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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O Espírito de Kardec

Esta é uma mensagem de Allan Kardec dada pouco tempo após o seu desencarne (nota do compilador)

Quando eu me encontrava corporalmente entre vós costumava dizer que aí se tinha a fazer uma História do Espiritismo, que seria interessante. É ainda o que hoje penso, e os elementos que eu havia reunido para esse fim poderão servir um dia para a realização dessa idéia. É que eu estava, com efeito, melhor colocado do que qualquer outro para apreciar o curioso espetáculo provocado pela descoberta e a vulgarização de uma grande verdade. Eu ontem pressenti e hoje sei que ordem maravilhosa, que inconcebível harmonia presidem a concentração de todos os documentos destinados a formar a nova obra. A benevolência, a boa vontade, o devotamento absoluto de uns; a má-fé, a hipocrisia, as manobras malévolas de outros, tudo concorre para assegurar a estabilidade do edifício que se eleva. Entre as mãos das Potências Superiores que presidem a todas as formas de progresso, as resistências inconscientes ou simuladas, os ataques objetivando semear o descrédito e o ridículo, transformam-se em instrumentos de elaboração.

O que não se fez! Que motivos não foram utilizados para sufocar a criança no berço!

O charlatanismo e a superstição quiseram, cada um por sua vez, apoderar-se dos nossos princípios para explorá-los em seu proveito. Todos os raios da imprensa troaram contra nós, ironizaram as coisas mais respeitáveis, atribuíram ao Espírito do Mal os ensinamentos dos Espíritos mais dignos de admiração e de veneração universais. Apesar disso, todos esses esforços reunidos, essa coalizão de todos os interesses contrariados, só conseguiram demonstrar a impotência dos nossos adversários.

É no meio dessa luta incessante contra os preconceitos estabelecidos, contra os erros consagrados, que se aprende a conhecer os homens. Eu sabia, ao me devotar à obra de minha predileção, que me expunha ao ódio de uns, à inveja e ao ciúme de outros. A rota estava semeada de dificuldades sempre renovadas. Nada podendo contra a Doutrina, atacavam o homem; mas, por outro lado, eu estava forte porque havia renunciado à minha personalidade. Que me importavam as tentativas da calúnia? Minha consciência e a grandeza do objetivo me faziam esquecer espontaneamente os tropeços e os espinhos do caminho. Os testemunhos de estima e de simpatia que recebi dos que me apreciavam foram a mais doce recompensa, por mim jamais ambicionada. Mas, infelizmente, quantas vezes eu teria sucumbido ao peso da minha tarefa, se a afeição e o reconhecimento da maioria não me fizessem esquecer a ingratidão e a injustiça de alguns. Porque, se os ataques a mim dirigidos encontravam-me sempre insensível, devo entretanto dizer que eu era penosamente atingido quando encontrava falsos amigos entre aqueles de que tudo esperava.

Se é justo censurar os que tentaram explorar o Espiritismo ou desnaturá-lo nos seus escritos, sem estudá-lo antes, quanto mais culpáveis são os que, antes de haverem assimilado todos os seus princípios, não contentes de abandoná-lo, se puserem a combatê-lo! É sobretudo para os desertores dessa categoria que precisamos apelar à misericórdia divina. Porque eles apagaram voluntariamente a chama que os iluminava e com a ajuda da qual poderiam iluminar os outros. Eles perdem logo a proteção dos Bons Espíritos, e depois de nos haverem submetido a uma triste experiência, vão rapidamente cair, de queda em queda, nas mais críticas situações!

Após a minha volta ao Mundo dos Espíritos, reencontrei um certo número desses infelizes. Estão arrependidos, lamentam sua inação e suas más decisões, mas não podem recuperar o tempo perdido! Voltarão logo à Terra com a firme resolução de contribuir ativamente para o progresso, mas estarão ainda em luta com suas velhas tendências, até que consigam triunfar definitivamente.

Poderíamos crer que os espíritas de hoje, esclarecidos por esses exemplos, evitarão cair nos mesmos erros. Mas não é assim. Por muito tempo ainda haverá falsos irmãos e amigos desorientados. Mas não conseguirão, mais do que os antecessores, desviar o Espiritismo da sua rota. Se causam algumas perturbações momentâneas e puramente locais, a Doutrina não periclitará por isso. Bem logo, ao contrário, os espíritas transviados reconhecerão o seu erro e voltarão a concorrer, com novo ardor, para a obra um instante esquecida. E agindo em conjugação com os Espíritos Superiores que dirigem as transformações humanas, eles avançarão a passos rápidos para os tempos felizes, prometidos à Humanidade regenerada. (Espírito Allan Kardec - R. E. junho 1869)


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