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Amigos da Umbanda!!! Saravá aos Pretos Velhos e Pretas Velhas!!!!!!!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Em Defesa da Umbanda... Vamos Refletir!


Divaldo e o “Preto Velho”

Há na internet um áudio com a voz de Divaldo Pereira Franco.
Em que o mesmo se pronuncia a cerca de um espírito que venha a se identificar como “Preto Velho”.
Este é apenas nosso pretexto para uma reflexão que pretende ir além...
Sabemos que Divaldo é Espirita (“kardecista”) dos mais respeitados e também eu o respeito por seu trabalho dentro da Seara Espírita em que é um dos maiores divulgadores, escritores e palestrante.
O áudio em questão pode ser ouvido no site abaixo:


Abaixo está uma passagem deste áudio para uma “reflexão umbandista”:
- Um Espirito que se apresenta para o grupo como “Preto Velho”...pode ser levado a sério?
-  Não pode... Este espírito pode ser muito bom, mas é muito ignorante...
[...] - Não meu irmão você foi (um preto velho) você agora não tem cor...

Compreendo que com estas palavras Divaldo fez sua “reflexão espírita-kardecista” apoiada em opinião pessoal e intransferível.
Muito provavelmente o irmão não se deu conta de que, quando um espírito afirma:
“Fui um negro, fui escravo, sofri...” está falando de sua vida passada.
Mas, quando afirma “Sou um ‘Preto Velho’” este espírito está inserido em um contexto determinado dentro da espiritualidade brasileira no geral e umbandista no especifico. Em que não importa o que ele foi e sim como quer se apresentar, logo está distante do apego por raça ou identidade.
Aquele que o recrimina dizendo você não é mais negro nem velho, este sim deve estar apegado, pois a afirmação do outro lhe incomoda ao ponto de desacreditá-lo antes mesmo de ouvir o que tem a dizer.
É triste e ao mesmo tempo é exatamente a mesma postura “espírita”, radical, ortodoxa e pobre de espírito que tiveram os senhores presentes na sessão do dia 15 de Novembro de 1908, quando em sua primeira manifestação o Caboclo das Sete Encruzilhadas afirmou:
“- Não basta fazer diferença na carne e querem levar estas diferenças para além tumulo?”
“-Venho para trazer uma religião em que todos serão aceitos, a quem sabe menos vamos ensinar e com quem sabe mais vamos aprender...”
A postura preconceituosa diante do “Preto velho” se repete até os dias de hoje, com uma linguagem diferente, com argumentos diferentes, com outra roupagem que não permita lhe chamar “discriminação”.
É certo que no “Espiritismo” não se adota a idéia de “formas plasmadas”, “falanges” e recursos de linguagem para criar um ambiente determinado.
Mas qual espírita ou espiritualista realmente estudioso que desconhece “Preto velho” e “Caboclo” como algo específico do contexto umbandista.
Se é do contexto umbandista como avaliar este valor fora de contexto?
Na década de 1970 Chico Xavier já havia respondido a esta mesma pergunta...
No programa “Pinga Fogo”:

 
“-O Sr. acha que os espíritos que se manifestam em um terreiro de Umbanda, dizendo-se Guias de cura, pretos velhos, índios, caboclos são espíritos da luz...?”
“- Nós respeitamos a religião de Umbanda como devemos respeitar todas as religiões...”
         Creio que nos basta o respeito, pois quem deve explicar o “preto velho”, o “caboclo”, “exu”, “pomba gira” etc... somos nós umbandistas, nem os espíritas e muito menos os neo-pentecostais de plantão...
Alan Kardec em seu tempo também ouviu as palavras de um negro velho que havia sido escravo:

