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Amigos da Umbanda!!! Saravá aos Pretos Velhos e Pretas Velhas!!!!!!!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Por que Caboclos e Pretos Velhos?


 

Uma das incógnitas que ainda perduram, na Umbanda, é a verdadeira natureza dos Caboclos e Pretos Velhos.

Várias opiniões formaram-se a respeito dessas entidades que, através de uma linguagem simples, emitem, por vezes, conceitos que revelam o pensamento erudito de um mestre.

No decorrer de vários anos de convivência com os nossos Velhos e Caboclos, observando-lhes os trabalhos, auscultando opiniões sobre os problemas da vida terrena, notamos que o grau de conhecimento, de evolução varia muito.

Encontramos Pretos Velhos aparentemente apegados aos bens materiais, fazendo questão do “tôco” e do “pito” que não cedem a ninguém, aborrecendo-se com facilidade, reagindo como simples criaturas humanas.

Outros, porém, revelam no procedimento e nas palavras, no acatamento à disciplina imposta necessariamente pela direção espiritual dos trabalhos, a luz espiritual adquirida.

Uns e outros referem-se às senzalas, à vida passada na escravidão ou nas aldeias.

Se o freqüentador assíduo dos terreiros não procurasse o guia apenas para lhe expor as dificuldades da vida terrena, buscando somente o conselho para a solução mais fácil dos seus problemas materiais, teria ocasião de receber ensinamentos preciosos sobre a vida futura, as reencarnações, a necessidade de vencer, com o próprio esforço, a passagem difícil que se lhe apresenta e que será mais um grau conquistado na escola da vida.

Dizia José Álvares Pessoa que a Umbanda é, talvez, a única religião que se preocupa com os problemas materiais do homem.

Não por ser um culto materializado. Pelo contrário: percebendo como o ser humano premido pelas dificuldades que o seu próprio Carma conduz, se afasta do criador, quando a enfermidade, a falta de recursos financeiros, a desarmonia no lar se tornam mais poderosos que a sua crença, os dirigentes espirituais do nosso planeta organizaram um movimento destinado a dar ao homem o conforto, o conselho, a ajuda através dos quais poderá ser, ainda uma vez, reconduzido aos caminhos da fé.

Criaram-se legiões de missionários e para que mais facilmente fossem aceitos e compreendidos pelas classes menos favorecidas, assumiram a feição ainda mais simples, apresentando-se como escravos ou nativos.

Mas terão sido realmente, todos eles, pretos ou índios?

Sabemos que a pobreza e a humanidade não afluem na escala espiritual; a história da nossa pátria evidencia a lealdade, o caráter do índio brasileiro, o valor de muitos escravos.

Sabemos, igualmente que não existem fronteiras, no Mundo Astral.

Logo, não é de crer que haja um plano exclusivo para caboclos e pretos escravos.

Preferimos, portanto, adotar o conceito de muitos espiritualistas, entre os quais o acima citado J. A. Pessoa:
os guias participam desse movimento de socorro ao homem encarnado, neste final do segundo milênio e se apresentam como Caboclos e Pretos Velhos, nem sempre tiveram a última passagem na terra como escravos ou índios; alguns, possivelmente, nunca o foram. Assumiram essa personalidade como distintivo da missão que viriam a desempenhar.

Uns contam como viveram, há 200 anos ou há pouco mais de meio século, nos engenhos ou nas aldeias indígenas. Outros abstêm-se de qualquer referência à sua passagem na vida terrena. Pacientemente, dão atenção às queixas, ao relato dos pequenos problemas de rotina da nossa vida, aconselhando, animando, esclarecendo, conforme a necessidade de quem lhes fala.


Ensinam a mensagem do Evangelho, o perdão, o amor ao próximo, mostram como é necessário dar para receber, perdoar para ser perdoado, corrigir as falhas, dominar os sentimentos de vingança, de inveja, para adquirir luz.

E através desse trabalho humilde, incompreendido, ainda, por muitos, vão prosseguindo na missão de reconduzir o homem ao caminho que o levará a Deus.

Sua origem, não importa.

Se o Caboclo viveu como um cacique de uma tribo ou como iniciado de uma seita oriental, não interessa no momento.

Se o Velho foi escravo ou jovem médico, ou se foi mestre na magia, também não faz diferença.

