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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Despertador: A Arte de Viver e Morrer


Anos atrás ouvi um amigo dizer que os espíritos afirmavam ser eles, desencarnados, os vivos e nós, encarnados, os mortos.
A primeira coisa que passou na minha cabeça, por vaidade, é que sendo espiritualista eu poderia me considerar vivo também. Afinal de contas nós sempre acreditamos que somos vivos e conscientes de nosso destino e escolhas na vida.
Nestes dias me senti morrendo, após tantas outras mortes, senti como se devesse morrer, morrer para o mundo, tive vontade de morrer para as pessoas, morrer para a realidade externa e de alguma forma nascer para minha realidade interna.
Já vivi com a mentira e com muitas mentiras minhas e dos outros, apenas para satisfazer, meu ego, minha vaidade ou mesmo para satisfazer o mundo, as expectativas do mundo sobre mim mesmo.
Afinal todos nós queremos ser bons e até mesmo bonzinhos e ainda por cima ser verdadeiro.
São palavras difíceis, pois até a afirmação da verdade pode ser uma mentira.
Refletindo sobre os valores e condições onde uma mentira se instala é oportunidade para verificar as justificativas e desculpas que damos para nos apoiar sobre mentiras.
Lembrei-me da frase que diz: “Mentir para si mesmo é sempre a pior mentira”.
Bem eu já menti para mim mesmo muitas vezes, e para entender isso é importante observar que criamos um universo dentro de nós diferente do universo externo.
O universo que está dentro de nós costuma ser um universo real pois é interno. O grande erro é criar mentiras neste universo interno aí então nos colocamos em uma condição de que o despertar se torna impossível.
Estar desperto entendo eu é alinhar o universo interno com o universo externo e viver a verdade em ambos, pelo menos é uma boa maneira de descobrir o despertador.
Para isso é fundamental ter exercícios e momentos de meditação, precisamos nos encontrar com nós mesmos, neste universo interno.
É fundamental conhecermos a nós mesmos, poder nos observar, silenciar a mente para ouvir o que ela pensa quando não estamos pensando em nada, aprender a silenciar a mente para que no silêncio absoluto possamos encontrar nossa essência.
Este encontro real com nossa essência é uma forma de iluminação, são momentos tal qual um ato de amor.
Quando estamos amando ficamos em silêncio pois as palavras não são capazes de transmitir o que estamos sentindo, as palavras são pobres e assim os que se amam podem ficar horas apenas olhando um para o outro sem dizer nada para poder dizer tudo apenas pelo olhar.
A Meditação é o mesmo ato de amor, no entanto você está olhando a si mesmo sem palavras apenas buscando a centelha divina dentro de si mesmo para poder ao se amar também amar a Deus e reconhecer a divindade em nós. Isto é um caminho para o encontro místico.
Ser espiritualista é muito pouco para este encontro místico, consigo mesmo, é preciso antes um compromisso com o auto conhecimento.
Ver a si mesmo não é fácil pois não é tudo que nos agrada, em nós, para muitos olhar a si mesmo causa enjôo e até aversão a si mesmo.
Tudo que se encontra neste mundo material se consiste em entrave para adentrar no mundo interno, pois para entrar neste mundo interno é necessário desapegar de tudo o que for externo, o que é igual a morrer para este mundo, com uma vantagem ao morrer para este mundo externo e profano, nascemos para o interno e sagrado.
Mais do que sagrado o interno é divino e quando o interno e externo são a mesma coisa ao constatarmos que Deus preenche todo o interno então já não há mais sagrado e profano, já não á mais interno e externo, a dualidade não existe mais. Este é o caminho do ser desperto, descrito por alguns como iluminado.
Vejamos as palavras de Cristo interpretadas por OSHO (Zen – A Transmissão Especial / Ed. Madras – 1999):
Jesus diz a Nicodemos:

“A menos que você nasça de novo, você não poderá entrar no meu reino de Deus”. Nicodemos era um rabino, um famoso estudioso, um professor de religião, teologia, filosofia, muito respeitado, muito mais conhecido do que Jesus. Ele não pôde compreender o que Jesus queria dizer com “A menos que você nasça de novo...” . Ele disse: “Isso significa que terei de esperar por uma nova vida? Não pode acontecer nesta vida?” Ele não entendeu nada. Jesus não está dizendo para você esperar por uma outra vida: ele está dizendo que você tem de adquirir uma nova visão, um novo modo de ver. Não se trata de mudar o objeto, o visto. A coisa toda depende da mudança naquele que vê.
Tudo isso para entender porque os espíritos são vivos e os “vivos” são os mortos, porque vivo é quem morreu para este mundo, iluminado ou simplesmente desperto é o que morre para este mundo sem ter desencarnado.
OSHO é alguém desperto e eu sou apenas um alguém, quem sabe quando eu não for ninguém me torne desperto.

Por Alexandre Cumino

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