PRETO VELHO FALA COM KARDEC
Pouca gente sabe, mas numa das reuniões realizadas na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, Allan Kardec evocou um Espírito que, segundo as terminologias da cultura brasileira,
poderia ser classificado como um “preto velho”. Esse encontro, narrado pelo próprio Kardec nas páginas da sua histórica “Revista Espírita” (Revue Spirite), de junho de 1859, aconteceu na reunião do dia 25 de março daquele mesmo ano. Pai César – este o nome do Espírito comunicante – havia desencarnado em 8 de fevereiro também de 1859 com 138 anos de idade – segundo davam conta as notícias da época –, fato este que certamente chamou a atenção do Codificador, que logo se interessou em obter, da Espiritualidade, mais informações sobre o falecido, que havia encerrado a sua existência física perto de Covington, nos Estados Unidos.
Pai César havia nascido na África e tinha sido levado para a Louisiana quando tinha apenas 15 anos.
Antes de iniciar a sessão em que se faria presente Pai César, Allan Kardec indagou ao Espírito São Luís, que coordenava o trabalho, se haveria algum impedimento em evocar aquele companheiro recém-chegado ao Plano Espiritual. Ao que respondeu São Luís que não, prontificando-se, inclusive, a prestar auxílio no intercâmbio. E assim se fez. A comunicação, contudo, mal iniciada, já conclamou os participantes do grupo a muitas reflexões. Na sua mensagem, Pai César desabafou, expondo a todos as mágoas guardadas em seu coração, fruto
dos sofrimentos por que passara na Terra em função do preconceito que naqueles dias graçava em ainda maior escala do que hoje. E tamanhas eram as feridas que trazia no peito que chegou a dizer a Kardec que não gostaria de voltar à Terra novamente como negro, estaria assim, no seu
entendimento, fugindo da maldade, fruto da ignorância humana. Quando indagado também sobre sua idade, se tinha vivido mesmo 138 anos, Pai César disse não ter certeza, fato compreensível, como esclarece o Codificador, visto que os negros não possuíam naqueles tempos registro civil de
nascimento, sobretudo os oriundos da África, pelo que só poderiam ter uma noção aproximada da sua idade real.
A comunicação de Pai César certamente ajudou Kardec, em muito, a reforçar as suas teses contra o preconceito, o mesmo preconceito que o levou a fazer, dois anos depois, nas páginas da mesma “Revista Espírita”, em outubro de 1861, a declaração a seguir, na qual deixou patente
o papel que o Espiritismo teria no processo evolutivo da Humanidade, ajudando a pôr fim na escuridão que ainda subjuga mentes e corações: “O Espiritismo, restituindo ao espírito o seu verdadeiro papel na criação, constatando a superioridade da inteligência sobre a matéria, apaga naturalmente todas as distinções estabelecidas entre os homens segundo as vantagens corpóreas
e mundanas, sobre as quais só o orgulho fundou as castas e os estúpidos preconceitos de cor.”

fonte: SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES ed. nº 2090 (19/04/2008)

Nota Mestre Azul:

Não obstante, é claro verificar o preconceito que existia da sociedade européia de fato na época do fato narrado. Não me surpreende também, o epiritismo, doutrina derivada da sociedade européia vigente daqueles tempos, e codificada por Kardec, a priori, ter qualquer preconceito com relação a espíritos que diferissem dos moldes por eles preconizados pela era européia contemporânea. Ora, não deveria sequer se dar tamnha ênfase nessa comunicação deveras ordinária por Kardec, haja visto que a única diferença, tratava-se pela origem humilde e racial do espírito comunicante. Seria de mesmo modo, como se a Umbanda se maravilhasse quando um espírito de um nobre europeu fizesse comunicação em uma de suas sessões. Saravá!