O que vale, agora, é apenas a missão a ser cumprida, em benefício da humanidade, para que o Brasil, futuro centro de difusão do Evangelho, esteja melhor preparado para o advento do III Milênio. (grifo nosso)

Lilia Ribeiro

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O Tempo



           Imagine que você tem uma conta corrente e a cada manhã você acorda com um saldo de R$ 86.400,00.

Só que não é permitido transferir o saldo do dia para o dia seguinte.

Todas as noites, seu saldo é zerado, mesmo que você não tenha conseguido gastá-lo durante o dia.

O que você faz? Você irá gastar cada centavo, é claro!
          
          Todos nós somos clientes desse banco de que estamos falando. Chama-se TEMPO.

Todas as manhãs são creditados, para cada um, 86.400 segundos.

Todas as noites, o saldo é debitado como perda.

Não é permitido acumular esse saldo para o dia seguinte.

Todas as manhãs, sua conta é inicializada e, todas as noites, as sobras do dia evaporam-se.

Não há volta. Você precisa gastar, vivendo no presente o seu depósito diário.

Invista, então, no que for melhor: na saúde, na felicidade e no sucesso!

O relógio está correndo.
          
          Faça o melhor para o seu dia-a-dia.

Para você perceber o valor de UM ANO, pergunte a um estudante que repetiu de ano.

Para você perceber o valor de UM MÊS, pergunte para uma mãe que teve bebê prematuro.

Para você perceber o valor de UMA SEMANA, pergunte a um editor de jornal semanal.

Para você perceber o valor de UMA HORA, pergunte aos enamorados que esperam pelo encontro.

Para você perceber o valor de UM MINUTO, pergunte a quem perdeu um avião.

Para você perceber o valor de UM SEGUNDO, pergunte a quem evitou um acidente.

Para você perceber o valor de UM MILISEGUNDO, pergunte a alguém que ficou em segundo lugar em uma Olimpíada.

Valorize cada momento que você tem!

Lembre-se, assim como a pedra atirada e a palavra proferida; o tempo não para, não espera e não volta atrás.

Ontem é história.
O amanhã, mistério.
O hoje é um PRESENTE!"

Alexandre Cumino

O Sabor da Caminhada



A vida parece muitas vezes difícil.

Eu sei! E você ainda diz, meu filho, que a vida é dura...

Pai-velho lhe fala com todo o carinho que essa dureza da vida é só aparência, pois, se a vida lhe parece dura, é porque você é mole.

O vencedor na vida é aquele que não abandona a jornada e prossegue confiante, superando os obstáculos.

Numa corrida, o atleta encontra naturalmente os desafios a vencer e muitas barreiras que exigem mais disposição, firmeza e coragem.

Nenhuma vitória é conquistada sem lutas.

Se você adotou uma idéia, uma doutrina ou filosofia, não espere que as coisas sejam fáceis para você.

Surgirão dificuldades, que servirão de teste para averiguar sua competência e seus valores.

Se você empreende um negócio, não seja imaturo a ponto de pensar que tudo será como um mar de rosas.

Como todo ser humano, você só atingirá a tranquilidade após o esforço da conquista.

Sem aqueles espinhos, sem as pedras e desafios ou as sinuosidades do caminho, não aprenderíamos o valor das experiências, nem teríamos noção da grandeza da vitória.

Enfim, sem os obstáculos, meu filho, ninguém conseguiria saborear a vida e o viver.

Aprenda a viver e caminhar, a sentir o sabor do percurso, e quem sabe você não perceberá a beleza da paisagem?

Não espere a vitória plena a fim de se alegrar, de se descontrair ou usufruir as coisas boas.

Aproveite a caminhada e aprecie a beleza ao seu redor durante a jornada.

A viagem rumo à vitória é mais saborosa em seu percurso que na linha de chegada.

Se lhe parecem difíceis os dias e você se encontra ligado ao trabalho nobre e ao compromisso com o Alto, imagine como seria, então, caso você estivesse desligado da fonte sublime que alimenta sua alma.

Honre, portanto, a oportunidade que Deus lhe concedeu e, aprendendo a ampliar seus próprios limites, prossiga fiel ao chamado divino.

A sua felicidade é permanecer conectado à seiva viva do amor.

Pense nisso e reavalie suas decisões.



