O dom da mediunidade é tão antigo quanto o mundo; os profetas poderiam ser considerados médiuns; Sócrates era dirigido por um espírito que lhe inspirava os admiráveis princípios da sua filosofia, pois ouvia sua voz interior; Joana D'arc foi guiada pela voz de Deus, seu grande mentor. O dom mediúnico está relacionado ao seu mentor. Deus quer que este seja o seu instrutor dos interesses da alma e que seu aperfeiçoamento moral se torne o que deve ser, ou seja, o começo, o meio e o fim da vida como seu objetivo, assim explicava Allan Kardec.
O espírito humano segue uma marcha necessária, a imagem da escala de todos os que povoam o universo visível e invisível e todo progresso chega à sua hora; uns antes do que os outros, auxiliados por mentores, sejam eles encarnados ou não, visíveis ou invisíveis. O mentor tem como principal função, a orientação usando o veículo intuição; por isso, o mais importante é confiar nela, respeitá-la e ter fé, assim você conseguirá antever o futuro e se preparar contra qualquer armadilha e outros imprevistos.
Mas quem são nossos mentores? Acima de tudo, Deus, Jesus Cristo e os anjos guardiões na maioria das religiões; para os espíritas, homens e mulheres de bem que já desencarnaram e se comunicam através de veículos como a psicografia, sempre com a intenção de orientar seus protegidos; para os umbandistas, os caboclos, preto-velhos e assim por diante, isso vai depender da religião que professa. E seu nome? Quando for permitido, ele dirá, não se preocupe, porém devemos desconfiar de certos nomes bizarros ou ridículos usados por seres inferiores; os espíritos de luz são escrupulosos no tocante as providências que podem nos aconselhar; dão conselhos perfeitamente racionais e toda recomendação que se afaste da linha reta e do bom senso ou das leis imutáveis na natureza, não é digno de confiança; o fim sempre será serio e útil. Já os espíritos maus sopram a discórdia e pérfidas insinuações.
Já o mentor físico, é aquele que orienta com conselhos, confere um novo ânimo para que todos sigam em frente quando tudo parece difícil. Ele não julga, porém, esclarece; essa é a sua função. Acompanha, ensina e fortalece o grupo no crescimento em todos os aspectos, tanto na vida pessoal como profissional. Sabe de tudo um pouco, mas não invade a privacidade; apenas mostra caminhos, oferecendo alternativas, pois já vivenciou na prática experiências que outros ainda não. Ele incentiva a comunidade a buscar a informação e conseqüentemente a obtenção de mais conhecimento e sabedoria, independente do grau de instrução que as pessoas possuem. Também conta com o apoio espiritual de seus mentores; porém, assim como nas escolas gnósticas ou de Sofia, para ocorrer esta aproximação, deve existir a afinidade, confiança e respeito entre o grupo e o mentor.
Nem todos podem ser mentores; se ele tem uma vida agitada ou não tem paciência para ouvir os problemas ou se a sua visão quanto às religiões for limitada, é improvável que o seja, pois isso requer dedicação integral ao próximo. Ter uma boa reputação e com isso um valor moral justo (saber a diferenciação entre o bem e o mal) e ético (ver o bem e o mal em relação ao outrem) também contribui para ser um mentor de qualidade. Além disso, deve ter prazer em orientar e não ter isso como obrigação. Aliás, para ele, sua máxima deve ser sempre: Deus é amor, amor é Deus.
Por: Monica Buonfiglio
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