Em entrevista com “Pai César” que havia sido negro e escravo, Kardec constata  que o mesmo Guarda sentimentos de tristeza e que não gostaria de reencarnar como negro naquele contexto.
Esta é uma diferença crucial entre a identificação de determinada encarnação como escravo e suas reminiscências e o “preto velho” que representa aquele que venceu o sofrimento, não está apegado ao mesmo mas transcendeu e está acima das relações raciais. “Preto Velho” representa a sabedoria do velho, do ancião e o ser “negro” num pais historicamente racista denota que esta sabedoria não é propriedade de grupo algum muito menos de títulos formações, faculdade e diplomas. Esta sabedoria vem por meio da “Escola da Vida”
A única escola que realmente ensina, pois as demais orientam, só a vida ensina.
“Preto Velho” é um grau adquirido por espíritos que se tornaram Mestres nesta Escola.
Voltam para nos ensinar, e em sua forma de apresentação, em seu linguajar, já nos dão dicas preciosas e silenciosas sobre onde estão os valores desta Escola.
A forma em detrimento da forma, a identidade que revela anonimato, a velhice como sabedoria e o silencio como humildade...
Preto Velho chega a ser uma figura “mitológica” moderna quando avaliamos o valor dos mitos e arquétipos, a influencia dos mitos do herói (caboclo) e do sábio (preto velho) assim como do “trikster” (exu). São fundamentais para a compreensão “cognitiva” de nossa realidade, a linguagem simbólica, metafórica e arquetípica é um dos recursos mais fortes e poderosos para ensinar além das palavras e do “nível de conhecimento” de cada um.
A forma de apresentar-se evoca e invoca contextos de valores muito mais profundos que nossos discursos vazios sobre quem você foi em outra vida ou qual seja a nossa doutrina...
Forma Plasmada é “Doutrina de Impacto” ou seja um choque para o arrogante, soberbo e petulante, ter de pedir benção, ajuda e proteção ao “Preto Velho” ou ao “Caboclo”.
Para além da intelectualidade está o efeito doutrinário do contexto dentro de um universo mágico, O Universo Umbanda.
Voltando as palavras de Divaldo:
Devemos considerar que estas palavras são pura diversidade de opinião, erro ou engano doutrinário, de uma interpretação espirita com relação a um valor, símbolo, Umbandista?
Divaldo é ignorante (de nossos valores), preconceituoso ou
suas palavras devem ser válidas dentro do contexto espirita (“kardecista”)?
Até quando vamos ouvir pessoas tão respeitáveis, notórias, formadores de opinião, lideres, mestres, escritores... rotulando e interpretando nossos valores a revelia?
O que podemos fazer?
Para falar sobre os valores de certa religião devo conhecê-la e ouvir como seus adeptos explicam seus fundamentos.
Devo ler seus livros sagrados, acompanhar sua liturgia e me esforçar em ouvir e respeitar como o “outro” explica a sua religião.
Não explico os santos na igreja católica pelo sincretismo de Umbanda.
Não explico a Mitologia Nagô Yorubá por meio do conceito Umbandista.
Não explico o porque do copo de água no espiritismo por meio da Magia dos Elementos.
Não Explico os gênios bons e maus do Islã (sufismo) por meio da direita e esquerda da Umbanda.
Não explico o puja hindu por meio da gira de Umbanda.
Não explico a manifestação pentecostal por meio da incorporação de caboclo.
Não explico a magia da cabala hebraica por meio do ponto riscado...
“Eu” não posso explicar o “outro”.
Posso apenas ouvi-lo e procurar entender ou não.
Quem explica a Umbanda? 
Não é o não-umbandista que explica a Umbanda,
São os umbandistas que devem explicá-la,
Ao não-umbandista cabe tentar entender, mas não tentar explicar o que não é seu.


         Frente a atual “Diversidade” e liberdade de opiniões dentro o todo a que chamamos Umbanda, em minha opinião se faz necessário e urgente abordar Umbanda pela base comum, pela Unidade, em seus fundamentos universais.
Valores de Base que servem à Unidade Comum da Religião esta que lhe dá identidade.
Qual é a Unidade da Umbanda?
O que é a “Umbanda” para além das “Umbandas”?

Creio que a Unidade é:
“A Manifestação do Espirito para a Prática da Caridade”;
“Aprender com quem sabe mais e ensinar a quem sabe menos”;
“Amor e Caridade”
(Caboclo das Sete Encruzilhadas)

“A Escola da Vida”;
“Coisa Séria para gente Séria”
(Caboclo Mirim)

Religião Brasileira do Caboclo e do Preto Velho;
Religião Inclusiva que absorveu valores diversos;
Religião Mediúnica, Sincrética, Mágistica e Caritativa.

Anunciada e Praticada Historicamente
Por um jovem de 17 anos incorporado por Frei Gabriel de Malagrida...
Assumindo para si a identidade de Caboclo das Sete Encruzilhadas.
         Assim como tantos outros assumiram as identidades de Caboclo, Preto velho...
Por opção e não por falta de opção, tenha sido ou não sua identidade carnal.
         Se temos uma base, uma unidade, “já há muito estabelecida” para não dizer “codificada”, pois muitos crêem que esta palavra implica estar escrita e engessada.
Então porque tantos insistem em nos interpretar a partir de seus pontos de vista, limitados a suas culturas e/ou credos.
Porque simplesmente não nos perguntam e respeitam nossa resposta a cerca de nossos valores e liturgia?
Assim como respeitamos os valores alheios.
Mas... E sempre tem um “mas”; por outro lado:
Quantos de nós está pronto para responder, argumentar e formar opinião?
O que é preciso para uma mudança de paradigma na sociedade com relação aos nossos valores?
Como fazer a tomada de conhecimento ao senso comum de nossos fundamentos?
O que falta para o “Povo” compreender e respeitar nosso universo religioso?
Talvez a resposta não esteja fora e sim dentro...
Vamos fazer nossa parte... de dentro para fora...
Somos todos formadores de opinião, sem exceção...
Antes de reclamar tanto da ignorância alheia vamos buscar o conhecimento, fundamento e esclarecimento interno.
O respeito deve começar de dentro para fora, quem quer respeito deve se dar ao respeito...
Temos responsabilidade direta no que a sociedade ou parte dela pensa sobre nós e nossos valores...
Só depende de nós, nos prepararmos melhor para preparar... melhor.

