Os fatores dos Orixás qualificam os seres acolhidos por eles no primeiro instante de vida fora de Deus e dão a cada um uma natureza e uma personalidade que individualizaram o ser e permitiram que dessa forma, individualizados, iniciem suas evoluções e a abertura de todo o código genético divino que ira dotar cada um com faculdades mentais específicas que, no decorrer dos tempos se transformaram em dons.
Esses dons desenvolvidos ao longo do tempo são regidos por dentro pelo orixá ancestral da pessoa e são regidos por fora pelos outros Orixás que participaram ativamente na abertura deles.
A abertura de faculdades mentais é um processo lento e que precisa ser amparado e regulado continuamente se não a faculdade que esta sendo aberta foge de controle e sofre distorções que prejudicaram a evolução do ser.
A abertura das faculdades mentais é feita por vibrações divinas emitidas pelos Orixás que denominamos aqui na terra como orixá de frente e adjunto.
Mais do que conduzir à religiosidade de uma pessoa a função desse par de Orixás é regular a abertura de faculdades do ser.
Com isso entendido é preciso que o médium compreenda a real função desse par de Orixás em sua vida e estudando-o e aprendendo sobre suas funções divinas na criação perceba o rumo que foi dado na sua vida quando reencarnou pois e muito comum as pessoas entenderem a ação desse par unicamente a partir da interpretação desenvolvida aqui na terra e dentro da Umbanda. Ex: alguém que tenha Ogum como seu orixá de frente pode pensar e até acreditar que sua função como médium e trabalhar o tempo todo no campo das demandas cortando-as da vida de quem esta sendo demandada.
Mais isso não é verdade, pois Ogum, mais do que cortar demanda, atua reordenando os procedimentos dos seres, realinhando-os com a sua irradiação divina regida pelo seu ancestral e também atua intensamente no desenvolvimento intimo do caráter e do senso de moralidade das pessoas.
A atuação de Ogum dentro da Umbanda ficou limitada quase que unicamente a cortar demandas, fato esse aludido em quase todos os pontos cantados já feitos para ele, com a maioria dos médiuns desconhecendo suas milhares de outras funções tão importante quanto essa, mas que são tão importante para o equilíbrio e a evolução dos seres que é preciso voltarmos nossa atenção para elas uma vez que Ogum corta demandas mas também aperfeiçoa e depura o caráter e a moral dos seus filhos assim como, por ser o potencializador divino da potencia ou força interna a todas as outras faculdades dos seres. Ex: a faculdade regida por Oxalá é que desperta no intimo dos seres a religiosidade, quando esta enfraquecida mostra na pessoa uma falta de fé, de confiança, de perseverança e Oxalá não tem como repotencializar essa faculdade enfraquecida.
Então ele recorre a Ogum para que esse re-potencialize essa faculdade regida por ele, pois assim que isso for feito a pessoa que esta com seu sentido da fé enfraquecido volte a crer, confiar e perseverar no seu aperfeiçoamento e aprimoramento através do senso de religiosidade.
Essa ação que é repotencializadora é atribuição de Ogum na criação não esta ligada a cortar demandas, e sim devolver a força interior de uma pessoa que enfraqueceu-se a partir de decepções intimas acontecidas a partir de sua religiosidade.
Mais esta que é uma função importantíssima para os seres não é a única que Ogum realiza e sim é só mais uma entre outras milhares de funções realizadas simultaneamente por ele na vida de milhões de seres.
Conclusão: é importante para o médium conhecer um pouco mais sobre cada um dos Orixás e principalmente sobre os que formam o seu triangulo de força, pois a partir desse conhecimento sobre ele perceberá que os rumos divinos para a sua encarnação passam por eles e não tem como fugir deles porque o resultado será desfavorável ao médium.
Comecemos por conhecer os Orixás a partir de seus fatores originais:
Oxalá – fator magnetizador
Oya – fator cristalizador
O fator magnetizador de Oxalá tem por função qualificar tudo e todos a partir dos seus magnetismos íntimos.
O fator cristalizador de Oya tem a função de dar forma final a tudo e a todos dando-lhes estabilidade.
Oxum – fator conceptivo
Oxumaré – fator renovador
O fator conceptivo de Oxum tem por função conceber na vida dos seres tudo que é necessário para suprir suas necessidades intimas.
O fator renovador de Oxumaré tem a função de renovar o que já envelheceu ou perdeu sua função original na vida do ser.
Oxóssi – fator expansor.
Obá – fator concentrador
O fator expansor de Oxóssi tem por função expandir tanto uma faculdade mental de um ser quando o campo dentro do qual ele esta evoluindo.
O fator concentrador de Obá tem por função tanto de concentrar uma faculdade mental que tornou-se dispersiva quanto de afixar o ser em um único campo para que ele se reequilibre e redirecione sua evolução.
