estudos preciosos quanto aos transes religiosos, as vi­sões de espíritos, a crença nas feiti­çarias, ma­gias negras, encostos, de­mônios, etc. O grande psicanalista suíço, Carl Jung, teorizou que os maus espíritos, ou as figuras aterrorizantes, são ima­gens gravadas coletivamente na mente humana e foram batizados de arqué­tipo. Esses arquétipos acompanham a humanidade há milhares de anos. O diabo é um desses arquétipos, que muitos acreditam incorporar, e representa forças destrutivas dentro da própria pessoa. Através dessa crença, muitos procuram as religiões para que seja efetuado um “exorcismo”, cuja função seria livrar a pessoa dos maus que a apoquentam, e que esse “exorcismo” puniria o delinqüente que estaria perturbando a pessoa, por mais poderoso que seja. O apelo ao demônio é forte porque atende a uma grande camada da população que vive imersa na supers­tição. Em geral, acreditam piamente na força destrutiva da magia negra e das forças ocultas. O povo acha que o demônio e os espíritos do mal estão por aí, agindo atra­vés dos incautos.
Jogar a culpa por tudo que há de errado no demônio ou em espíritos do mal é uma solução confortável para quem busca alívio através de cultos religiosos, mas as conseqüências podem ser graves, pois a pessoa sai do culto religioso acreditando que não tem responsa­bilidade moral pelos erros que comete, e fica convencido de que possui uma personalidade frágil e influenciável. Tudo isso se aplica também à Umbanda, onde muitos cometem os erros crassos de somente culpar uma pretensa “macumba”, “despacho” ou “mal feito”, encomendado por um desa­feto, como fatores conclusivos de suas vidas encontrarem-se em desgraça. Muitos se entregam ao pensa­mento obsessivo e conclusivo de per­se­guições espirituais ou mesmo “de­mandas” diárias em sua vida. Se con­vencem e geralmente convencem a outros que são perseguidos por hostes infernais, ou mesmo pessoas que lhe querem mal. Lembre-se que cada um projeta seu próprio inferno. Com o passar do tempo, cada um constrói um infer­no competente em suas vidas e passam a vivenciá-lo de forma efe­­tiva, e com isso, através da lei de afinidades, atraem para si le­giões de seres que vibram na mes­ma faixa de pensamento. Com isso, a vida desse infeliz passa a ser um mar de perturbações, demandas, magias negras e por ai afora, e com certeza vão rapidinho culpar alguém por efetuar as tais “macumbinhas” contra ele. Criam na mente das pessoas, que geralmente são presas fáceis e manipu­láveis, que tudo o que ele tem de ruim em sua vida, foi pelo fato de alguém, por olho gordo, inveja, ou ódio, levantou forças ocultas negras pode­rosas contra eles, através de matan­ças de animais, velas pretas, bone­quinhos, etc., e que a vida dessas pes­so­as está no fundo do poço, devido a uma “feitiçaria” encomendada contra elas. Outros ainda se convencem, e convencem as pessoas, que estas são perseguidas por quiumbas, Exús ou Pombas Giras, porque não desen­volveram a sua mediunidade, e que irão entrar para o mundo da perdição enquanto não se livrarem desses encostos. E haja trabalho. E haja dinheiro. Outra coisa muito corriqueira no meio Umbandista é a crença que tudo de errado que está acontecendo com o “pai de santo” ou com o “terreiro”, é provindo de uma “demanda” encomen­da­da por aqueles que querem destruí-lo. Muitos médiuns e sacerdotes acreditam estarem sendo perseguidos por falanges negras, demônios, quiumbas, Exús e Pombas Gira, que querem transformar suas vidas em miséria. Vejam bem que a coisa é com­plicada, e existe uma crença coletiva de que existe essa perseguição das trevas em suas vidas. Mudaram-se os tempos, mas não mudaram as formas e a perseguição continua. Até quando iremos nos apegar à