As entidades na umbanda tem como função trazer as mensagens, a vontade e a força dos Orixás, e assim de Deus, e são os espíritos que chamamos de guias e protetores. Isto quer dizer que estes espíritos deverão possuir uma vestimenta, uma roupagem fluídica para que possam se manifestar em terreiros.
Por ser uma religião espiritualista e mediúnica, seus ritos são sempre conduzidos diretamente ou indiretamente por espíritos desencarnados. Mas na Umbanda os espíritos mentores, chamados de guias, sempre deverão pertencer a uma falange, ou seja a um agrupamento de entidades que escolhem uma determinada forma para se apresentarem.
Essa roupagem fluídica e simbólica é fundamental na Umbanda. Um espírito para se manifestar, enquanto guia, deverá abrir mão de sua individualidade, ou seja, abrir mão de seu nome do seu EU, de sua identidade enquanto um ser para ser um falangeiro.
Dizemos que a Umbanda é fundamentada em um tripé essencial, que são as formas de apresentação (essenciais), sem as quais não se pode falar em Umbanda, e isso é unânime.
Pretos-Velhos, Caboclos e Crianças formam o essencial da Umbanda. Significando o desenvolvimento da vida, ou seja o início da vida, a pureza e a simplicidade, a descoberta (infância = crianças), o amadurecimento a virilidade o destemor, a vontade e o arrojo, a força (adulto = caboclo) e o amadurecimento, a sabedoria da vivência, a humildade de quem já viveu muito, a experiência e o conhecer das outras fases (velhice = pretos-velhos).
As formas de apresentação significam a nossa vida, e dão conta de todos os problemas de nossas existências. Isso sem falar nos Exus e Pombagiras que completam o que podemos chamar de formas de manifestação primordiais e essenciais de qualquer terreiro de Umbanda.
Por vários motivos com o passar do tempo outras formas de apresentação foram se formando na Umbanda, são o povo do Oriente, os baianos, os boiadeiros, os ciganos e os marinheiros. Estas formas de apresentação, muitas vezes chamadas de povos auxiliares, ou formas auxiliares de apresentação, têm funções e missões distintas, mas sempre subordinadas ao tripé essencial (pretos-velhos – caboclos – crianças) e assim aos Orixás.
A diferença entre as linhas e as formas de apresentação:
Muitos locais se fala linha de caboclos, linha de pretos-velhos, linha do povo d’água, linha do oriente, e assim por diante.
Acreditamos é que há uma confusão sobre formas de apresentação, ou seja, como as entidades vão se manifestar, que roupagem fluídica se apresentarão e as linhas de Umbanda.
Por linhas entendemos as qualidades, a força de trabalho, as especialidades de trabalhos dos Orixás. Por formas de apresentação entendemos a maneira pela qual os espíritos irão se manifestar.
Deus Seja Louvado, Para Sempre Seja Louvado...
Que Zambi nos abençoe.
Denis Sant'Ana .'. \|/
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