Um longo estudo que demorou três anos para ser concluído, conduzido pela equipe do professor Sérgio Danilo Pena, da Universidade Federal de Minas Gerais, concluiu que o Brasil é, de fato, o país da miscigenação, onde há brancos que geneticamente são negros e negros que são geneticamente brancos.
A pesquisa, baseada nas leis da Genética, fundamentou-se na amostra de DNA de 247 brasileiros e teve o mérito de traçar, pela primeira vez, o retrato molecular de nosso país, em que a esmagadora maioria – 97% dos brasileiros – provém de um tronco paterno europeu, enquanto o tronco materno divide-se em três partes: européia (39%), ameríndia (33%) e africana (28%).
O resultado obtido pela equipe de pesquisadores de Minas Gerais confirma não só os dados que conhecemos relativamente à história do povoamento do Brasil, mas também as informações divulgadas por Humberto de Campos (Espírito) em sua monumental obra Brasil: Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, psicografada em 1938 por Francisco Cândido Xavier.
O colonizador branco, sobretudo o português, manteve relações tanto com mulheres brancas, quanto com africanas e ameríndias, fato que não ocorreu da mesma forma com o macho oriundo da África e com o indígena, restritos ambos à sua comunidade.
Diz Humberto de Campos, na obra citada, que a alma brasileira é, na expressão harmoniosa de um seus poetas mais eminentes, “a flor amorosa de três raças tristes”, e que isso não se deu por acaso.
Na formação da alma coletiva do povo que surgiria com o advento do descobrimento do Brasil, primeiro compareceram os simples de coração, os primitivos habitantes, que foram os índios; em segundo lugar, os sedentos da justiça divina, os portugueses, muito deles exilados de Portugal por ordem da Coroa; e, por último, os humildes e aflitos, os escravos oriundos da África. Eis aí, pois, segundo a ciência e segundo a revelação espírita, a origem de nossas mães queridas.
Editorial - O Consolador
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