Xangô – fator racionalizador
Egunitá – fator energizador
O fator racionalizador de Xangô tem por função de desenvolver no intimo dos seres a razão ou senso que diferencia o que é certo e o que é errado.
O fator energizador de Egunitá tem a função de alimentar energeticamente todas as faculdades mentais em equilíbrio.
Ogum – fator ordenador
Iansã – fator direcionador
O fator ordenador de Ogum tem a função de ordenar ou por em ordem tudo e todos colocando cada coisa no seu devido lugar.
O fator direcionador de Iansã tem a função de direcionar a tudo e a todos na criação encaminhando cada um para o seu lugar.
Obaluaiê – fator transmutador
Nanã – fator decantador
O fator transmutador de Obaluaiê tem a função de transmutar as coisas e os seres apartir dos seus íntimos e dos magnetismos individuais sem alterá-las externamente.
O fator decantador de Nana tem a função de decantar ou remover dos seres e das coisas criadas tudo o que esta prejudicando e paralisando suas evoluções.
Iemanjá – fator criacionista
Omulú – fator estabilizador
O fator criacionista de Iemanjá tem a função dotar os seres de faculdades criadoras possibilitando-lhes a criação das condições ideais para melhor evoluírem.
O fator estabilizador de Omulú tem a função de dar estabilidade ao que vai sendo criado a volta dos seres para que possam evoluir em paz, harmonia e equilíbrio.
Entre os muitos fatores de cada um dos Orixás acima citados esses são os que mais facilmente os definem porque se pegarmos os sinônimos de cada um desses quatorze fatores teremos uma lista de funções realizadas por eles o tempo todo em nosso beneficio.
É preciso que no estudo dos Orixás tenhamos um ponto de partida para compreender melhor suas funções na criação e na vida dos seres, porque elas são as mesmas que temos que desenvolver em nosso mental e torná-las dons do nosso espírito uma vez que o que esta em Deus esta nos Orixás e tem que estar em nós, pois só assim estaremos alinhados com eles e nos tornaremos extensões deles aqui na terra para melhor auxiliarmos os nossos semelhantes.
A nossa ancestralidade não é só um referencial para nos compreendermos mas sim é também um indicador do rumo que devemos dar para a nossa evolução reproduzindo cada vez mais as qualidades do nosso Ancestre em nós e colocando-as em ação para sermos úteis aos nossos semelhantes e tornarmo-nos com o passar do tempo em manifestadores espirituais das funções divinas do nosso regente pois é isso que distingui um sacerdote aqui na terra.
Ele tem na sua função sacerdotal o dever de transmitir para as pessoas que procuram uma mensagem direcionadoras dela; estabilizadoras de suas vidas; reordenadoras dos seus procedimentos; transmutadoras dos seus sentimentos; racionalizadoras do seu emocional desequilibrado; renovadora da sua fé em Deus; concebedora de novas expectativas do ser; etc.
Fator e função são sinônimos e a partir de um chega-se ao outro, fornecendo-nos uma melhor compreensão dos Orixás, que no nível mais elevado da criação são mistérios manifestados pelo Divino Criador Olorum/Zambi e dele são indissociados.
A nível Terra a compreensão dos Orixás passa pelo conhecimento sobre seus campos de trabalho religioso.
Mas, no nível mais elevado da criação eles são divindades que em si mistérios que atuam sobre toda a criação, atuando sobre tudo e todos, mesmo que quem não os cultue disso não tenha consciência.
Nosso egocentrismo humano tanto nos induz a crer que Deus é só nosso ou só exista para nós, particularizando e dando-lhe “feições” humanas. E o nosso tendemos a fazer com os Orixás.
Isso não é verdade e o mesmo Deus que criou esse nosso Planeta criou todo o Universo.
E o mesmo Deus que nos criou, criou incontáveis outras classes de seres espirituais não encarnantes, assim como criou todas as outras espécies que também encarnam nesse nosso Planeta.
Assim como nós somos influenciados pelos fatores ou energias vivas dos Sagrados Orixás, tudo e todos são influenciados por eles.
É por isso que toda pessoa seguidora de outra religião, mesmo que ele não saiba ou não queira, ainda assim vive e evolui sob a irradiação de um Orixá de frente e de um Orixá adjunto ou “juntó”.
Esse triângulo de forças independe da vontade das pessoas ou dos espíritos e não é invenção dos guias quando uma pessoa seguidora da outra religião se consegue com eles e detectam que ela esta com desequilíbrio nas suas “forças”, sendo necessário que façam oferendas para seus Orixás e suas forças espirituais.
Ter Orixás e guias ou protetores espirituais, todas as pessoas os tem.
- Incorporá-los, só quem possui a mediunidade de incorporação, incorpora.
- Aceita-los como algo natural na nossa vida, aí depende de cada um.
- Mas ser auxiliado por eles, todos somos, mesmo que disso não tenhamos conhecimento.
Salve Os Orixás...
Retirado: http://religiaoespirita.com/umbanda/
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