Pai João de Aruanda
Extraído do livro "Sabedoria de Preto Velho de Robson Pinheiro"

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Espiritismo - Psicografia - Divaldo Franco


Mergulhando a mente nas profundas lições da Doutrina Espírita, o homem se ilumina e descobre os tesouros que buscava, a fim de enriquecer-se de conhecimento e beleza, realizando uma experiência humana caracterizada pela ética-moral relevante, que ressalta do conteúdo superior absorvido.

Não obstante a excelência das informações espíritas, estas impõem como finalidade precípua a transformação íntima da criatura, que deve adotar uma conduta pautada nos seus ensinamentos, graças aos quais se fazem imediatos o aprimoramento moral, a renovação emocional e sua consequente aplicação no comportamento.

Sem a devida utilização dos recursos intelectuais que decifram as incógnitas da existência corporal, toda essa conquista não passará de adorno sem sentido, que não contribui, significamente, para a felicidade real do indivíduo.

O conhecimento propõe responsabilidade, e esta aciona os mecanismos dos deveres fraternais, concitando à ação positiva, cujos efeitos a Humanidade fruirá em paz e plenitude.

A prática espírita se expressa através da incorporação dos ensinamentos à atividade cotidiana, demonstrando a transformação do caráter melhor, com os seus saudáveis efeitos de bem-estar no grupo social no qual o indivíduo se movimenta.

Irradiando a serenidade que decorre da identificação da lei de causa e efeito, esta modificação conclama, sem palavras, quantos o cercam, a uma correspondente atitude, superando as reações perniciosas que decorrem da ignorância delas.

Por extensão, as ações se expandem em favor do próximo, contribuindo para que as suas aflições sejam diminuídas, atendo-lhes aos efeitos visíveis, ao mesmo tempo remontando às raízes geradoras das desgraças, a fim de erradicá-las.

A prática do Espiritismo faculta a construção de uma nova sociedade, na qual o egoísmo cede lugar à solidariedade, e a injustiça permite a ação da ética dos direitos humanos a todos, proporcionando o uso e a vivência das bênçãos que o amor de Deus propicia igualitariamente.

Surge, então, como decorrência, uma inevitável alteração dos códigos legais e estatutos atuais, com formulações mais consentâneas com o amor, tomando o lugar das leis arbitrárias ainda vingentes em vários Organismos e Nações da Terra.

A prática espírita acende estrelas de esperança nos céus plúmbeos da atualidade, e aponta os rumos da solidariedade a todos quantos se enjaulam no personalismo e nas ambições desvairadas do eu enfermo.

Há todo um imenso campo a joeirar.

A terra árida dos corações, maltratada e ao abandono, aguarda a tecnologia do amor a fim de reverdecer, e esse esforço concentrado cabe à prática espírita daqueles que se iluminaram com o conhecimento.

Todas as doutrinas espiritualistas fomentam a ação do bem e a renovação moral do homem, no entanto, só o Espiritismo lhes confere a demonstração da sobrevivência da alma, por meio da mediunidade dignificada.

Utilizar desse imenso acervo de fatos para a prática salutar, colocada no dia-a-dia, é o compromisso que assume o homem inteligente que, tendo a mente esclarecida, dulcifica o coração e torna-se amante do bem, da verdade e da caridade legítima.

Joanna de Ângelis – Espírito
Psicografia - Divaldo Franco

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

É Natal...


 

Natal é muito mais que enfeites, presentes, festas, luzes e comemorações...

Natal quer dizer nascimento, vida, crescimento...

E o Natal de Jesus tem um significado muito especial para o Mundo.

Geralmente não se comemora o nascimento de alguém que morreu há mais de dois milênios, a menos que esse nascimento tenha algo a nos ensinar.

Assim pensando, o Natal de Jesus deve ser meditado todos os dias, e vivido da melhor maneira possível.

Se assim é, devemos convir que Natal é muito mais do que preencher um cheque e fazer uma doação a alguém que necessita dessa ajuda.

É muito mais do que comprar uma cesta básica e entregar a uma família pobre...

É muito mais que a troca de presentes, tão costumeira nessa época.

É muito mais que reunir a família e cantar.

É muito mais que promover o jantar da empresa e reunir patrões e empregados em torno da mesma mesa.

A verdadeira comemoração do Natal de Jesus é a vivência de Seus ensinos no dia-a-dia.

É olhar nos olhos daqueles que convivem conosco e buscar entender, perdoar, envolver com carinho esses seres humanos que trilham a mesma estrada que nós.