superstição desse tipo? Até quando iremos dar atenção às coisas que nos fazem mal? Existem as forças negras em ação, e isso é patente. Mas o mal foi criado pela mente humana e existe por uma necessidade humana. Deus não criou o bem e o mal. Só o bem é eterno. Não existe essa coisa de luta eterna entre o bem e o mal. Se o mal vence uma situação momentaneamente é porque a pendenga ainda não terminou. Se alguém, por maldade ou igno­rância, nos envia alguma carga negativa e ativa forças negativas poderosas contra nós, só vai dar resultado se nós estivermos na mesma faixa vibratória dessa maldade, ou seja, se estivermos em discordância com as forças positivas reinantes no universo. Deus não é injusto com ninguém. Ele a tudo vê e a tudo permite. Portanto, tudo o que sofremos, com certeza é por merecimento. Veja que Jesus quan­do praticava curas, ao final sem­pre dizia às pessoas: “Vá e não pe­ques mais”. Com isso, Jesus já alertava que tudo o que a pessoa tinha, era por merecimento, ou seja, tinha dado abertura para que tal mal a acometesse. Sabemos que existem “demônios” e que são poderosos, mas estão assen­tados em poderes vibratórios ne­gativos e comandam forças negativas criadas por condição da mente hu­mana, e quem cair nesses reinos, está em consonância vibratória com os mesmos. É simples: a cada um, se­gundo seu merecimento. “A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória, e quem colhe é Deus Pai Todo Poderoso” – disse Jesus. Agora, acreditar que esses “de­mônios” estão em luta constante contra Deus, e que estão atuando em nossas vidas por vingança particular, ou querem minha alma imortal, é outra ignorância das leis imutáveis que regem todo o universo. Sabemos da existência de magias negras e feitiçarias, mas essas so­mente atuarão de forma negativa na vida de alguém, se esse estiver vi­vendo totalmente em desacordo com as Leis de Deus. Uma coisa grave observada por nós durante todos esses anos, é a proliferação de “videntes” que por toma lá qualquer coisa, rapidinho vêem aura até em poste na rua. Que absurdo. A vidência é um dom paranormal natural e não tem como desenvolvê-la. Agora, existe muita gente tresloucada e com uma imaginação fértil, se dizendo vidente, e por qualquer coisa, rapidinho dizem estar vendo demandas, espíritos do mal, luzes prá tudo quanto é lado, espíritos com vestimentas exube­rantes, fadas, gnomos, demônios horrorendos e por ai afora. Quanta ingenuidade (ou maldade né?). E por essas e outras, acabam por influência de outros, enxergando o que não existe, ou seja: enxergando somente o que suas mentes ou as mentes de outros concebem como verdade. É por isso que prolifera tanta crença na demanda e feitiçarias, todas, invaria­velmente “vistas” por um desses falsos videntes. Então vejam que neste momento, através de mentes desequilibradas, maldosas, muitos que se dizem viden­tes, se utilizam de um falso dom, para denegrir, atormentar e criar falsas verdades em cima de inocentes, fa­zendo com que as pessoas que tam­bém são desequilibradas se voltem con­tra os inocentes, criando rancores, ódios e pensamentos destrutivos. Nessa hora eu pergunto: Onde estão os verdadeiros Guias Espirituais que estas pessoas dizem ter, que não as alertam do erro? Mistério. Se Guias Espirituais verdadeiros vissem algo patente, imediatamente iriam procurar um meio de desfazer o mal feito, mas com certeza, sem alardear o tal fato e muito menos “fofocar” para não trazerem ódios, desforras e nem pensamentos ruins. Cuidado. “Guias espirituais” que somente ficam verbalizando deman­das, magias negras, fofocas, com cer­teza são quiumbas, ou também pode ser puro animismo, onde a mente doentia do “médium” entra em ação. Os quiumbas costumam