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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Entrevista de Raul Teixeira ao Programa O Espiritismo Responde



Os apóstolos que Jesus escolheu representavam toda a humanidade.

O Espiritismo RespondeRaul, quem é Jesus para o Espiritismo?

Raul Teixeira – É o Espírito mais evoluído que Deus mandou à Terra para servir de guia e modelo. Particularmente, vejo muita beleza nessa resposta exatamente porque, uma vez que os Espíritos dizem que Jesus é o mais elevado Espírito que Deus mandou à Terra, todos os demais Espíritos estão ligados a Ele. Então, se o indivíduo é budista, o Buda é um servo de Jesus, se o indivíduo é taoísta, é da linha do Bahá’í, é do judaísmo, todos estão ligados a Jesus Cristo, que é o governador planetário.

ER – Pode-se dizer que Jesus e Seus ensinos ainda não foram compreendidos?

RT – Exatamente! O Espírito Emmanuel escreveu um livro, que leva seu nome, por meio de Chico Xavier, no qual diz que Espíritos de sua faixa de evolução ainda não entendiam devidamente Jesus. Então imaginemos nós, que sobrenadamos essa lama aqui na Terra... Por isso as pessoas fazem ainda piadas com o nome de Jesus, guerras santas, cometem crimes horrendos e nefandos, e enriquecem explorando a bolsa do necessitado, em nome de Jesus.

Eles não têm noção da dimensão do Cristo sobre a Terra e sobre nossas vidas. E se não fosse a misericórdia de Jesus para conosco e para com esses nossos irmãos, a vida na Terra seria insuportável. É muitíssimo importante admitirmos que ainda não entendemos Jesus. Esse eu, longínquo do Cristo, torna-se muito próximo apenas quando nos confiamos a Ele.

ER – É suficiente cremos em Jesus para sermos salvos, como professam algumas religiões?

RT – Esses mesmos irmãos que pregam que basta cremos em Jesus para sermos salvos não se dão conta de que estão desdizendo a Sua própria fala. Se Jesus Cristo disse: Meu pai trabalha sempre e eu trabalho também, bastaria ao rebanho dEle apenas acreditar? Essa é uma panaceia criada na Idade Média pela Igreja para agradar os nobres, que a partir disso não trabalharam mais; o trabalho era para mulheres e escravos.

Foi Jesus que nos disse que a cada um será dado conforme suas obras.Veja lá: Thiago diz que a fé sem obras está morta em si mesma e Jesus nos disse que a cada um será dado conforme suas obras e não conforme suas crenças.

É muito fácil a criatura ler no texto, memorizá-lo e repeti-lo, sem digerir intelectualmente o que leu. Fica repetindo frases prontas, palavras de ordem que não são verdades segundo o Evangelho de Cristo.

A salvação é um trabalho que realizamos dentro de nós próprios quando entendemos as leis divinas e temos a disposição de vivenciá-las. Aí estabelecemos uma sintonia com o bem, de tal ordem que nos salvamos da ignorância, nos libertamos de todo mal. Conhecereis a verdade e essa verdade vos libertará. Essa libertação é a redenção, é a salvação.

ERSe a fé sem obras é morta, como é a fé viva?

RT – A fé viva é essa que não está apenas no discurso; tem ação, realiza o bem. Graças a isso encontramos pessoas desvinculadas de quaisquer movimentos organizados de crença e que realizam trabalhos notáveis porque sabem ou sentem que o bem é a lei da vida.

Segundo a visão teológica, realizar o bem é fazer tudo aquilo que ajuda a vida a crescer, isto é: cuidar do jardim, dos animais, educar as crianças, cozinhar com amor, estudar iluminando o cérebro, dar conforto a alguém, dar lugar a alguém na condução...

É fazer o bem onde você puder, porque a montanha é construída de grãos de areia, e o oceano é feito de gotas d’água. Temos sempre essa tormenta de querer fazer o bem quando os outros vão ver, vão aplaudir, vai sair no jornal, render elogios, e perdemos as pequenas oportunidades. Não podemos deixar os minutos passarem sem fazermos uma coisa boa, mesmo que seja enviar um pensamento bom, de desejo de felicidade, a uma pessoa de quem nos lembrarmos.

ERJesus deixou-Se sacrificar para exemplificar Seus ensinamentos. Isso gerou algum compromisso nosso, coletivo, para com Jesus?

RT – Não é que isso tenha gerado um compromisso nosso para com Jesus, porque não foi a humanidade como um todo que cometeu o desatino. Quando falamos que o mundo deve isso a Jesus, me diz o Espírito Camilo: é porque aqueles 12 homens que Ele escolheu representavam a humanidade daquela época.

Aprendemos, com a teologia judaica, que eles representavam as doze tribos de Israel, mas isso tem um outro sentido. Jesus não queria escolher doze santos, mas indivíduos que representassem toda a humanidade – o carinhoso, o grotesco, o rude, o intelectual e o politiqueiro, como era Judas.

Começamos a perceber e a nos dar conta de como era importante Jesus Cristo viver com aquelas pessoas. Não foi fácil para Ele.

Quantas vezes Ele interrogava os amigos: O que é que vocês vinham discutindo pelos caminhos? E o que discutiam era de quem Jesus gostava mais. Eram as mesmas picuinhas que encontramos hoje nos movimentos religiosos.

E Jesus pediu ao Pai na chamada Oração Sacerdotal: Senhor, eu não vos peço que os tireis do mundo, eu vos peço que os livreis do mal.

O problema não é vivermos no mundo com as nossas experiências de crescimento, é nos voltarmos para o mal. As criaturas, representadas naqueles doze apóstolos, estão na nossa casa, no nosso trabalho profissional, na rua! Jesus nos ensinou como lidar, que discursos e sentimentos acionar, com quem tem menos, com quem tem mais, com ignorantes, sábios, com a prostituta, com o ladrão. Ele é para nós a verdadeira referência: Caminho, Verdade e Vida, ou Caminho da Verdade e da Vida, ou Caminho para a Verdadeira Vida.

Extraído do Jornal Espírita Libertador, junho/julho de 2010.

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