É se deter diante de uma criança e prestar atenção no que os seus olhos dizem sem palavras...

É sentir compaixão do mais perverso criminoso, entendendo que ele é nosso irmão e que se faz violento porque desconhece a paz.

É preservar e respeitar a natureza que Deus nos concede, como meio de progresso, e fazer esforços reais para construir um mundo melhor.

O Natal é para ser vivido nos momentos em que tudo parece sucumbir...

Nas horas de enfermidades, nas horas em que somos traídos, que alguém nos calunia, que os amigos nos abandonam...

Tudo isso pode parecer estranho e você até pode pensar que essas coisas não têm nada a ver com o Natal.

No entanto, Jesus só veio à Terra para nos ensinar a viver, e não para ser lembrado de ano em ano, com práticas que não refletem maturidade, nem desejo sincero de aprender com Essa Estrela de primeira grandeza...

Ele viveu o amor a Deus e ao próximo...

Ele viveu o perdão...

Sofreu calúnias, abandono dos amigos, traição, injustiças variadas...

Dedicou Suas horas às almas sedentas de amor e conhecimento, não importando se eram ricos ou pobres, justos ou injustos, poderosos ou sem prestígio nenhum.

Sua vida foi o maior exemplo de grandeza e sabedoria.

Por ser sábio, Jesus jamais estabeleceu qualquer diferença entre os povos, não criou nenhum templo religioso, não instituiu rituais nem recomendou práticas exteriores para adorar a Deus ou como condição para conquistar a felicidade.

Ele falava das verdades que bem conhecia, das muitas moradas da Casa do Pai, da necessidade de adorar a Deus em Espírito e Verdade, e não aqui ou ali, desta ou daquela forma.

Falou que o Reino dos Céus não tem aparências exteriores, e não é um lugar a que chegaremos um dia, mas está na intimidade do ser, para ser conquistado na vivência diária.

E é esse reino de felicidade que precisa ser buscado, aprendido e vivido nos mínimos detalhes, em todos os minutos de nossa curta existência...

Bem, Natal é tudo isso...

É vida, e vida abundante...

É caminho e verdade...

É a porta...

É o Bom Pastor...

É o Mestre...

É o maior Amigo de todos nós.

Pense em tudo isso, e busque viver bem este Natal...



Mensagem: Momento Espírita.

 

 

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Cigana Maria Rosa


Este Post é dedicado a Minha Querida Irmã Carol da Casa de Caridade Pai Benedito d'Angola. Salve a Sua Coroa Minha Irmã Carol. Seja Feliz e Fique na Paz de Oxalá!
A Maria Rosa, é sensível, se apresenta ligada às artes e à beleza, e uma de suas especialidades é trabalhar com aromas.
Já tem o nome de flor (Rosa) porque adora perfumes e aprecia a beleza e a harmonia.
A responsabilidade de Maria Rosa é levar até Luciana as informações referentes ao plano espiritual para que ela possa sempre manter seu elo com o cosmos sem se deixar levar pela vaidade ou ganância, uma vez que dotada de qualidades para pensar só em si mesma, ela possa em alguns momentos, se trancar em si mesma e esquecer de praticar a caridade ao próximo.
Podemos então deduzir que, os mentores são espíritos responsáveis pelo equilíbrio energético de cada um, por isso uma pessoa pode ter só um, outro terá vários, porque de acordo com cada ponto a ser tratado, muitas vezes será necessário espíritos com perfis diferentes e especializados em cada situação para ajudar a pessoa a conseguir trilhar sua evolução.
E claro, desde que, com a anuência divina (seu pedido sempre é atendido por Deus). 

           Uma Mensagem de Rosa Maria - Cigana do Oriente

"Queridos ciganos, Rosa María fala-lhes.

Sentem-se estranhos e mau compreendidos e sem que os entendam.

Quero dizer-lhes que nós, ciganos espirituais, estamos atentos a suas preocupações e dores na Terra.

Contem com nossa ajuda e Amor Incondicional.

Tenho observado alguns ciganos sentem-se desagradados com sua situação atual e com o meio que os rodeia.

Sentem-se como se estivessem fora desse meio, como se não pertencessem a ele.

Querem sair desta situação e fazem todo o possível neste sentido.

Usam ferramentas espirituais ensinadas em reuniões com ciganos e com outros seres de Luz.

Observo que continua o sentimento de frustração e de decepção porque não conseguem a meta que desejam.