“Umbanda Tem Fundamento, É Preciso Conhecer”

Por: Alexandre Cumino

Os Orixás e os Sítios Vibracionais



Os Orixás são aspectos da Divindade, altas vibrações cósmicas que se rebaixam até nós, propiciando a apresentação da vida em todo o Universo.

Cada um dos Orixás tem peculiaridades e correspondências próprias na Terra: cor, som, mineral, planta regente, elemento, signo zodiacal, essências, ervas, entre outras afinidades astro-magnéticas que fundamentam a magia na Umbanda por linha vibratória.

Encontraremos nos sítios vibracionais dos orixás sempre os três reinos: animal, vegetal e mineral.

Os sete sítios vibracionais principais são: mar, praia, rio, cachoeira, montanha, pedreira e mata, os quais descrevemos a seguir.

Mar: tudo no mar é movimento. Seu incessante vai e vem é a própria pulsação da vida, com sua expansão e contração, cheia e vazante, levando tudo o que é negativo, transformando- o e devolvendo convertido em positivo. Seu próprio som expressa essa possante e magnífica transformação.


Praia: tem praticamente a mesma composição do mar, sendo condensadora, plasmadora, fertilizante e propriciatória. Faz um potente equilíbrio elétrico, desimpregnando, descarregando excessos e promovendo o equilíbrio da energia interna do indivíduo.


Rio: condutor, fluente, sem ser condensador, faz as energias fluírem, e também vitaliza. É muito importante numa purificação astro-física do indivíduo e na eliminação da energia interno do indivíduo.


Cachoeira: encontramos elementos coesivos das pedras (mineral) e água potencializada na queda da cachoeira, que produzem ou conduzem várias formas de energia. Como as águas fluem num só sentido, purificam, descarregam, vitalizam, equilibram e fortalecem o indivíduo como um todo (no físico-etérico) .


Pedreira: reestrutura a forma, regenera, fixa, condensa, plasma e dá resistência mental, astral e física ao indivíduo.




Mata: condensa prana (energia vital), restabelece a fisiologia orgânica, principalmente a psíquica, fortalece a aura, o campo astral, o eletromagnetismo, a saúde, o mediunismo, plasmando forças sutis.




Montanha: mesmo procedimento acima, havendo predominância dos elementos eólicos.







Fonte: Umbanda Pé no Chão, pelo Espírito Ramatis – Médium: Norberto Peixoto.

domingo, 1 de maio de 2011

Desenvolvimento Mediúnico e Comprometimento Mediúnico


COMPROMETIMENTO MEDIUNICO

Desenvolver a mediunidade na Um­banda é algo considerado de gran­de responsabilidade.

O mé­dium que vai se desenvolver irá lidar com vidas humanas, muitas vezes, em momentos de dor e perdas,
outros em conflitos existenciais e questionamentos de valores.

Este médium para exercer mini­ma­mente bem sua atividade mediúnica diante da responsabilidade assumida deve ter ao menos comprometimento com o compromisso assumido ou que pretende assumir. Podemos chamar de “Comprometimento Mediúnico”.

Se a tarefa mediúnica não é priori­da­de em sua vida,
então podemos con­cluir que dificilmente realizará um bom trabalho para si e para os outros, pois, não basta ter o fenômeno de incorpo­ração e deixar que um espírito faça tudo e assuma todas as responsabilidades como se este trabalho não dependesse também de uma parceria entre o médium e seus guias que necessitam dele para trabalhar e vice-versa.

Sem comprometimento o trabalho espiritual fica para segundo plano:

Vela de anjo da guarda, banhos, firmezas, orações e verdades ficam para trás.

