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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Liberdade e Espiritismo


Liberdade e Espiritismo

Livro: Já Estava Escrito
Hélio da Silveira Pinto
Causa surpresa aos que desconhecem a nossa Doutrina quando se afirma que o espírita é uma pessoa totalmente livre.
Custam a acreditar que o espírita não tem deveres religiosos, que não existem no Espiritismo, cultos, sacerdotes, dogmas, ritos, liturgia, templos e (as vezes o que mais surpreende) hierarquia.
Admiram-se de não haver obrigações, de qualquer espécie, imposta aos seus seguidores.
O espírita é orientado quanto ao certo e o errado, é claro, pois estuda o Evangelho e aprende toda beleza dos ensinamentos de Jesus.
Aprende que devemos amar e respeitar o próximo. Jesus mesmo disse (Jo 13:35) que seus seguidores seriam conhecidos por muito se amarem uns aos ouros.
Conhece, o espírita, diversas leis de origem divina como a do Progresso, da Igualdade, da Liberdade (de consciência, o livre arbítrio, de justiça, de amor e de caridade).
Fica sabendo que o livre arbítrio é conquistado pelo próprio espírito a medida que vai evoluindo, moral e culturalmente. Sendo essas leis divinas é lógico que atentarmos contra elas de certa forma é um atentado a Ordem Divina.
Assim, o espírita não é proibido de nada, mas sabe que deverá arcar com a responsabilidade por todos os atos, conscientes, de desequilíbrio que praticar.
Que terá que reconstruir o que destruir, responder pelo mal praticado e harmonizar o que desarmonizar, etc.
É o que podemos chamar de liberdade com responsabilidade.
Esse direito a liberdade no Espiritismo é tão diferente do que se passa em outras correntes religiosas que é sempre bom falar nela. Seja para ensinar aos neófitos como para relembrar aos demais companheiros.
Isso é tão importante que nunca é demais tocar no assunto, para evitar que o esquecimento caia sobre essa lei divina.
Afinal, os homens hoje não diferem muito (talvez sejam os mesmos) dos que, no passado, foram, pouco a pouco, modificando o Cristianismo e daí resultando toda uma seqüência de criações de práticas diferentes das dos primeiros cristãos.
Cultos, hierarquia e tudo mais, já citados no início desse artigo, são elementos estranhos ao Cristianismo primitivo.
Daí surgiu todo um formalismo e as criaturas ficaram presas a ele. Tudo marcado, limitado, obrigatório.
Há um dia, hora, local e formas determinadas, palavras e gestos cabalísticos, para cumprirem seus deveres.
Após séculos e séculos dessa prática mecânica, surge a idéia de que basta presenciar ou participar de um determinado ato religioso e será alcançada a quitação dos compromissos das criaturas com o Criador.
Resultado desse equívoco é essa humanidade de religiosidade apenas aparente porque, na verdade, no íntimo, é profundamente materialista.
Veja-se a maioria das pessoas que só se lembram de Deus quando têm algo para pedir
.
Agradecer, às vezes, por algo alcançado.
Mas agradecer existir, ter a vida, ter a ajuda espiritual em horas que nem ficamos sabendo?
Isso nem pensar.
O espírita não deve agir dessa maneira.
Ele não vai ao Centro para cumprir um dever ou uma obrigação.
Não pode se sentir obrigado a participar dos trabalhos da casa espírita porque ele sabe que é livre.
Pelo mesmo motivo também não pode querer obrigar alguém a freqüentá-la. Se fizer estará errando. Não existe o você TEM que ir lá.
O leitor, que me honra com sua atenção, poderá estar pensando: mas eu conheço quem faz essas coisas, como que espírita não faz isso?
Eu não disse que não faz, eu disse que não deve fazer, é diferente.
Os ensinamentos são claros com relação ao espírito de tolerância e o conseqüente respeito ao livre arbítrio do próximo. Infelizmente nem todas as pessoas já conseguiram vencer as mazelas do passado, vivido dentro de outros princípios.
Há, também, muito de ignorância (nem todos estudam como deviam) além de vaidade e orgulho que levam certos companheiros a atitudes não aconselháveis de superioridade e de donos da verdade.
O espírita equilibrado não comete mais esses equívocos, como também não vê no dirigente de casa espírita ou organização alguém com a missão de padre, pastor ou até de guru, para resolver assuntos pessoais e nem como instrumento de intercessão junto a Deus.
Os verdadeiros espíritas (os que promovem a reforma íntima), podem ser conhecidos, como os seguidores de Jesus, por muito se amarem.
Para alcançar tão difícil meta (amar) é preciso iniciar o caminho desenvolvendo o espírito de tolerância. Jesus ensinou e praticou a tolerância.
Ela nos ensina a aceitar as pessoas como elas são e não como queremos que elas sejam.
Se queremos mudá-las (para melhor?
Ou para o nosso gosto?) então estamos sendo tolerantes.
É preciso também aceitar o chamado lado sombra (o não agradável) que todos temos, pois faz parte do todo.
A tolerância é um componente importante para a prática do amor e da liberdade pregada pelo Espiritismo.
É necessário, ao espírita, incorporar no seu comportamento aquilo que aprende na Doutrina. Vejamos algumas coisas referentes ao nosso tema.
Em "A Gênese" capítulo 1ª, item 13, vemos Kardec tecer comentários sobre a liberdade de pensamento dos espíritas. Ali Kardec ensina que o espírita tem o direito inalienável de chegar às suas próprias conclusões. Nem poderia ser diferente, se temos liberdade de ação é porque temos a de pensamento portanto a de opinião. Seria absurdo liberdade de ação impensada.
Kardec vai mais além, sabendo, porque é lógico, que a liberdade de opinião iria importar em conclusões diferentes e sabendo também que nem todos já atingiram àquele estágio de evolução espiritual que permite alta tolerância, com a aceitação do próximo como ele é e, lógico, como ele pensa, previu que surgiriam dissidências de opinião.
Como sempre equilibrado, ele apresentou, de pronto, o remédio para o problema.
Na obra "Viagem Espírita em 1862", muito pouco conhecida e muito menos lida, no Projeto de Regulamento para Grupos e pequenas Sociedades Espíritas diz (nota na alínea b do artigo 5):
"Em caso de dissidência aquele que crer estar com a razão deverá prová-lo por um espírito de maior caridade e maior benevolência. O lado errado será, evidentemente aquele que denegrir o outro e atirar-lhe a pedra".
Lembram a citação do Jo 13:35 relativa aos seguidores de Jesus? Quem ofende ama o ofendido? Logo...!
É claro que quem não respeita o direito do outro de usar as prerrogativas que lhe foram dadas por Deus e confirmadas por Jesus, Kardec e os Espíritos, está completamente equivocado.
O Espiritismo não aceita donos da verdade até porque a espiritualidade e Kardec ensinam que a Revelação Espírita é progressiva e não está completa em parte alguma.
Já pensaram como será agradável o mundo quando todos os homens se respeitarem e, assim, respeitarem a Deus através da Sua obra, o próprio homem?
Não sei como alguém pode pensar em agradar um pai agredindo um de seus filhos.
O mesmo raciocínio deve ser aplicado a Deus, o Divino Pai, em relação aos seus filhos.
O espírita em seu próprio benefício, quando mais nao seja para praticar a virtude da tolerância, deve respeitar a liberdade de todos.

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