Quero dizer-lhes a vocês ciganos, que não se preocupem. Pode ter certas coisas que deveriam saber:

1.- Às vezes sua alma precisa experienciar esta situação, até aprender e evoluir.

2.-Às vezes é um registro interno de sentir-se não merecedores de algo melhor, e vocês mesmos se põem resistências inconscientes para melhorar.

No primeiro caso, observem se sua alma já aprendeu a lição que tinha que aprender.

Neste caso, já não há mais necessidade de manter o meio ou a situação que lhes causa dor.

No segundo caso, precisarão de forma urgente limpar uma memória, em que vocês criaram a ideia de que não são suficientemente bons, ou de que não merecem algo melhor.

Desta forma terão que trabalhar as crenças, sejam concientes ou inconcientes, para que o bloqueio de energia se desfaça e possam continuar o caminho de seu Plano Divino.

Fluem livre e amorosamente para o objetivo que desejam atingir e sua alma vibrará em Alegria e Paz.

Se sentirão plenos e a nada nem ninguém culparão por sua falta de evolução e por se sentir frustrados. Terá Amor em seus corações ,e será transmitido este amor através de vocês.

Ciganos queridos, tenham ânimo e esperança de uma mudança, porque todo o poder está dentro de vocês.

Comecem esta mudança aqui e agora.

Nos veremos logo!

A Carroza protege-os.

Que Santa Sara lhes estenda seu manto Sagrado.

Com Amor.

Rosa Maria, Gitana de Oriente.

Reunião espiritual, Rio de janeiro, 09-08-09. Canalizado por Mónica U. Ytyer.

 

         Oração para a Cigana Maria Rosa

És uma linda flor que desabrocha no amanhecer, és um espírito de luz.

És a lua que clareia nossas mentes para que possamos dar um conselho na hora certa.

És o espírito que nos dá força para superarmos todos os nossos obstáculos.

És a estrela brilhante que ilumina nossas vidas neste planeta Terra.

És um espírito maravilhoso que à noite vigia nossos sonhos, impedindo a aproximação de espíritos maléficos. Cigana Maria Rosa, com tuas fitas coloridas, estás sempre transmitindo a força do arco-íris.

Sempre que o aflito te invocar, possas transmitir-lhe a energia da paz, da harmonia e da consolação.

Que, ao olhar a chama de uma vela, possamos sentir a tua presença.

Que, ao tocar um cristal, possamos sentir a tua energia positiva.

Que, ao sentir o aroma de violetas, possamos sentir que estás nos confortando.

Cigana Maria Rosa, cobre-nos com tua saia colorida, escondendo-nos dos invejosos e mostrando a eles que o caminho não é esse.

Cigana encantada, que nesta hora possamos sentir segurança, paz e felicidade.

Com teu encanto, encanta coisas boas para que os nossos caminhos não tenham obstáculos.

Desencanta todas as perturbações que existam nos lares, Cigana, cura aqueles que estejam doentes do espírito, da alma, da matéria,

Com o poder do Pai-Sol,

Com o poder da Mãe-Terra,

Nós te pedimos que nossos pedidos sejam atendidos.

Por Santa Sara, a padroeira dos ciganos, e por todos os espíritos ciganos que viveram e sofreram nesta Terra, nesta corrente de fé, Cigana Maria Rosa.

Salve o Povo Cigano.

 

 

OS CIGANOS E A UMBANDA DIVINA

 

Os ciganos e a espiritualidade

CIGANOS NA UMBANDA

“Eu vi um formoso Cigano Sentado na beira do Rio Com seus cabelos negros E os olhos cor de anil Quando eu me aproximava o cigano me chamou Com seus dados nas mãos O cigano me falou Seus caminhos estão abertos Na saúde, na paz e amor, Foi se despedindo e me abençoou Eu não sou daqui, mas vou levar saudades, Eu sou o Cigano Pablo, lá das Três Trindades.”

Esta linha de trabalhos espirituais já é muito antiga dentro da Umbanda, e “carregam as falanges ciganas juntamente com as falanges orientais uma importância muito elevada, sendo cultuadas por todo um seguimento espírita e que se explica por suas próprias razões, elegendo a prioridade de trabalho dentro da ordem natural das coisas em suas próprias tendências e especialidades.