Quando se dá conta já não consegue mais ter a freqüência desejada no com­promisso assumido.
        
Quando chega a este ponto, de dar desculpas a si mesmo e aos outros por suas faltas, temos um sinal de alerta.

Talvez, este médium deva voltar a assis­tência durante um período para pensar melhor se quer apenas poder vir de vez em quando ao terreiro ou assumir um compromisso consigo mesmo e com a espiritualidade.

Se pretende freqüentar esporadi­camente o templo de Umbanda, basta estar na consulência e dar passagem a seus Guias quando houver esta liberdade ou mesmo recebê-los em sua casa para que seus Mentores lhe dêem uma orien­tação pessoal no caminho a seguir e como lidar com a situação. Precisamos ouvir nossos Guias an­tes de esperar que os outros os ouçam.


Somos médiuns para oferecer o dom a quem necessita, para recebermos e buscar algo nossa posição é de con­sulente; aquele que mais pretende oferecer que receber é médium, aquele que pretende mais receber que ofe­re­cer é consulente. Mas há de convir que o médium é o primeiro a receber os be­nefícios do convívio com as entidades espi­rituais. Pois tudo de bom passa por ele enquanto as cargas negativas, emo­ções e dores se descarregam sem per­manecer nele mesmo.

A oportunidade de aprendizado ou­vindo as dores alheias são únicas e po­dem transformar sua vida. Assim como uma palavra certa pode salvar vidas, uma palavra errada pode destruir vidas e aí está a grande respon­sabilidade mediúnica.

Melhor uma entidade “muda” a outra que no seu afã “de ajudar” possa falar “demais” ou “além da conta”, sem entrar no mérito de “bobagens” ditas acerca da vida, dos costumes ou valores de quem se encontra na dor ou numa en­cruzilhada da vida.

Comprometimento mediúnico é comprometimento com a vida, o descomprometimento mediúnico denota descomprometimento com a vida, um alto enganar-se, auto sabotagem ou simplesmente um sinal de que, talvez, pode ser, que o seu caminho seja em outro lugar, o que pode ser na mesma religião ou outra religião. E ninguém pode saber esta resposta a não ser você mesmo com a força do seu coração e do seu ser junto ao “eu superior” e Deus.

Escrevi estas linhas para meus irmãos, filhos, do terreiro/templo – escola Pena Branca, mas creio que embora esteja carregado de alguns conceitos locais (restritos a este Templo) ofereço a todos como uma reflexão sobre o compromisso e o comprometimento mediúnico.

Não se engane, não se melindre, nem busque muletas emocionais para se colocar na posição de perseguido ou
discriminado. Num trabalho espiritual não há “patinho feio” todos tem o mesmo valor e fazem parte  do mesmo todo. Cabe a cada um reconhecer onde deve se melhorar, no entanto não nos cabe buscar onde o outro deve melhorar, só nos cabe aceita-lo, desde que suas atitudes não coloquem em risco o trabalho do grupo.

Só ao dirigente espiritual cabe esta responsabilidade, que é ENORME, pois assim como uma palavra errada à um consulente pode criar um problema em sua vida e derrubá-lo por mecanismos de sua própria mente ,que ainda não foi “burilada” (no sentido psicológico e não iniciático), por falta de maturidade, da mesma forma uma troca de informações e impressões desencontradas entre médiuns, de uns a cerca dos outros, pode levar ao afastamento temporário ou permanente daquele que recebeu critica errada na hora errada ou simplesmente uma instrução não adequada, com relação a si, seu comportamento ou a condição
Mediúnica dentro de tal templo.

Da mesma forma médiuns que se melindras e acreditam que merecem mais atenção, médiuns que crêem que só eles estão com a razão e todos errados, médiuns que descarregam seu emocionais desequilibrados durante um trabalho mediúnico ou que buscam dentro do grupo a posição de vitima para chamar a atenção, da mesma forma como foram condicionados em seus lares, escolas, ambiente de trabalho ou na sociedade em geral, precisam antes de assumir a responsabilidade de incorporar uma entidade para tratar e ouvir aos outros... Ele precisa antes cuidar de si mesmo, aprender a aceitar-se mais, perdoar-se e perdoar aos que lhe machucaram durante o processo de crescimento.