convencer as pessoas de que são portadoras de magias negras, olhos gordos, invejas, etc. inexistentes, sempre dando nome aos bois, ou seja, identificando o feitor da magia negra, geralmente um ino­cente, para que a pessoa fique com raiva ou ódio, e faça um contra feitiço, a fim de pretender atingir o inocente para derrubá-lo. Agindo assim, matam dois coelhos com uma cajadada só: afundam ainda mais o consulente incauto que irá criar uma condição de antipatia pelo pretenso feitor da magia, e pelo inocente que pretendem preju­dicar. É chegada a hora de pararmos com essas atitudes negativas contra nós mesmos e contra as pessoas que nos procuram e procurarmos cultivar nas pessoas que elas estão em um Templo religioso a fim de se reencon­trarem com Deus e consigo mesma, e a fim de se reequilibrarem para seguirem felizes e em paz suas vidas. Devemos incitar o amor, o perdão, a bondade, a união, a fraternidade e a benevolência. É só analisarmos com atenção e chegaremos à conclusão que se todos os espíritos, ou seres humanos, fos­sem portadores de dons sobrenaturais poderosos e tivessem liberdade irrestrita para realizarem o que bem en­tendessem, o mundo viraria uma ba­gunça. Afinal, você, e só você tem o direito do livre arbítrio em sua vida. Jamais outra pessoa tem o direito de mexer em nosso livre arbítrio, a não ser que permitamos. Onde estaria Deus em tudo isso? Onde estão os Guias Espirituais em tudo isso? Onde estão os Sagrados Orixás em tudo isso? É triste observarmos médiuns acreditando tão somente em forças destrutivas presentes em suas vidas. Vamos falar mais em Deus. Vamos incitar mais o amor e o perdão. Vamos estudar e vivenciar mais o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, do que querer aprender contra-magias. Vamos pregar a imortalidade da alma, e que existe paz e união entre todos. O mal existe, mas não vamos dar o devido crédito a ele. O olho gordo existe, mas não vamos dar o devido crédito a ele. Nós não somos a imagem e se­melhança de Deus, mas sim, a presença viva do Deus vivo em nos­sas vidas. Jesus disse: “Sois Deuses. Podeis fazer tudo o que fiz, e até mais”. - “Pedi e obtereis”. - “Orai e vigiai, para não cairdes em tentação”. - “Tudo é possível, àquele que crê”. Quando um irmão nos procura e diagnosticamos uma presença espiri­tual negativa junto dele, devemos pro­ceder à retirada dessa energia/espírito negativa e bem orientar a esse irmão, que essa aproximação deveu-se a uma simbiose de pensamento e atitu­des, e não a uma perseguição gratuita. Não podemos criar em nossas mentes que nossos Templos são alvos constantes de “demandas”, pois estaremos dando vazão à credibilidade excessiva de nossas mentes doentias, e a nossa mente acaba absorvendo esse conceito criado pelo nosso inconsciente. Deus não é injusto. Deus a tudo observa, e a tudo permite. Portanto, nós merecemos o que estamos recebendo. Deus se manifesta na Terra, atra­vés de toda a Natureza, mas se mate­ria­liza e se comunica através do nosso espírito imortal, da nossa mente e do nosso coração. Assim também o mal se materializa através da nossa mente e do nosso coração. Por isso, vamos nos educar, va­mos nos evangelizar, vamos seguir fielmente os conselhos de nossos Gui­as Espirituais e transformar nossas vidas em bênçãos. Vamos criar em nossas mentes positivismo e cuidar bem de nossa saúde mental e física. Não vamos dar crédito somente à negatividade, mas sim, criar em nossas vidas e em nossos Templos um clima de paz, amor e alegria, pois estaremos realizando a verdadeira missão da Umbanda, que é a libertação do homem.
TRECHO EXTRAIDO DO LIVRO: O ABC DO SERVIDOR UMBANDISTA – AUTORIA: PAI JURUÁ – NO PRELO.
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