Assim, numerosas correntes ciganas estão a serviço do mundo imaterial e carregam como seus sustentadores e dirigentes aqueles espíritos mais evoluídos e antigos dentro da ordem de aprendizado, confundindo-se muitas vezes pela repetição dos nomes comuns apresentados para melhor reconhecimento, preservando os costumes como forma de trabalho e respeito, facilitando a possibilidade de ampliar suas correntes com seus companheiros desencarnados e que buscam no universo astral seu paradeiro, como ocorre com todas as outras correntes do espaço.

O povo cigano designado ao encarne na Terra, através dos tempos e de todo o trabalho desenvolvido até então, conseguiu conquistar um lugar de razoável importância dentro deste contexto espiritual, tendo muitos deles alçado a graça de seguirem para outros espaços de maior evolução espiritual, juntamente com outros grupos de espíritos, também de longa data de reencarnações repetidas na Terra e de grande contribuição, caridade e aprendizado no plano imaterial.

A argumentação de que espíritos ciganos não deveriam falar por não ciganos ou por médiuns não ciganos e que se assim o fizessem deveriam faze-lo no idioma próprio de seu povo, é totalmente descabida e está em desarranjo total com os ensinamentos da espiritualidade sua doutrina evangélica, até as impossíveis limitações que se pretende implantar com essa afirmação na evolução do espírito humano e na lei de causa e efeito, pretendendo alterar a obra divina do Criador e da justiça divina como se possível fosse, pretendendo questionar os desígnios da criação e carregar para o universo espiritual nossas diminutas limitações e desinformação, fato que nos levaria a inviabilização doutrinária.

Bem como a eleger nossa estada na Terra como mera passagem e de grande prepotência discriminatória, destituindo lamentavelmente de legitimidade as obras divinas.

Outrossim, mantêm-se as falanges ciganas, tanto quanto todas as outras, organizadas dentro dos quadros ocidentais e dos mistérios que não nos é possível relatar. Obras existem, que dão conta de suas atuações dentro de seu plano de trabalho, chegando mesmo a divulgar passagens de suas encarnações terrenas.

Agem no plano da saúde, do amor e do conhecimento, suportam princípios magísticos e tem um tratamento todo especial e diferenciado de outras correntes e falanges.

Ao contrário do que se pensa os espíritos ciganos reinam em suas correntes preferencialmente dentro do plano da luz e positivo, não trabalhando a serviço do mau e trazendo uma contribuição inesgotável aos homens e aos seus pares, claro que dentro do critério de merecimento, tanto quanto qualquer outro espírito teremos aqueles que não agem dentro desse contexto e se encontram espalhados pela escuridão e a seus serviços, por não serem diferentes de nenhum outro espírito humano.

Trabalham preferencialmente na vibração da direita e aqueles que trabalham na vibração da esquerda, não são os mesmo espíritos de ex ciganos, que mantêm-se na direita, como não poderia deixar de ser, e, ostentam a condição de Guardiões e Guardiãs.

O que existe são os Exus Ciganos e as Moças Ciganas, que são verdadeiros Guardiões à serviço da luz nas trevas, como todo Guardião e Guardiã dentro de seus reinos de atuação, cada um com seu próprio nome de identificação dentro do nome de força coletivo, trabalhando na atuação do plano negativo à serviço da justiça divina, com suas falanges e trabalhadores, levando seus nomes de mistérios coletivos e individuais de identificação, assunto este que levaria uma obra inteira para se abordar e não se esgotaria.

Contudo, encontramos no plano positivo falanges diversas chefiadas por ciganos diversos em planos de atuação diversos, porém, o tratamento religioso não se difere muito e se mantêm dentro de algumas características gerais.

Imenso é o número de espíritos ciganos que alcançaram lugar de destaque no plano espiritual e são responsáveis pela regência e atuação em mistérios do plano de luz e seus serviços, carregando a mística de seu povo como característica e identificação.

Dentro os mais conhecidos, podemos citar os ciganos Pablo, Wlademir, Ramirez, Juan, Pedrovick, Artemio, Hiago, Igor, Vitor e tantos outros, da mesma forma as ciganas, como Esmeralda, Carme, Salomé, Carmensita, Rosita, Madalena, Yasmin, Maria Dolores, Zaira, Sunakana, Sulamita, Wlavira, Iiarin, Sarita e muitas outras também.

É imprescindível que se afirme que na ordem elencada dos nomes não existe hierarquia, apenas lembrança e critério de notoriedade, sem contudo, contrariar a notoriedade de todos os outros ciganos e ciganas, que são muitos e com o mesmo valor e importância.