Crescer dói, mas não há dor que não termine e melhor sentir a dor num processo de transformação para melhor e curar-se, aceitando seus próprios erros, independente da vida tê-lo feito sofrer, do que  alimentar anos de dor calcada numa posição de vitimização.

Hoje um dos assuntos mais em alta é a questão do “Buling” nas escolas e todos nós que somos Pais sofremos junto e sabemos o drama e traumas do “Buling”, pois quem não sofreu “Buling” em algum momento da vida escolar assistiu alguém vítima de “Buling” e pode observar como seu comportamento ficou alterado, como a criança muitas vezes vai se tornando reclusa e fechada com receio de se expressar e ser notado pelos agressores.

Em muito momentos da vida carregamos esta “Síndrome de Buling”, assim como muitos foram “abusados”, outros foram expostos ao ridículo de várias formas, ou simplesmente foram desacreditados de si mesmos... Assim como todas as outras dores
Estas também devem ser curadas.

No entanto se nos oferecem muitas ferramentas para nossa cura e não houver uma vontade sincera de curar-se podemos nos acomodar e com o tempo passar a crer que toda critica mesmo que construtiva foi escrita e endereçada a nós:

“Foi colocado para todos lerem ou dito para todos ouvirem, mas no fundo ‘eu’ sei que era para mim...”

Bem as vezes é mesmo, não é?

As vezes não, via das duvidas o melhor é dar o nosso melhor
Mediunicamente, respeitar a casa que nos acolhe e os irmãos que estão no mesmo “barco”, assim só nos resta a consciência tranqüila de um trabalho silencioso...

Um grande abraço,
Axé
Que Oxalá nos abençoe

Alexandre Cumino


Texto Complementar Cicatrizes:


Cicatrizes
Autor Desconhecido

Há alguns anos, em um dia quente de verão, um pequeno menino decidiu ir nadar no lago que havia atrás de sua casa. Na pressa de mergulhar na água  fresca, foi correndo, deixando para trás os sapatos, as meias e a camisa.  Voou para a água, não percebendo que enquanto nadava para o meio do lago, um jacaré estava deixando a margem e entrando na água.

Sua mãe, em casa, olhava pela janela enquanto os dois estavam cada vez mais perto um do outro.  Com medo absoluto, correu para o lago, gritando para seu filho o mais alto quanto conseguia. Ouvindo sua voz, o pequeno se alarmou, deu um giro e começou a nadar de volta ao encontro sua mãe.  Mas era tarde.

Assim que a alcançou, o jacaré também o alcançou.

A mãe agarrou seu menino pelos braços enquanto o jacaré agarrou seus pés.  Começou um cabo-de-guerra incrível entre os dois.  O jacaré era muito mais forte do que a mãe, mas a mãe era por demais apaixonada para deixá-lo ir... Um fazendeiro que passava por perto, ouviu os gritos, pegou uma arma e disparou no jacaré.

De forma impressionante, após semanas e semanas no hospital, o pequeno menino sobreviveu.  Seus pés extremamente machucados pelo ataque do animal, e, em seus braços,  os riscos profundos onde as unhas de sua mãe estiveram cravadas no esforço  sobre o filho que ela amava.

Um repórter de jornal que entrevistou o menino após o trauma, perguntou-lhe se podia mostrar suas cicatrizes.  O menino levantou seus pés.  E então, com óbvio orgulho, disse ao repórter: “Mas olhe em meus braços.  Eu tenho grandes cicatrizes em meus braços também.  Eu as tenho porque minha mãe não deixou eu ir.”

Você e eu podemos nos identificar com esse pequeno menino. Nós também temos muitas cicatrizes. Não, não a de um jacaré, ou qualquer  coisa assim tão dramática, mas as cicatrizes de um passado doloroso, algumas daquelas cicatrizes são feias e causam-nos profunda dor.  Mas, algumas feridas, meus amigos, são porque DEUS se recusou a nos deixar ir.

E enquanto você se esforçava, Ele estava lhe segurando. Se hoje o momento é difícil, talvez o que está te causando dor seja Deus cravando-lhe suas unhas para não te deixar ir, lembre-se do jacaré e, muito mais, d’Aquele que mesmo em meio a tantas lutas nunca vai te abandonar e certamente vai fazer o que for necessário para não te perder, ainda que para isso seja preciso deixar-lhe cicatrizes.



Este texto não foi escrito para ninguém em especial, ele é dedicado a todos inclusive a mim também.

Por Alexandre Cumino

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