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Amigos da Umbanda!!! Saravá aos Pretos Velhos e Pretas Velhas!!!!!!!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Cultura Umbandista


Toda a pessoa que escuta esta frase:

"Você tem que vestir branco, e precisa desenvolver a sua mediunidade".

Pronto! Aí vem o medo e ao mesmo tempo a ansiedade, imaginando-se vestido de branco e já incorporando "seus guias", ele julga que após poucas semanas já estará apto a "trabalhar" dando "consulta"...

Será que é só colocar o médium "novo" no meio da gira e girar?
Ou será que ele precisa primeiro de atenção, carinho, ajuda e esclarecimento neste momento único e delicado de transição dos seus valores religiosos, e principalmente de doutrina, acrescido de tempo e humildade de ambos os lados, seja do dirigente para com o filho pequeno (que nasce para a espiritua­lidade) e precisa ser cuidado com amor.
Ou por parte do filho que precisa de conhecimento e isto só é conseguido através do estudo, movido pela paciência, humildade e fé, pois só assim conseguirá de fato ser um filho de fé da Umbanda Sagrada.
Como as giras de desenvolvimento fazem parte deste processo mediúnico comentarei sobre os recursos rituais:
atabaques, cantos, defumações, danças, roupa branca, etc...

Defumações:
descarregam o campo mediúnico e sutilizam suas vibrações, tornando-o receptivo às energias de ordem positiva. Ela é essencial para qualquer trabalho num terreiro, pois certas cargas se juntam (agregam) ao nosso corpo astral durante nossa vivência cotidiana, ou seja, pensamentos e ambientes de vibração pesada, rancores, preocupações, pen­samentos negativos, etc, tudo isso produz (ou atrai) certas formas-pensamento que se aderem ao nosso campo eletromagnético, bloqueando transmissões energéticas. Pois bem, a defumação tem o poder de desagregar estas cargas, através dos elementos ar, fogo e vegetal que a compõe, pois interpenetra o campo astral, mental e a aura, tornando-os novamente "libertos" de tal peso para produzirem seu funcionamento normal.

Palmas:
Se cadenciadas e ritmadas, criam um amplo campo sonoro cujas vibrações agudas alcançam o centro da percepção localizada no mental dos médiuns. Com isso, os predispõem a vibrarem ordenadamente, facilitando o trabalho de reajustamento de seus padrões magnéticos.

Cantos:
a Umbanda recorre aos cantos ritmados que atuam sobre alguns plexos, que reagem aumentando a velo­cidade de seus giros. Com isso, captam muito mais energias etéricas, que sutilizam rapidamente todo o campo mediúnico, facilitando a incorporação. Os pontos cantados são uma das primeiras coisas que afloram a quem vai a um terreiro de Umbanda pela primeira vez. Os pontos canta­dos são, den­tro dos ri­­tuais, um dos aspec­tos mais im­por­tantes para se efetuar uma boa gira. São louvações e orações canta­das, para chegada dos Orixás e guias, tam­bém para descarga e limpeza fluí­dica, bem como para a subida dos Orixás e guias. Um verdadeiro ponto cantado nos atin­ge lá den­tro do coração e da emo­ção, nos trazendo paz, fé, pela pureza e firmeza desses pontos maravilhosos.

Atabaque:
As vibrações sonoras têm o poder de adormecer o emocional, estimulando a sensibilidade, modifi­can­do as irradiações energéticas, atuando sobre o padrão vibratório do médium, após esta mudança o mentor aproveita esta facilidade e adentra no campo ele­tromagnético, igualando-se ao padrão e fixando-o no mental de seu médium, direcionadamente. Em pouco tempo o médium, entra em sintonia magnética para a incor­poração.
Existem vários tipos de toques:
- o suaves e cadenciados (renovação afetiva e amorosa);
- o vibrantes (descarrega);
- oS sons alegres (predispostos ao bom humor)

Danças:
A Umbanda recorrem às "danças ri­tuais" pois, durante seu transcorrer, os médiuns se desligam de tudo e se concentram intensamente numa ação onde o movimento cadenciado facilita seu en­volvimento mediúnico. Nas "giras" (danças rituais), as vibrações médium-mentor se ligam de tal forma, que o espírito do médium fica adormecido, já que é paralisado momentanea­mente. No princípio, o médium sente ton­turas ou enjôos, mas estas reações cessam se a entrega for total e não houver tentativa de comandar os movi­mentos, já que seu mentor quem o comandará. Nada é por acaso. Se o ritual de Umbanda optou pelo uso de atabaques, cantos e danças ritual, há todo um comando pelos senhores do alto dando amparo e sustentação.

Roupa Branca:
O branco é a cor de Oxalá, que é o regente da Fé, da religiosidade dos seres da pureza, da humildade, da benevolência, da paciência da fraternidade da união e da caridade...
O simbolismo da veste branca é bem visível, além de permitir uma uniformidade na apresentação do corpo mediúnico. Mas, se alguém se veste de branco e assume o grau de médium, dele também se exige que purifique seu íntimo, reformule seus conceitos a respeito da religiosidade e porte-se de acordo com o que dele esperam os Orixás Sagrados, pois estes que o ampararão daí em diante. O fato é que a Umbanda como uma religião possui seus próprios rituais ,suas próprias característica, e suas práticas. Desenvolver a mediunidade não significa dar algo a quem não está habilitado para recebê-lo, mas sim, em habilitar alguém a assumir conscientemente o dom com o qual foi ungido.

Saravá Umbanda!

MÔNICA BEREZUTCHI

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