Por sua própria razão diferenciada, também diferenciado como dissemos é a forma de cultuá-los, sem pretender em tempo algum estabelecer regras ou esgotar o assunto, o que jamais foi nossa pretensão, mesmo porque não possuímos conhecimento de para tanto. A razão é que a respeito sofremos de uma carência muito grande de informação sobre o assunto e a intenção é dividir o que conseguimos aprender a respeito deste seguimento e tratamento.

Somos sabedores que muitas outras forças também existem e o que passamos neste trabalho são maneiras simples a respeito, sem entrar em fundamentos mais aprofundados, o que é bom deixar induvidosamente claro.

É importante que se esclareça, que a vinculação vibratória é de axé dos espíritos ciganos, tem relação estreita com as cores estilizadas no culto e também com os incensos, pratica muito utilizada entre ciganos.

Os ciganos usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada cigano tem sua cor de vibração no plano espiritual e uma outra cor de identificação é utilizada para velas em seu louvor. Uma das cores, a de vinculação raramente se torna conhecida, mas a de trabalho deve sempre ser conhecida para prática votiva das velas, roupas, etc. Os incensos são sempre utilizados em seus trabalhos e de acordo com o que se pretende fazer ou alcançar.

Para o cigano de trabalho se possível deve-se manter um altar separado do altar geral, o que não quer dizer que não se possa cultua-lo no altar normal.

Devendo esse altar manter sua imagem, o incenso apropriado, uma taça com água e outra com vinho, mantendo a pedra da cor de preferencia do cigano em um suporte de alumínio, fazendo oferendas periódicas para ciganos, mantendo-o iluminado sempre com vela branca e outra da cor referenciada. Da mesma forma quando se tratar de ciganas, apenas alterando a bebida para licor doce.

E sempre que possível derramar algumas gotas de azeite doce na pedra, deixando por três dias e depois limpá-la.

Os espíritos ciganos gostam muito de festas e todas elas devem acontecer com bastante fruta, todas que não levem espinhos de qualquer espécie, podendo se encher jarras de vinho tinto com um pouco de mel.

Podendo ainda fatiar pães do tipo broa, passando em um de seus lados molho de tomate com algumas pitadas de sal e leva-los ao forno, por alguns minutos, muitas flores silvestres, rosas, velas de todas as cores e se possível incenso de lótus.

As saias das ciganas são sempre muito coloridas e o baralho, o espelho, o punhal, os dados, os cristais, a dança e a música, moedas, medalhas, são sempre instrumentos magísticos de trabalho dos ciganos em geral.

Os ciganos trabalham com seus encantamentos e magias e os fazem por força de seus próprios mistérios, olhando por dentro das pessoas e dos seus olhos. Uma das lendas ciganas, diz que existia um povo que vivia nas profundezas da terra, com a obrigação de estar na escuridão, sem conhecer a liberdade e a beleza.

Um dia alguém resolveu sair e ousou subir às alturas e descobriu o mundo da luz e suas belezas. Feliz, festejou, mas ao mesmo tempo ficou atormentado e preocupado em dar conta de sua lealdade para com seu povo, retornou à escuridão e contou o que aconteceu.

Foi então reprovado e orientado que lá era o lugar do seu povo e dele também. Contudo, aquele fato gerou um inconformismo em todos eles e acreditando merecerem a luz e viver bem, foram aos pés de Deus e pediram a subida ao mundo dos livres, da beleza e da natureza.

Deus então, preocupado em atende-los, concedeu e concordou com o pedido, determinando então, que poderiam subir à luz e viver com toda liberdade, mas não possuiriam terra e nem poder e em troca concedia-lhes o Dom da adivinhação, para que pudessem ver o futuro das pessoas e aconselha-las para o bem.

É muito comum usar-se em trabalhos ciganos moedas antigas, fitas de todas as cores, folha de sândalo, punhal, raiz de violeta, cristal, lenços coloridos, folha de tabaco, tacho de cobre, de alumínio, cestas de vime, pedras coloridas, areia de rio, vinho, perfumes e escolher datas certas em dias especiais sob a regência das diversas fases da Lua…”

 

Trecho extraído do livro “Rituais e Mistérios do povo Cigano” de Nelson Pires Filho Ed.Madras.

 

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